Queria confessar, não resisto àqueles olhos os seus, verdes, me encarando, fixos. Corava-me a face, confundia-me o peito. Uma lua refulgente num céu opaco É como tentar descrever os olhos de Capitu.
Quando nossas mãos se encostavam assim, de relance, sem querer um segundo no tempo. Arrepios.
Preencheria esse vazio dentro de ti e te faria só meu. E nos meus poemas te descreveria com tanto fascínio quanto o guerreiro branco descreve a virgem Iracema.
Seu sorriso doce, seu peito – meu leito Canta suas canções no ouvido meu Como fazem os pássaros na manhã, cortando o silêncio que paira nos montes.
Deságuo no oceano da tua alma Me afogo no teu afago Procuro suas mãos de encontro com as minhas Sozinhas.