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Victor Marques May 2016
• Vivendo, descobrindo e agradecendo.
Parece que se nasce todos os dias, que Deus nos manifesta o seu amor através da beleza infindável que se descobre todos os dias no sol, na chuva, no vento, no mar, no ribeiro...
Por o universo ser preciso, maravilhoso, e sempre constante nos seus ciclos criadores de vida. Temos de fazer alguma coisa por todos o que nascem desprovidos de amor, de sentimentos, de vontade de ser recordados neste mundo. Para sempre ficarem na memória dos outros seres humanos que parecendo insignificantes tem sempre presente quem tem coração. Respeitar uma sociedade que parece estar ali para acolher pobres, resolver os problemas dos mais desprovidos. O que faríamos nos em condições de pobreza, miséria, fome, guerra? O que faríamos nos se todos acreditassem na vida, na morte e numa ressurreição que Deus através dele seu Filho provou? O que faríamos nos se a natureza não fosse gratuita e uma fonte inesgotável de recursos? O que faríamos nos sem memória, pensamento, razão? Por sermos felizes agradecemos a beleza das estrelas do orvalho, da noite, do dia...Temos todos de viver com a esperança, com o trabalho, com as pessoas, com o amor! Se nosso lema fosse: viver, descobrir, agradecer tudo seria mais fácil para nos alegrar e dar a nossa vida um sentido mais puro e sereno. Viver de uma forma positiva e apaixonada ajuda nos a descobrir nossas potencialidades escondidas, adormecidas.


Vivendo, descobrindo, agradecendo
Nas vivências e descobertas todos os seres humanos conseguem perceber melhor a sua genialidade e existência. Quando penso em Deus, vivo mais... A nossa terra onde Nascemos nunca deixa de ser nossa e sempre bela aos olhos de quem nela nasce, vive e por vezes morre... Não existe quem não esteja grato a ela, seus antepassados, seus lugares preferidos que perduram nas noites, nos dias... A grandeza de ser grato ajuda a viver, impulsiona a descobrir caminhos inimagináveis e impossíveis de ser recordados. Quando se agradece: o cheiro de uma rosa branca, o canto da cigarra, o uivar do lobo, o chilrear dos Passarinhos, a luminosidade da lua cheia. Fico perplexo, emocionado, sentido por saber que vivendo e sempre agradecendo o meu ser.

Victor  Marques
vivendo, descobrindo e agardecendo
Victor Marques Apr 2016
Quando me levanto  olho com curiosidade,
para um dia novo que me acolhe sem vaidade,
Ramos soltos que batem no vidro,
Por saudade eu morro, por saudade eu vivo.

Sentido de um viver abençoado,
Joio de um amor bem amado,
Açucenas e papoilas que lindas são!
Vivendo porque sim, porque não?

Se gratidão fosse ser,
Histórias que todos compreenderiam sem as ler,
Vivendo e sentindo um Deus em cada passo,
Regaço que se transforma em abraço.

Por sentir e ter alma generosa no viver,
Na esperança da ressurreição irei morrer,
E se um dia alguém de mim se lembrar,
Olhai para a vida, como para as ondas do mar..

Victor Marques
viver, morrer
Dayanne Mendes Feb 2013
Eu sei que eu toquei seu coração,
E prometi ser meu agora.
Te enchi de palavras sem significado.

E é tudo uma doce ilusão.
A verdade é que eu sempre costumo estar aqui,
Vivendo nessa doce ilusão.

E você simplesmente acredita,
E aceita o desconhecido.
Nunca diz não aos meus caprichos.

Mas querido, isso é uma doce ilusão.
E é tão fácil te deixar.
Simplesmente ir embora, e você,

Continuará vivendo numa doce ilusão.
l - DELÍRIOS ORGIÁSTICOS & ASTRAIS
    
    Participei da festa de Dionísio & as grandes estátuas de Leão plasmático, ergueram – se sobre a Terra. O precipício & o primeiro sinal da despedida cantando juntos a trilha sonora da invasão dos Profetas urrando a serviço das letras. Para todo o sempre o trono partido por ninfas histéricas! Crises contra o amuleto. Gnose fumacê participando celebrando a queda das pirâmides. Alquimistas do Verbo cantem o grito profano da Inquisição! Os sete pergaminhos caíram semeando a destruição da pedra Xamânica. Diadorim buscando solução em Fausto & Orfeu...? (inaudível psicopatia irradiada na vestimenta da alma). Exagerados, contemplavam mensagens infernais de Blake em vozes imagens melancólicas de Rimbaud. Logo as marés baixaram & sobre as ondas a Lua levitava em direção ao rugido do fogo; Dionísio em chamas bacantes! Ausência da queda no tempestuoso ninho levando aos portais da tormenta. Sete anjos cantando o mantra da lágrima metamorfoseada em dor.                                                             ­       
   Dionísio em voz de trovão: Oh! Se a voz do Tudo emanar a língua em torpor saqueando o princípio da guerra; Quando os sentidos estão sacudidos & a alma está dirigindo- se à loucura; quem pode permanecer? Quando as almas estiverem aprisionadas, lutando contra as revoltas do ar, na cor do som, quem poderá permanecer? Quando a brisa da fúria vier da garganta de Deus, quando as fábulas da persistência guiarem as nações, quem poderá permanecer?
    
