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1.1k · Sep 2009
[sem] senha
ταυ qndo você me disse adeus
minha tarde em sua ida escureceu

em sua partida fui
em sua sola
em toda parte
ou esquina
agora

NÃO ESTOU.

ταυ louco a maldizer aquela aurora
o dia eu mato a tarde as horas
séculos meses anos, tudo:
desesperado,
não alcanço Porta.
o ταυ, o t. tal como aqui é posto (gráfico e simbólico, portanto), é sobretudo, "tal", como quem quer dizer "como", no que soa em consonância ao "outro": assim, é sobretudo uma re-significação. aberto também à dimensão mística consernente à letra mesma: acentuando, sobretudo, sua dimensão"humana". uma vez que é do amor, territorializar, pela dor, o homem-no-mundo.
1.0k · Sep 2009
caronte
ah Χάρων!
tua barca é de tristeza e tédio
eu,
nela
sou quase teu remédio

desliza no meu ombro,
do teu barco de engano
que eu,
serei teu ladrão,
como aqueles

de antes

favorito de horas hediondas,
Χάρων de hálito juvenil,
da-me pressa homem,

da-me logo
antes,
que me precipite em mim
902 · Sep 2009
e.
e.
ouço Bach da janela do CD
que é capa e
ouço
a caixa ou cortina e porta

aberto:
meus ouvidos enxergam uma nota
que palavra não rouba
ou decalca.
e tem meta.
e alcanço o avesso,
retalhos. retalhos.

ouço orações
nelas,
1.000 datas se repetem
em espera.
e ouço Bach.
trata-se, enfim, de um eu-lirico – espero – confuso no momento do seu êxtase místico, ao ouvir Johan Sebastian Bach. as alusões numéricas são referencia a uma tradição oriental que diz ser preciso junto à pessoa amada, ter rezado 1.000 vezes, para então e só assim, haver certeza do amor para ambos. no entanto, ao colocar no Poema, 1.000 anos de espera – em datas – saliento, sobretudo, a multiplicação – potencializarão, portanto – daquela oração e[ daquele êxtase do início da confusão que o poema evoca. o poema está presente num Livro inédito e na gaveta. ou melhor, dizendo, numa pasta, do meu computador.

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muitos erros de edição, aqui, graças à limitação do hello poetry

— The End —