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O dia que chegou tão depressa ao seu final,
Trouxe-me a certeza de uma noite fria e pálida,
Onde chego à cama, e espero ver-te ali deitada,
Pelos tempos fora, sinto a certeza desse sinal!

Foram três longos anos de vazio, tais como os teus sinais,
As estrelas que carregas nos ombros, são juntas na tua lua,
São profundos sonhos de um golfinho que a ti, se junta, lua tua,
Imensas vezes, a olhei, para te ver a ti brilhar em vendavais!

Hoje percebo porque sentia e via o meu quarto sempre vazio,
Quando chegaste em dia de temporal, na noite sadia e vadia,
Estava eu junto daquele precipício, esperando sair desse presidio,
De cores sem tom, de cheiros sem fragância, naquela estadia!

E assim nas voltas que dei, das estrelas que vi, tu chegas-te,
Mesmo na hora que tudo parecia perdido, desenhada perfeitamente,
E de todas as preces e palavras que preguei a Deus e ele me advir-te,
Trazendo-te a ti, contornada de perfeitas coisas, cantando acusticamente!

E assim percebi que a força que têm a cobardia de destruição,
De um coração como o meu, perfeitamente bom e agora teu,
Me dá ganas de pegar em ti, ao meu colo teu, deitar-te no céu,
Decorar as estrelas, contigo no centro, meu quarto cresceu, paixão!

Autor: António Benigno
Escusado será dizer-te a ti, que te vejo, sabia que virias, não te imaginava chegando, mas surpreendentemente, tudo que lhe havia pedido, ele me trouxe triplicando, abusando mesmo de galhardia, e eu agora me contemplando, porque tudo que me trazia, era muito mais do que lhe pedia. Liliana, lhe peço agora mesmo, que meu coração mereça sempre, tudo aquilo que Deus me prometia.
Marco ASF Couto Apr 2014
Dá me uma razão para ficar e então Eu ficarei.
O Mundo lá fora não me atrai.
Quero passar a eternidade no teu quarto.
Quero passar a eternidade a falar contigo até tu me odiares a mim e as minhas ideias conservadoras fruto de uma eternidade passada no teu quarto.
Quero que o mundo se foda tanto como o mundo me fodeu a mim.
Quero passar a vida dentro desses filmes que tanto adoras.
E não me importo que não seja real. E nem me importo que não seja a sério.
Passei a minha vida a brincar com crianças.
Quero te a ti acima de tudo.
E perdoou o te o vício do tabaco.
E perdoou o te o vício de odiares tudo que me faz viver.
Eu só te quero bem!
Quero que te cases e nem têm de ser comigo.
Eu só te quero bem!
E perdoou o te o vício de não acreditares em mim.
E perdoou o te o vício de amares sempre o mesmo tipo de homem.
Porque eu só quero é que dances. Porque disseste que adoravas dançar.
Porque eu só quero que andes com quem te faz andar.
E nem me importo que me mintas.
E nem me importo que me ignores.
Não quero que te apresses por mim.
Não quero que me peças desculpa.
Se um dia morrer que seja pelas tuas mãos.
Põe me fora do teu quarto e dá me a comer aos leões.
Diz ao mundo que te traí eu não te desmentirei.
Mesmo tendo passado a eternidade no teu quarto.
Diz que não me queres e faz-me ter filhos contigo.
E diz aos nossos filhos que não sou pai deles.
Diz me que nunca na vida serei teu.
Mas dá me uma razão para ficar.
Que Hoje...
Hoje Eu faço o Jantar.
O mar já não salpica
a janela do meu quarto,
já nem me visita
ao escuro, de noitinha,
com canções ou poesia -
de amor ou ego
nunca cheguei a entender.
Mas, ainda que incerta,
quando o mar me salpicava
a janela do quarto,
dentro de mim eu cria,
ah, e como queria,
que fosse amor!
Enfim, mudei-me para o interior,
para me dedicar a amar as montanhas
(que não há esperança para o rios
por muito que neles me banhe).
Se não é salgado, o amor terá que ser
térreo e verde, imenso e divino,
altivo e maternal. Enfim.
O que amo nas montanhas
não passa de um reflexo de mim.
O que amo no mar é tudo o resto.
A expectativa,
a possibilidade,
a esperança
em algo para além de mim.
Em algo bom e humano,
leve e fluido,
tempestuoso mas seguro,
caseiro e real.
Luna,
Piuma di cielo,
Cosi velina,
Arida,
Trasporti il murmure d'anime spoglie?

