Páro para pensar que me soam iguais todos os poemas Tal como esta inquietação em pouco difere da anterior Nem a compreendo para a pôr em palavras Vai e vem e refugio-me aqui. Estou claramente descompensada Pela falta de químicos dentro de mim Respiro fundo e abraço-me pois é sem químicos que sou eu Por muito assustador que sempre tenha sido ser eu Descobrirei com isto que posso sentir Sem nenhuma consequência avassaladora Sentir de forma avassaladora, sim, E amar as sensações como as amo quando pairam apenas Tenho sobretudo fé. Se tão rápido vivo e amo viver Quanto desconheço qualquer sentido em ser Abraçarei ambos os eixos e o que carregam entre si Abraçá-los-ei pois são meus e a minha realidade sensatorial é esta E estive já fugida por suficiente tempo Para me faltar e a querer perto. E a conseguir perto Conseguir e querer-me perto. Tudo o resto vem por consequente.