Em gracioso sonho, a neblina calada e fria Recobre o sol, cujo brilho ilumina a solidão Por vezes, a desatar na paisagem luzidia, O que brevemente, tudo se verá como ilusão,
Dúvida, que flore devaneios e à realidade esguia, Ludibria mil consciências em tua tátil escuridão Para ao remate, subtrair os desejos à sorte fugidia, E teu manto encher-te dos homens a servidão
Destino, dúvida, hediondo engano; Que natureza sorri e cisma perdida, Ao teu feitio de lástima precedida?
Qual força além do fraco humano, Cuja força estaca à eternidade concedida, Fará minha mente, neste sonho, esculpida?