    Quando baladarem o pecado, acabarem na batalha & navios dançarem em volta do último regozijo no espaço da morte: quando as almas estiverem embriagadas no fogo eterno & os amigos do inferno beberem antes do traço do infinito: Oh! quem poderá permanecer? Quem pode causar isto? Oh! Quem poderá responder diante do trono de Deus? Os Reis & os nobres poetas malditos repousando na caverna por dois séculos, têm permanecido?
    Não escutem, mas o Grito leva à ponte do não-ouvir. Não escutem, mas prazeres congestionados devem esperar. Amanhã. Só amanhã pensando se o tempo foge ao futuro ou se as árvores choram no Tempo & o Vento cantando a antiga canção da essência. A Terra deve esperar as lendas memoráveis sentindo passado & liberdade entre velhas histórias do coração descompassado em dia de vitória movendo ilusões da criação do mundo. Nem um sorriso noturno tremendo escrevendo cartas no oceano desejando amar & morrer ébrio no mar sonoro! Vamos celebrar sua dor& as novas despedidas & as páginas manchadas no lago desespero procurando asas no inferno análogo à soberba contemplando como um feiticeiro histórias orgiásticas em dias perdidos!
||- IMPRESSÕES DO INFINITO
Pequena ninfa exala virtude
Nova percepção é velha chuva
Intrépido céu em força à beira da tormenta
Tempo escasso frente do Tudo!
    Paradoxo abissal em finais absurdos. Doutrinas anti-socráticas poeira do nada embebecido forjado  para a volta. Um caminho é serpente fria salto com Ícaro destoando nobre silêncio ainda que duas palavras atravessem é sinal mágico psiconitróide em míticos fragmentos complexos da grande barriga virtual grande momento, enfim personagens pensantes na corrente capital ilustre ideológica. Nietzsche disse: “ não a intensidade, mas a constância das impressões superiores é que produz os homens superiores”. Dionísio ausente sibilo missionário resquício da grande tempestade transformando nada em músicas eternas músicas pós-Tudo música póstuma aquém de princípios de aura. É grande o Banquete na eternidade alucinógena da erva platônica. Lembranças unidas outras vidas presentes no barulho da dor. A carruagem sem asas foi  o veículo de Dante no purgatório encontrando Beatriz dito anjo de pele sutil com olhos da noite. Ou não. O primeiro grito do mundo foi o verbo, a morte do mundo foi a palavra.

