Ó, quimera da vida, ninguém te ensina a viver E ninguém te ensina a morrer Meu coração é um quasar De eternas ruínas desfalecendo...
Cada vez mais descendo, descendo Ao exilado inferno de me amar Eu sou o vinho no meu pesadelo Afogando-me ébrio em meu ideal de belo
Ainda eu vago com a minha cruz Procurando no idílio a ilusão da luz Negado por toda eternidade Não tenho mais coração para a verdade
Meu ser é um ocaso imaculado Ou um casulo pútrido e esfarrapado? Que importa, agora eu corro dentro de mim Estou julgado como um soneto sem fim
Na sinagoga de Satanás, como uma crença desdita por Deus Livre sou, e além, e digo adeus Alheio a tudo e ao próprio infinito, eis meu ser Este supremo, supremo alvorecer!