Paixões calorosas e ardentes Tudo o que arde acaba por apagar Juras perdidas por estrelas cadentes Será que foi isto que te tive para dar?
Um poeta amaldiçoado que outros corrói Ser involuntário da avareza Pois desejo amar aquilo que me destrói Nela não me vejo com clareza
Como posso ser alguém Se sem ti nada sou? Sentimentos que novamente me perseguem Assim o lamuriador voltou
Sabores desenxabidos Só o sabor salgado das lágrimas para temperar Nesta escuridão não quero esperar Pois sinto que fui sepultado num cemitério de sentimentos perdidos
Magoa-me sem dó Pois eu mais nada de ti mereço Assim arranco o meu coração sem apreço E volto a pô-lo na estante novamente a ganhar pó