    Acostumei a encontrar palavras atravessando o outro lado realizando caótico passo ao começo do ato simétrico pairando no ar buscando Tudo. Se a palavra antes fim fosse real sem ser palavra psia apenas causadora empírica dos dilemas tristes recortes de outrora pigmentados sem nome em precipício do fim! A ilha colorida geme! É o sinal da passagem da vida filosofal alfa poética plenos estados iluminados na sombra abissal de Rimbaud em crise  de riso & esquecimento sendo expulso da fumaça purgatório vivendo entre o sagrado & o profano com queda para o profano escutando vozes em terríveis silêncios metapsicofísicos abundantes pausas noturnas no vôo da maré. Salve a iluminação mágica fixada na irradiação transcendenastral! Dissonâncias filosóficas,  venham todos! Lamentos proféticos entorpecidos beberei do seu vinho! Indício do apocalipse! Profana histeria caótica levando a contatos xamânicos primitivos míticos em desertos & portais circulares!
             Serei eternamente condenado ao arco-íris do absoluto infinito!
hi da s Oct 2017
toda cheia de vontade de ser um outro formato cheio de glória e que insiste em viver apesar do ar quente e sufocante dos quartos. menina levanta. pega com a mão. te suja. respinga aquela tinta e prepara tua boca pra gritar. não espera sentada nessa cadeira velha de ferro com essa espuma que conforta teu peso. aprende a respirar: inspira e expira. é fácil, olha. alguns fazem parecer bem simples, só que não é e tais enganada. o jogo tem muito mais chão do que imaginas. querias, é claro, dominar o mundo desde que chegasses. não é bem assim. precisas escrever muitas páginas ainda. foram só algumas mil semanas. procuras um motivo não é mesmo? mas sempre escolhes o mais fácil: não, eu não preciso disso. a vida te venceu sem fazer muitos movimentos. te parece injusto esse processo? parabéns. descobrisse como é que funciona o sentido de acordar todos os dias. olhar os rostos, o peso dos narizes, as curvas das orelhas e a largura das cinturas. essa criatura percebe quando alguém chorou antes de dar bom dia. levantou e continua levantando diariamente sem horário pra levantar. a porta independente de aberta ou não, vai falar aquilo que queres saber. falo pra ti ainda tudo isso? não vale a pena tentar organizar a ***** cinzenta. ela desprovem de gavetas. segurar a cabeça pareceu uma boa ideia. foi só por alguns segundos. perdes a paciência pra certas coisas muito rápido. ficas nessa insistência de não sei o quê. primeiro olha pra dentro e não dificulta tudo. não entendes o alfabeto com números. escreves até sem pensar e te atentas em preencher os espaços em branco. tua obsessão exagerada por tudo que amas e veneras chega ao absurdo. és aficionada por ti mesma e sabes disso. que lindo se apaixonar pelo espelho. que lindo se apaixonar pelo espelho. todos os dias. essas manchas todas dentro de ti parecem não acabar nunca. não dá pra ser abstrata. ser diferente. ela insiste em querer falar bonito. tudo que ela queria era arrancar esse fluído embolorado que persistem em crescer dentro. não admite que precisa encerrar o assunto. quanto tempo já passou desde que tu descobriu tudo isso? para de ficar fingindo que não vês a enorme pedra encobrindo as passagens. ficas tão inquieta que acho que nunca dormisse de verdade. acordas cansada. mais ainda do que quando colocas a cabeça encostada no travesseiro. pensas que tais viva e vivendo, mas não tais sorrindo com a frequência que deverias. certas palavras são escritas com mais fúria do que outras. cansada de falar ela só olha pro chão e põe a cabeça pra imaginar, e vai tão longe que nem mesmo aqueles quinze metros de pernas não conseguiriam alcançar. é tão bom escrever sem pressão, né? já sei que vais querer parar a qualquer momento por que lidar com o medo te faz recuar. tens medo do que mesmo? tens vergonha? teu corpo tem curvas que só a luz, a pele, o osso e o tecido conhecem. curvas essas que não se parecem com teu sustento. percebe-se que são coisas muito difíceis de traduzir. será que em outra língua tua conseguirias? tenho dó. francamente: o que vai ser de ti daqui cinco anos? te assustasse agora? enche um copo de água gelada e prende a respiração. dá dois, três, quatro goles. querias era gritar junto com aquelas três ou quatro músicas que andas suportando ouvir. pequenas respirações que parecem vir a partir da metade. afinal já fazem dez anos. querias ser jovem pra sempre? pois saiba que não podes. sentes o pesa da alma? a carga da perda e a falta de controle cada vez maior. vai acumulando tudo isso pra tu ver até onde vai dar. só choras quando o assunto é tu mesma. a história dos outros é bateria pra tua solidão incompreensível. quando é que vais parar de escrever? será que vais ler isso amanha e querer jogar fora? chegar de pensar em como os átomos só seriam visíveis com olho mágico. chega. não pensa assim. não tem saída não. o controle não é um simples objeto. não compara a um relógio, por exemplo. achas que três páginas vão ser suficiente? precisas de mais o que pra entender que nada funciona do jeito que a gente quer. aquela menina pode parecer burra mas pode estar vivendo feliz. para de especular. olha só, ela virou poesia. termina de escrever o que queres pro teu coração pulsar mais calmo. vai devagar. tens outras coisas pra se importar. parece meio bobo eu sei. nunca dá pra confiar no que se escreve. a linguagem é uma coisa difícil. complicado. tanto a, e, i, o, u. que besteira tudo isso. te deu vontade de riscar tudo que foi escrito até aqui. boba. não é perda de tempo se expressar. querias ficar calma não é mesmo? te presenteio com tua mão esquerda que gasta essa tinta. formas as letras e tens as palavras. agora uma frase. um ponto. mais outro ponto, e agora outra vírgula. fiz certo? fecha a porta, diz a tua mãe. teu dia finalmente tá acabando. e o espaço pra escrever também. surgiu aquela dúvida que te martela todos os dias: quanto tempo eu tenho até que morra? coças o olho esquerdo. um cílio torto que te incomoda. tocando a ponta saliente da unha do mindinho. a do pé, não a da mão. sinal de ansiedade. tais quase desistindo, né? tudo bem, falta pouco. vais poder se sentir vitoriosa e aliviada. pensasse naquela boca. esquece. nunca mostra isso pra ninguém. promete. a ansiedade aumentou um pouco. os olhos piscam cada vez menos. concentra. vai valer a pena esse tempo perdido? ao menos tais guardando todas as lembranças boas de tempos sombrios. que linda a caneta em ação. ainda não acabei de expurgar. você também não.
sobre tudo que senti em três páginas datilografadas.
Dayanne Mendes Jul 2015
Lágrimas escorrem,
Está frio aqui.
Não tenho mais seu beijo,
Se é que o tive um dia.
Não tenho nem desejo
De viver, nessa melancolia.
Tudo tão amargo,
Eu precisava de um doce,
De açúcar, de balas e festas de criança.
Mas estou só na minha sala,
Um coração partido me acompanha.
Derramei vinho no tapete,
E deixei cigarros espalhados.
Não vivendo tão intensamente,
Que acabei vivendo...
Victor Marques Apr 2016
Vivendo cada dia com a graça e bênção de um Deus infinito e criador. Aproveitando cada segundo para me aperfeiçoar e aprendendo sempre ouvindo sábios conselhos de quem viveu e aprendeu mais do que eu...
De quem por qualquer motivo não soube aproveitar oportunidades perdidas ?
De quem sabe apreciar as minhas qualidades e meus defeitos...
De quem que por vezes se cruza comigo e sorri gratuitamente,
De quem me compreende e agradece a minha companhia,
De todos que por qualquer razão me olham sempre com carinho e amizade.