E alla pallida che diranno mai
Pipistrelli dai ruderi del teatro,
In sogno quelle capre,
E fra **** foglie come in fermo fumo
Con tutto il suo sgolarsi di cristallo
Un usignuolo?
Danielle Furtado Nov 2014
Nasceu no dia dos namorados. Filho de mãe brasileira com descendência holandesa e pai português. Tinha três irmãos: seu gêmeo Fabrício, o mais velho, Renato, e o terceiro, falecido, que era sua grande dor, nunca dizia seu nome e ninguém se atrevia a perguntar.
A pessoa em questão chamaremos de Jimmy. Jimmy Jazz.
Jimmy morava em Portugal, na cidade de Faro, e passou a infância fazendo viagens ao Brasil a fim de visitar a família de sua mãe; sempre rebelde, colecionava olhares tortos, lições de moral, renegações.
Seu maior inimigo, também chamado por ele de pai, declarou guerra contra suas ideologias punk, seu cabelo que gritava anarquismo, e a vontade que tinha ele de viver.
Certo dia, não qualquer dia mas no natal do ano em que Jimmy fez 14 anos, seu pai o expulsou de casa. Mais um menino perdido na rua se tornou o pequeno aspirante à poeta, agora um verdadeiro marginal.
Não tinha para onde ir. Sentou-se na calçada, olhou para seus pés e agradeceu pela sorte de estar de sapatos e ter uma caneta no bolso no momento da expulsão, seu pai não o deixara com nada, nem um vintém, e tinha fome.
Rondou pelas mesmas quadras ao redor de sua casa por uns dias, até se cansar dos mesmos rostos e da rotina daquela região, então tomou coragem e resolveu explorar outras vidas, havia encontrado um caderno em branco dentro de uma biblioteca pública onde costumava passar o dia lendo e este seria seu amigo por um bom tempo.
Orgulhoso, auto-suficiente, o menino de apenas 14 anos acabou encontrando alguém como ele, por fim. Seu nome era Allan, um punk que, apesar de ainda ter uma casa, estava doido para ir embora viver sua rotina de não ter rotina alguma, e eles levaram isso muito à sério.
Logo se tornaram inseparáveis, arrumaram emprego juntos, que não era muito mas conseguiria mantê-los pelo menos até terminarem a escola, conseguiram alugar uma casa e compraram um cachorro que nunca ganhou nome pois não conseguiam entrar em acordo sobre isso, Jimmy tinha também um lagarto de estimação que chamava de Mr. White, sua paixão.
Os dois amigos começaram a frequentar o que antes só viam na teoria: as festas punk; finalmente haviam conseguido o que estavam procurando há tempos: liberdade total de expressão e ação. Rodeados por todos os tipos de drogas e práticas sexuais, mas principalmente, a razão de todo o movimento: a música.
Jimmy tinha inúmeras camisetas dos Smiths, sua banda favorita, e em seu quarto já não se sabia a cor das paredes que estavam cobertas por pôsteres de bandas dos anos 80 e 90, décadas sagradas para qualquer amante da música e Jimmy era um deles, sem dúvida.
Apesar da vida desregrada que levava com o amigo, Jimmy conseguiu ingressar na faculdade de Letras, contribuindo para sua vontade de fazer poesia, e Allan em enfermagem. Os dois, ao contrário do que seus familiares pensavam, eram extremamente inteligentes, cultos, criaram um clube de poesia com mais dois ou três amigos que conheceram em uma das festas e chamaram de "Sociedade dos Poetas Mortos... e Drogados!", fazendo referência ao filme de  Peter Weir.
O nome não era apenas uma piada entre eles, era a maior verdade de suas vidas, eles eram drogados, Jimmy  era viciado em heroína, Allan também mas em menos intensidade que seu parceiro.
Jimmy não era hétero, gay, bissexual ou qualquer outra coisa que se encaixe dentro de um quadrado exigido pela sociedade, Jimmy era do amor livre, Jimmy apenas amava. E com o passar o tempo, amava seu amigo de forma diferente, assustado pelo sentimento, escondeu o maior tempo que pôde até que o sentimento sumisse, afinal é só um hormônio e a vida voltaria ao normal, mas a amizade era e sempre seria algo além disso: uma conexão espiritual, se acreditassem em almas.
Ambos continuaram suas vidas sendo visitados pela família (no caso de Jimmy, apenas sua mãe) duas vezes ao ano, no máximo, e nesses dias não faziam questão de esconderem seus cigarros, piercings ou qualquer pista da vida que levavam sozinhos, afinal, não os devia mais nada já que seus vícios, tanto químicos quanto musicais, eram bancados por eles mesmos.
Era 14 de fevereiro e Jimmy completara 19 anos, a vida ainda era a mesma, o amigo também, mas sua saúde não, principalmente sua saúde mental.
O poeta de sofá, como alguns de nós, sofria de um existencialismo perturbador, o mundo inteiro doía no seu ser, e não podia fazer muito sobre aquilo, afinal o que poderia fazer à respeito senão escrever?
Até pensou em viver de música já que tocava dois instrumentos, mas a ideia de ter desconhecidos desfrutando ou zombando dos seus sentimentos mais puros não lhe era agradável. Continuou a escrever sobre suas dores e amores, e se perguntava por que se sentia daquela forma, por que não poderia ser como seu irmão que, apesar de possuírem aparência idêntica, eram extremos do mesmo corpo. Fabrício era apenas outro cidadão português que chegava em casa antes de sua mãe ficar preocupada, não que ele fosse um filho exemplar, ele só era... normal, e era tudo que Jimmy não era e jamais gostaria de ser; aliás, ter uma vida comum era visto com desprezo pelos olhos dele, olhos que, ainda tão cedo, haviam visto o melhor e o pior da vida, já não acreditava em nada, nem em si mesmo, nem em deus, nem no universo, nem no amor.
