Tenho me permitido às mágoas, os sonhos perdidos, Quando, na garganta, sinto vaga embriaguez aflita, Cuja glória extinta de um moribundo imita Em insurreições e alternos sentidos já lidos
Como fere-me este desespero parido! Explicito nesta consciência insistentemente maldita A expressão, trêmula, ébria e inaudita De meu materializado relato interrompido
Ah! Indefinida sombra que se enfeita Por que teu escuro movimento me espreita, Se minha aguça voz abate-se em calabouços?
Interrogo-me à esta paixão imperfeita: Para onde vai minha alma tão desfeita? E primitivamente, apenas o silêncio ouço