Um abraço amigo
Victor Marques
Deus, bençao
Sola nel mondo eterna, a cui si volve
Ogni creata cosa,
In te, morte, si posa
Nostra ignuda natura;
Lieta no, ma sicura
Dall'antico dolor. Profonda notte
Nella confusa mente
Il pensier grave oscura;
Alla speme, al desio, l'arido spirto
Lena mancar si sente:
Così d'affanno e di temenza è sciolto,
E l'età vote e lente
Senza tedio consuma.
Vivemmo: e qual di paurosa larva,
E di sudato sogno,
A lattante fanciullo erra nell'alma
Confusa ricordanza:
Tal memoria n'avanza
Del viver nostro: ma da tema è lunge
Il rimembrar. Che fummo?
Che fu quel punto acerbo
Che di vita ebbe nome?
Cosa arcana e stupenda
Oggi è la vita al pensier nostro, e tale
Qual dè vivi al pensiero
L'ignota morte appar. Come da morte
Vivendo rifuggia, così rifugge
Dalla fiamma vitale
Nostra ignuda natura;
Lieta no ma sicura,
Però ch'esser beato
Nega ai mortali e nega à morti il fato.
Hoje apetece-me penetrar no fundo da vossa escuridão,
E desde já, uma palavra ao leitor passageiro de viagem,
Estas palavras, são minhas e de quem as consegue ler,
Não são para ninguém, a menos que as consiga querer!
A todas as almas negras da minha vida, peço calma,
Não podereis ter sabor de vitória, nem de mim glória,
Sendo pobre que nem riacho sem peixes, ou rico de gral,
Como pobre, sou feliz porque respiro o cheiro do amor,
Do amor que me consola e que como eu se sente rico!
Se fossem de riqueza os meus bolsos, eram as coisas mais simples,
Que teriam lugar em minha vida, pois só assim me deitaria feliz!
Por isso nem que o corpo me tirem, nunca nem assim me venderei,
Nunca a vós darei almas negras, o desdém de perder a minha honra!
Por mais pobre que sejam minhas vestimentas, há coisas que manterei,
Minha integridade e valores de amor verdadeiro, por amigos e meu amor!
Eles conhecem-me a mim e eu conheço-os a eles, e de vós a ideia não mudarei!
Por isso, dediquem-se a ter uma vida de utilidade, deitem-se à noite ignorantes!
Acordem de manha, pensando em vossas vidas, porque eu estou vivendo,
Apesar de pensarem que quero gritar e me despedir, é mentira agora e será.
Será assim, sempre, porque o destino de minhas mãos, depende de eu querer,
Daquilo que me dedico, eu sei fazer, e por isso faço para as merecer!
O céu agora é escuro, distinto do meu coração verde de esperança,
Não desejo a meus inimigos, pior do que aquilo que quero para mim,
Porém, eu sei que o homem, não faz justiça tão atempo, como a de Deus!
E agora vou dormir, continuar sonhando com os sonhos que de dia já vivi,
Sei que vou acordar na lembrança de alguém, de quem eu amo e me ama também!

Autor: António Benigno
Código de autor: 2013.07.15.02.05
Rui Serra Jan 2014
Somos seres de voluptuosas paixões,
vultos que pranteiam na escuridão,
presos nas trevas obscuras desta prisão,
pela tristeza que inunda os nossos corações.

Nossas almas repletas de ilusões,
vagueiam pelas sombras da solidão,
na procura incessante da razão,
esquecida num mundo de maldições.

São lágrimas negras, vertidas,
que em fel são convertidas,
e rolam por uma face triste.