Como poderia alguém amar uma pessoa com tanta dor dentro de si? Como ele explicaria sua vontade de morrer à alguém que ele gostaria de passar a vida toda com? Era uma contradição ambulante. Uma contradição de olhos azuis, profundos, e com hematomas pelo corpo todo.
Aos 20 anos, o tédio e a depressão ainda controlavam seu estado emocional a maior parte do tempo, aos domingos era tudo pior, existe algo sobre domingo à tarde que é inexplicável e insuportável para os existencialistas, e para ele não seria diferente. Em um domingo qualquer, se sentindo sozinho, resolveu entrar em um chat online daqueles famosos, e na primeira tentativa de conversa conheceu uma moça do Brasil, que como ele, amava a banda Placebo e sendo existencialista, também sofria de solidão, o que facilitou na construção dos assuntos.
Ela não deu muita importância ao português que dizia "não ser punk porque punks não se chamam de punks", já estava cansada de amores e amizades à distância, decidiu se despedir. O rapaz, insistente e talvez curioso sobre a pessoa com quem se deparara por puro acaso, perguntou se poderiam conversar novamente, e não sabendo a dor que isso a causaria, cedeu.
Assim como havia feito com Allan, Jimmy conquistou Julien, a nova amiga, rapidamente. De um dia para o outro, se pegou esperando para que Jimmy voltasse logo para casa para que pudessem conversar sobre poesia, música, começo e fim da vida, todos os porquês do mundo em apenas uma noite, e então perceberam que já não estavam sozinhos, principalmente ela, que havia tempo não conhecia alguém tão interessante e único quanto ele.
Não demorou muito para que trocassem confidências e os segredos mais íntimos, mas nem tudo era tão sério, riam juntos como nunca antes, e todos sabem que o caminho para o coração de uma mulher é o bom humor, Julien se encontrava perdidamente apaixonada pelo ****** que conhecera num site de relacionamentos e isso se tornaria um problema.
Qualquer relacionamento à distância é complicado por natureza, agora adicione dois suicidas em potencial, um deles viciado em heroína e outra que de tão frustrada já não ligava tanto para sede de viver que sentia, queria apenas ler poesia longe de todas as pessoas comuns, essas que ambos abominavam.
Jimmy era todos os ídolos de Julien comprimidos dentro de si. Ele era Marilyn Manson, era Brian Molko, era Gerard Way, Billy Corgan, Kurt Cobain, mas acima de todos esses, Jimmy era Sid Vicious e Julien sonhava com seus dias de Nancy.
Ele era o primeiro e último pensamento dela, e se tornou o tema principal de toda as poesias que escrevia, assim como as que lia, parecia que todas eram sobre o luso-brasileiro que considerava sua cópia masculina. Jimmy, como ela, era feminista, cheio de ideologias e viciado em bandas, mas ao contrário dela, não teria tanto tempo para essas coisas.
Estava apaixonado por um rapaz brasileiro, Estêvão, que também dizia estar apaixonado por ele mas nunca passaram disso, e logo se formou um semi-triângulo amoroso, pois Julien sabia da existência da paixão de Jimmy, mas Estêvão não sabia que existia outra brasileira que amava a mesma pessoa perdidamente. Não sentiu raiva dele, pelo contrário, apoiava o romance dos dois já que tudo que importava à ela era a felicidade de Jimmy, que como ela, era infeliz, e as chances de pessoas como eles serem felizes algum dia é quase nula.
O brasileiro era amante da MPB e da poesia do país, assim como amava ouvir pós-punk e escrever, interesses que eram comum aos três perdidos, mas era profissional para ele já que conseguira que seus trabalhos fossem publicados diversas vezes. Se Jimmy era Sid Vicious, Julien desejava ser Nancy (ou Courtney Love dependendo do humor), Estêvão era Cazuza.
Morava sozinho e não conseguia se fixar em lugar algum, estava à procura de algo que só poderia achar dentro dele mesmo mas não sabia por onde começar; convivia com *** há alguns meses na época, mas estava relativamente bem com aquilo, tinha um controle emocional maior do que nosso Sid.
Assim como aconteceu com Allan e Julien, não demorou muito para que Estêvão caísse nos encantos de Jimmy, que não eram poucos, e não fazia mais tanta questão de esconder o que sentia por ele. Dono de olhos infinitamente azuis, cabelo bagunçado que mudava de cor frequentemente, corpo magro, pálido, e escrevia os versos mais lindos que poderia imaginar, Jimmy era o ser mais irresistível para qualquer um que quisesse um bom tema para escrever.
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Julien era de uma cidade pequena do Brasil, onde, sem a internet, jamais poderia ter conhecido Jimmy, que frequentava apenas as grandes cidades do país. Filha de pais separados, tinha o mesmo ódio pelo pai que ele, mas diferente do amigo, seu ódio era usado contra ela mesma, auto-destrutiva é um termo que definiria sua personalidade. Era de se esperar que ela se apaixonasse por alguém viciado em drogas, existe algo de romântico sobre tudo isso, afinal.
Em uma quarta-feira comum, antecipada por um dia nublado, escreveu:

