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Sep 2014 · 536
Sei-te
Sei-te intrépida.
Cingida ao que não sabes,
na constante manifestação
dos sentidos exacerbados.
Atenta, constantemente inconstante...
Afirmação exclamativa do
que toda a gente deveria ser.
Uma alma manifestada,
uma calma que sabe que vai longe;
que sabe que o longe
é aqui,
e que, sem pressa,
se apressa
em lá chegar.
Sep 2014 · 606
O vapor e um aceno
Vais na noite calma:
olhar-sono como se de um aceno
se tratasse.
Calcando o vapor que o sol
que agora se põe liberta.
Herói cansado que salva
o dia nefasto.
Dorme a preguiça que o teu
corpo exalta; queda-te em sonhos
mil e em mil embaraços.
Sê neles o mundo
e neles - um abraço.
Sep 2014 · 455
Poema para cada despedida
se soubesses do êxtase que me atinge
quando te tenho comigo em quatro paredes
não partirias, te quedarias.
ò bela safira não vás.
Sep 2014 · 374
Névoa
E por te amar, assim, julgo
ser névoa passageira,
e todas as correntes do mar agrilhoado
Sep 2014 · 541
Setas em fogo
Os teus olhos tristes
são anjos que choram.
Paredes rasgadas e eu
sem estrada para percorrer.
São setas em fogo. E eu ardo nelas.
Arde em mim o olhar que quero
rasgado num sorriso.
Sep 2014 · 622
Uma casa, um forte
Se o meu abraço fosse tão longo
que te alcançasse.
Enredado nos olhares mais sombrios
e no sorriso mais solarengo.
Seria casa. Seria um forte.
Seria um bravo, um valente,
que entre abraços desafiasse a morte.
Sep 2014 · 427
Olhar Repousado
Que a vida fosse sempre assim uma espera.
E o teu olhar pousado sempre
no meu.
Como uma quimera.
A imagem de morar numa casa diante
da tua. A vã esperança, que de longe,
te conseguisse escutar.

— The End —