De traje lúgubre e sombrio,
vivendo num mundo ***** e frio,
um mundo utópico que não existe.
Come questa pietra
del S. Michele
così fredda
così dura
così prosciugata
così refrattaria
così totalmente
disanimata
Come questa pietra
è il mio pianto
che non si vede
La morte
si sconta
vivendo.
Queda fugidia pensamento ínfimo
Verdades vítreas de um sangue imaculado
Mensagem pagã pairando sobre o lago
Metamórfico
Outra vez vivendo súbita miragem
Eterno retorno ao calafrio
& o caminho que volta é longe
Para calar um anjo
Emudeço
Sou caimorpheuperséfone
Em performance abissal
Logo remeto podres virtudes dolorosas
Ao ventre frio procura esquece vozes tardias
Socorro, I need walk to the moon & descobrir
Seu sangue
No meu sangue

                                                     Nada
                                                     Existe
                                                TUDO é sim
Anna Bianchi Dec 2016
Você me deu tantos sustos
Que agora a realidade parece confusa
E eu não sei o que sentir
É uma angústia, um novelo de lã que usavas para tricotar minhas toucas
Enforcando meu peito.

Teu amor me aquece nesse inverno tão gelado
E a única promessa que te garanto é de sempre levar meus casacos
Pois sei que deu que fará frio na televisão.
A lembrança do teu toque e cheiro são tão vividos
Será que irão embora contigo com o tempo?
Ou ao menos isso deixarás para mim?

Tem um potinho do teu molho de macarrão no congelador
E tantas fotos suas com um grande sorriso nos álbuns lá da sala de casa
Não consigo acabar esse poema
As forças que tinha usei tentando colocar o pé fora de casa
Acabaram nos meus olhos vislumbrando a janela.
Vi um mundo vivendo
Pessoas passando igual a antes
Seguindo em frente
E ninguém está de preto. Ninguém chora. Ninguém sente o que eu sinto.
Porque não te conheceram
Aí dessas pessoas infelizes
Que não provaram do teu carinho
Do teu amor
Aí dessas pessoas infelizes que vivem e passam
Enquanto eu não aguento viver nesse mundo sem você.

As lágrimas me consomem
E eu nem tenho mais lágrimas para chorar.
Victor Marques Jan 2017
Quando me levanto e olho da minha janela,
Agradecendo a vida  e o amor que tenho por ela.
As encostas por trabalhadores durienses foram esculpidas,
E suas memorias nunca  esquecidas ....


Agradecendo as geadas que gelam nosso olhar
Vides que esperam uma Primavera,
Nevoeiros que esfumaçam na nossa terra,
Pastores  que pernoitam com o brilho do luar...


Lagartos que hibernam sempre no Inverno,
Noites longas que nos deixam monótonos e tristonhos,
Agradecendo o amor que parece eterno,
Vivendo segundo a lei dos nossos sonhos...


O Sol espreita por vezes de soslaio e sorrateiro,
Agradecendo as noite frias em Janeiro,
O céu fica limpo e pronto para ser contemplado,  
E eu fico meio embasbacado ...


Victor Marques
AGRADECER, INVERNO, FRIO
Neste lugar azul, coberto de céu e rodeado de mar, onde surgiu a vida de tantos seres e de tantas outras coisas que a nossa mente tanta dificuldade têm em perceber.
Neste lugar que Deus nos deu, cedo percebemos que aquilo que nos foi dano e que é nosso, se partilha, nos é dado vendido e cobiçado.  
Neste lugar, existem tantas coisas, mas tantas coisas, umas que se vêm, outras que se sentem, outras que se ouvem e outras tantas que se cheiram e saboreiam, que quanto mais vamos vivendo com elas, melhor as identificamos e melhor as deveríamos perceber.
No entanto, existe o Homem, que se julga um Deus, que pouco ou nada sabe, nem sempre sente e se comove com o que este lugar maravilhoso que agora é fusco nos dá e nós tão bem desperdiçamos.
Aquilo que o homem não entende, não é de fácil aceitação, e em vez de percepcionar o que os ensinamentos dos tempos nos deixaram, idiotamente questiona tudo, todos e qualquer coisa que sua mente pequena não enxerga.
O caminho da perdição normalmente apresenta-se como o mais fácil, em qualquer coisa que o mundo tenha mas nem sempre é o destino certo que a história poderia deixar.
As coisas não têm de ser obrigatoriamente belas, e este lugar não é conto de Cinderellas, é qualquer coisa que temos de ver, que temos de passar, sentir a vitória e a dificuldade, o ser filho e depois ser pai e quando mais vamos sabendo, ao invés de sermos mais fortes e capazes a fragilidade da idade chega e nos mostra a realidade em cada dia e a cada hora. Ai o sonho se torna real, perceptível e a esperança se agarra ao nosso olhar.

Autor: António Benigno
Código de autor: 2017081421450108
Victor Marques Nov 2017
A meus pais com todo o meu amor ....


