pedaços de sujeira enfiados embaixo das unhas sobre um vento quente passado metade de janeiro.
e os olhos ardidos observando com toda calma a tela branca acinzentada e retangular.
narizes que coçam em momentos impróprios e cães que aguardam pacientemente mãos de pele em seus pelos sujos de poeira.
os pelos da coxa pintados de loiro falsificado brilham na luz do abajur como purpurina no carnaval de Recife.
e aqueles fios de cabelo teimosos que caem sobre o ombro tocando a derme queimada pelo sol que por consequência, os dedos impacientes não cansam de procurar para então removê-los.