Nua estava ela deitada sobre a cama Um anjo sem auréola e meu coração em chamas
A olhar tamanha ternura poderia dizer que era amor, porém além da doçura um silvo cruel, desolador
Invadindo-me o espírito depravando meus pensamentos morrem-se os lírios nascem os tormentos
Muitos foram os dias que amores ela jurou, mas que anjo, maldosamente, diria quimeras para quem lhe adorou?
Oh, Lilith, demônio cruel que dos homens a alma apodrece limpaste da boca o fel? que como eólia-lira me entorpece
Lilith, este nome ela não o tem nem demônio nem anjo o é, apenas mero alguém que soube através do silêncio calar meus instintos e com seu corpo esbelto invadir meus recintos
Contudo, nenhuma ilusão é eterna e a tal verdade proeminente, interna morre, a cada dia, com seus movimentos bem como meu amor morreu por dentro !