Sentado olho para o lume aceso que me aquece,
Dou graças por tudo que me enobrece,
Amigos que tenho em meu coração,
Pedaços de folhas e solidão …
Por meus pais eu tenho uma gratidão infinita,
Olho para o céu e tudo me parece divinal,
Pois quem sou eu afinal…
Pensamento sublime de quem com amor se dignifica.
Sem nascimento eu não escreveria com alma pura sem demagogia,
Sou feito das gentes e do seu amor que me vicia,
Sobre rochas de granito e xisto misturados,
Escrevo com a franqueza de meus antepassados.
Porque nascendo e vivendo em constante sintonia,
Me rejubilo com o sol ao meio dia,
Com a noite me aconchego em quentes mantos,
Perdido em sonhos e pensamentos.
Victor Marques
amor,pais , terra
Victor Marques Aug 2018
A brisa que teima em não chegar…

Insetos que pernoitam com ervas daninhas,
Formigas que teimam em sementes arrecadar,
Cigarras apaixonadas com zumbidos de encantar,
Estrelas do céu abandonadas e sempre sozinhas…
Mas queridas e amadas pelo brilho do luar.

E eu continuo sentado para a brisa receber,
Vivendo na harmonia e amando cada ser.
Contemplo tudo e vejo eterna beleza,
Nas coisas pequenas existe grandeza.
Os passarinhos no meio das vinhas não parecem perturbados,
Lagartixas castanhas, lagartos esverdeados…

E tudo com a noite fica adormecido,
Outros seres despertam sem qualquer sentido,
Rãs, sapos e grilos que grande alarido….
A brisa chega com leveza e sem contas para dar,
E eu aqui dando beijos a tudo que eu quero sempre amar…


Victor Marques
brisa, natureza
Victor Marques Jun 2022
Quando me levanto de madrugada,
Sem  roteiro para  minha alma,
A noite me invadiu com calma,
Eu acordei sempre nu ,
Ouvindo um eu que parece tu,
Sentindo o cheiro da orvalhada.

Quando não me levanto ,
Me perco com outro encanto,
Sublime, puro e singular,
Passarada a chilrear,
Grilos e rãs a festejar,
O mundo não quer parar.

Quando me levanto com sono,
Para o mundo com amor e abandono,
Natureza  que despertas também,
Sol ou chuva que nos quer bem,
Zumbidos de tudo que quer viver,
Acordar e bendizer o amanhecer.

Quando me levanto sem querer,
Amando tudo que é ser,
Rejubilo com este ciclo conhecido,
Vivendo sem ter vivido,
Me reconcilio com o universo repetidamente,
Deixando de ser eu pedaço de gente.


Victor Marques
levantar, universo, vida
Victor Marques Apr 2023
Vivendo o rio da vida com serenidade e calma,
Agradecer a Deus alimenta minha alma.
Tal como Deus deteve o sol e parou a lua também,
Eclipse total no horizonte alaranjado, no além.
Josué conquistou a terra prometida sem luar ,
Moisés parou com seu cajado as águas do mar.


Eclipse em que tudo deixa de brilhar ,
Parece Deus sem se mostrar.
Em todos os momentos da vida somos abençoados,
Para vivermos felizes e ser amados.
O milagre da vida luz irradia,
Seja na noite ou de dia.
A noite parece que foi feita para nos compremeter,
Com gratidão a Deus me eclipsar e um dia morrer.

Victor Marques
ECLIPSE, DEUS,
Dayanne Mendes Jul 2015
Você, meu lindo
Que com palavras bonitas
Me confunde
Me ilude
E eu, mesmo sabendo disso
Estou apenas vivendo o amor
Tão impossível
Eu olho você
E vejo tanto
No fundo dos seus olhos
Eu vi tanta beleza
Fico absorta, não me movo
Que ilusão mais bonita
Você
Victor Marques Feb 2023
Amores com primaveras plantados

Sentir o brilho que a lua proporciona,
Vivendo no mundo que emociona.
Partindo de pressupostos estudados,
Amores com primaveras semeados!

A existência é uma realidade,
Convergência e ambiguidade,
Seres e um mundo desleal,
Sol no meu quintal!

Natureza autónoma e activa,
Deixa me dormir com a brisa,
Oh universo superior e infinito,
Do Deus em que acredito,
Que amo ser perceber,
Com o âmago do meu ser.

Ai areias, ai estrelas  do firmamento,
Que sois formosura e encanto .
Com visão de ser do mundo ,
Vivo cada minuto  cada segundo.

Victor Marques
Amor,Deus,natureza
Victor Marques Jun 2022
Penso nas giestas floridas que sempre olhei,
Amarelas, pueris e sempre brancas,
Olhava para elas e eram tantas,
Saudades que para elas eu deixei.
Penedos que eu trepava com ousadia,
Sobreiros que eu subia,
Ribeiros onde eu nadava ingénuo,
Sem pudor ou amor feito engano.
Caminhadas com rebanhos que não crias,
Sentimentos que não sentias,
Turbilhões de ideias que teu ser comprometia,
Vivendo na esperança de ter o que não podia.

