A Primavera, escrevi-a toda em verso pelo Inverno inventei-lhe as cores e o amor terno mas, agora que chegou, está cansada, o Sol não me aquece senão a pele as flores são só flores de insuficiência carregada a relva em que o corpo deito faz-se desconforto de familiaridade excessiva o céu sempre de uma tonalidade tão azul e baça e cansativa; E a vida, ah, a vida a que estou tão dolorosamente condenada posso apenas aceitar assim como me foi dada maldosa e dorida e Tão bela, ah, tão bela.