Dos mistérios escuros, os gritos convocam Mil sombras perdidas ao mundo que pungem, Rompendo os ossos, cruas almas que tocam Da carne agredida, os corpos ressurgem
Atravessam o vestíbulo e os cadáveres deslocam Permitem o fogo e o enxofre que o mundo turgem Em mar de sangue, no inferno desembocam Aqueles que a luz e o paraíso urgem
Com fúria ensurdecedora, o céu troveja A face da estrela, na neblina encoberta Suportando a noite d'alma que a flerta
Das montanhas, um último sol alveja Lacrimeja a pálpebra antes aberta Pois nas terras do anjo caído agora deserta