Saltava as fogueiras nas noites de luar,
Nas festas de Santo António gostava de dançar,
Colhia flores com mãos inocentes,
Recebia tudo como belos presentes,
Dormia com sonhos nunca vividos,
Acordava com meus entes queridos.

Pensava eu que viver era ousadia,
Não percebia a tristeza e alegria.
Fui criado num ambiente sagrado,
Vivia sem sombra de pecado.
Era terno, amigo, simples com amor,
Se pudesse escolher o nome seria flor.


Victor Marques
JUVENTUDE, SAUDADE,Amor
hi da s Jan 2018
rita lee cantou que mulher é bicho estranho
todo mês sangra.
adélia prato lançou Bagagem.
rupi kaur escreveu sobre amor
e dor em seu corpo.
ijeoma umebinyuo criou versos que ainda não li,
mas que ouvi dizer vão desabrochar lindas
rosas dentro de mim.

àquelas mulheres que inspiram e respiram:
vocês são cada gota do gole de água que
preciso beber pra seguir vivendo.
sobre ser mulher e amá-las também
O fulgor do ódio incauto, a devastação em chama ardente, faz cambalear o ser andante. Carrego o que fiz do destino como se embalasse um filho morto. Um aborto deformado e coberto por repugnância. Engendrado em ventre seco. Fruto interrompido de um estupro incestuoso. Esquartejado pelo bisturi de um hospital clandestino e imundo. Levo as partes dilaceradas deste feto hediondo à boca, devorando-as, freneticamente saboreio o sangue ainda morno e a carne mole desossada, elas descem entalando pela garganta, me engasgo, tropeço, vou de encontro ao chão, superfície áspera de concreto, me fere a face queimando minha pele, me observo nu enquanto vestido, vejo transeuntes vivendo suas vidas pacatas, com suas roupas da moda, seus farrapos, com seus carros de passeio, populares ou de luxo, com seus apartamentos, suas casas, sobrados ou mansões, os vejo em bares, em igrejas, no trabalho, alegres, tristes, esperançosos, desiludidos, preocupados, já não pertenço a este lugar.

Ando léguas sem freio em meus devaneios, meus pés estão em carne viva, os calos sangram, continuo a caminhar carregando um destino morto, estou sozinho em uma estrada deserta, me desfiz de tudo. Abandonei qualquer esperança, qualquer desejo, o impulso me movimenta.

A estrada de terra levanta ao longe uma nuvem de poeira, a nuvem é carregada pela ventania em minha direção, a poeira adentra aos meus olhos como vidro cortante, tento me proteger me encolhendo em posição fetal, está escuro, e mais, meus olhos não conseguem se abrir, a tempestade de poeira já passou, restando apenas uma bruma que permanece sem alvoroço, mas que se misturando com a noite transforma-se em uma parade opaca, intransponível, impossível de se enxergar através, algo parece se mover dentro dela, e trazer de volta a tempestade, está se aproximando de mim rapidamente.

Um ônibus velho e cheio de ferrugem pára ao meu lado, escuto o ranger metálico estridente das portas se abrindo, todos os meus pêlos se arrepiam, sou derrubado novamente à realidade, à estranheza deste evento inesperado, mais uma vez o impulso me guia, pela primeira vez desde aquele dia sinto medo, pânico. Qual ser atroz faria ali, no meio do nada, esta parada insidiosa? O interior do veículo está completamente coberto pela poeira e a escuridão.
Victor Marques Jul 2023
Local de  homens mortais  e transcendentais venerados,
Que viveram honrando os seus compromissos passados.
Seres celestiais que querem ser reincarnados ,
Voltando à vida de humanos santificados.

Lugar alto, o mais importante e sagrado,
Sem inferno nem submundo,
Divindade com amor ao mundo,
Do  homem bom e amado.

Vivendo com piedade e fé também,
Acreditando no céu que se tem.
Delícias de uma felicidade infinita,
Que santifica a terra bendita.

Espaço onde os astros por vezes estão escuros e de repente tudo clareia,
Universo do mundo temporal que nos rodeia,
Céu meu do paraíso  celestial da vida ,
Nobreza de minha alma incompreendida.
Céu, paraíso  vida
Victor Marques Jun 2023
Ser objectivo padece de subjetividade ,
Existe ser ser noutra dimensão e realidade.
Ser que tudo engloba na sua existência,
Sorriso do ser inocente de criança.


Ser que acredita no poder de existir,
Vivendo na pureza do ser do meu sentir.
O poder de  existir é o poder do ser,
Na vida, na essência de no ser se perder.


Para ser ser temos de ter identidade,
Não ser demagogia,  ser verdade.
Somos sujeito ser,   somos predicado
Fruto do presente, ser  futuro, passado.


