A sala inerte é o meu reino: Quente, estranho Num cheiro de fel e sêmen que desidrata todo alvéolo ******> E Eu sou o diabo: Frio, habitual Condenado à prisão da luxúria, da lombeira
Espasmado engasgo-me no meu retrato de LCD Nos botões do controle remoto Nos meus olhos que coçam, pois não vejo
E como se só, já não bastasse o inferno Os anjos com metralhadoras eretas Vêm consumar o meu desleixe
Pois como mago que sou Desarmo-os com meu falo movido a pilha E rio-me de tristeza, pois era a guerra que eu ansiava
Rendidos, entram pela porta dos fundos Trêmulos, sentam-se ao meu lado no sofá E carnudos, macios e úmidos e corruptos se convertem