Ser ser e existir na memória de quem te ama,
Existir  sendo ser sob esta forma grande e pequena.
Ser ser sobre a nobreza das ondas de calor,
Existir na sombra  de meu ser, sendo céu, terra,  mar e amor.


Ser fraco é pedir ajuda sendo ser  também,
Existir para ser conforto para alguém,
Ser deve ser com ternura,saudade no horizonte que sempre vem.
Deixa o ser ser da vida, do mundo e de mais ninguém.


Ser, ser, existir
Ser,existir
Victor Marques Jun 2023
Viemos ao mundo nus,sem nada ,
De dia, de noite sem hora marcada.
Damos os primeiros passos na escuridão,
Metendo na boca o que vem à mão !


Parece que o mundo foi feito para sobreviver,
Procurando conforto e paz na descoberta de novos seres.
Atravessar a vida por vezes sem ninguém  do nosso lado,
Vivendo e morrendo sós com o coração despedaçado!


Tentamos direcionar nossa vida e por vezes não sabemos lidar com ela,
Vivemos e  morremos sem perceber o quanto ela é formosa e bela.
O homem parece querer viver isolado,
Pondo a sua felicidade de lado .

Solidão quem és tu sem sorrisos e compaixão,
Rosário da meditação e oração.
Contemplar tudo que nos aparece com medo e coração partido,
Solidão do mundo,  do desconhecido.


Sociedade em que vivemos  com guerra e sofrimento,
Fruto da falta de amor que nos leva ao isolamento.
Existe  alegria e penosa dor de por vezes estar caminhando sozinho,
Perdendo o odor de todas as rosas que florescem com carinho,
Solidão de um penar sem encanto,
Feita de dor e pranto.

Victor Marques



Solidão, isolamento, seres
Victor Marques Sep 2020
Me levanto sem hora marcada,
Colhendo uvas maduras
Pela natureza abençoada.
Deus no seu trono divino,
Amou o homem e o vinho.

Cepas tortas coloridas pelo tórrido sol doridas,
O homem labuta com destreza,
Vivendo com alegria e
Tristeza.

Passando pelo Douro com Deus imaculado,
Vejo o socalco consagrado.
Ama o mundo, o vinho,
Deus e o fado.

Victor Marques
Vinho, Deus.
Sola nel mondo eterna, a cui si volve
Ogni creata cosa,
In te, morte, si posa
Nostra ignuda natura;
Lieta no, ma sicura
Dall'antico dolor. Profonda notte
Nella confusa mente
Il pensier grave oscura;
Alla speme, al desio, l'arido spirto
Lena mancar si sente:
Così d'affanno e di temenza è sciolto,
E l'età vote e lente
Senza tedio consuma.
Vivemmo: e qual di paurosa larva,
E di sudato sogno,
A lattante fanciullo erra nell'alma
Confusa ricordanza:
Tal memoria n'avanza
Del viver nostro: ma da tema è lunge
Il rimembrar. Che fummo?
Che fu quel punto acerbo
Che di vita ebbe nome?
Cosa arcana e stupenda
Oggi è la vita al pensier nostro, e tale
Qual dè vivi al pensiero
L'ignota morte appar. Come da morte
Vivendo rifuggia, così rifugge
Dalla fiamma vitale
Nostra ignuda natura;
Lieta no ma sicura,
Però ch'esser beato
Nega ai mortali e nega à morti il fato.
Sola nel mondo eterna, a cui si volve
Ogni creata cosa,
In te, morte, si posa
Nostra ignuda natura;
Lieta no, ma sicura
Dall'antico dolor. Profonda notte
Nella confusa mente
Il pensier grave oscura;
Alla speme, al desio, l'arido spirto
Lena mancar si sente:
Così d'affanno e di temenza è sciolto,
E l'età vote e lente
Senza tedio consuma.
Vivemmo: e qual di paurosa larva,
E di sudato sogno,
A lattante fanciullo erra nell'alma
Confusa ricordanza:
Tal memoria n'avanza
Del viver nostro: ma da tema è lunge
Il rimembrar. Che fummo?
Che fu quel punto acerbo
Che di vita ebbe nome?
Cosa arcana e stupenda
Oggi è la vita al pensier nostro, e tale
Qual dè vivi al pensiero
L'ignota morte appar. Come da morte
Vivendo rifuggia, così rifugge
Dalla fiamma vitale
Nostra ignuda natura;
Lieta no ma sicura,
Però ch'esser beato
Nega ai mortali e nega à morti il fato.
Come questa pietra
del S. Michele
così fredda
così dura
così prosciugata
così refrattaria
così totalmente
disanimata
Come questa pietra
è il mio pianto
che non si vede
La morte
si sconta
vivendo.
Come questa pietra
del S. Michele
così fredda
così dura
così prosciugata
così refrattaria
così totalmente
disanimata
Come questa pietra
è il mio pianto
che non si vede
La morte
si sconta
vivendo.

— The End —