Minhas palavras, todas tiradas dos teus poemas
Teu sotaque, uma voz imaginada
Que obra de arte eram teus olhos
Feitos de um azul-convite

E eu aceitei.


Jimmy era agora seu mundo, e qualquer lugar do mundo a lembrava dele. Qualquer frase proferida aleatoriamente em uma roda de amigos e automaticamente conseguia ouvir sua opinião sobre o assunto, ela o conhecia como ninguém, e em tão pouco tempo já não precisavam falar muita coisa, os dois sabiam dos dois.
Desejava que Jimmy fosse inteiramente dela, corpo e mente, que cada célula de seu ser pudesse tocar todas as células do dela, e que todos os pensamentos dele fossem sobre amá-la, mas como a maioria das coisas que queria, nada iria acontecer, se achava a pessoa mais azarada do mundo (e provavelmente era).
Em uma noite qualquer, após esperar o dia todo ansiosa pela hora em que Jimmy voltaria da faculdade, ele não apareceu. Bom, ele era mesmo uma pessoa inconstante e já estava acostumada à esse tipo de surpresa, mas existia algo diferente sobre aquela noite, sabia que Jimmy estava escondendo alguma coisa dela pois há dias estava estranho e calado, dormia cedo, acordava tarde, não comia, e as músicas que costumavam trocar estavam se tornando cada vez mais tristes, mas era inútil questionar, apesar da intimidade, ele se tornara uma pessoa reservada, o que era totalmente compreensível.
Após três ou quatro dias de aflição, ele finalmente volta e não parece bem, mesmo sem ver seu rosto, conhecia as palavras usadas por ele em todos os momentos. Preocupada com o sumiço, foi logo questionando sua ausência com certa raiva e euforia, Jimmy não respondia uma letra sequer. Julien deixou uma lágrima escorrer e implorou por respostas, tinha a certeza de que algo estava muito errado.
"Acalme-se, ou não poderei lhe contar hoje. Algo aconteceu e seu pressentimento está mais que correto, mas preciso que entenda o meu silêncio", disse à ela.
Julien não respondeu nada além de "me dê seu número, sinto que isso não é algo que se conta por escrito".
Discando o número gigantesco, cheio de códigos, sabia que assim que terminasse aquela ligação teria um problema muito maior do que a alta taxa que é cobrada por ligações internacionais. Ele atendeu e começou a falar interrompendo qualquer formalidade que ela viria a proferir:

– Apenas escute e prometa-me que não irá chorar.
Ela não disse nada, aceitando a condição.
– Há tempos não sinto-me bem, faço as mesmas coisas, não mudei meus costumes, embora deveria mas agora é tarde demais. Sinto-me diferente, meu corpo... fraco. Preciso te contar mas não tenho as palavras certas, acho que nem existem palavras certas para o que estou prestes à dizer então serei direto: descobri que sou *** positivo. ´
Um silêncio quase mórbido no ar, dos dois lados da linha.
Parecia-se com um tiro que atravessou o estômago dos dois, e nenhum podia falar.
Julien quebrou o silêncio desligando o telefone. Não podia expressar a dor que sentia, o sentimento de injustiça que a deixava de mãos atadas, Ele era a última pessoa do mundo que merecia aquilo, para ela, Jimmy era sagrado.

Apenas uma pessoa soube da nova situação de Jimmy antes de Julien: Allan.
Dois dias antes de contar tudo à amiga, Jimmy havia ido ao hospital sozinho, chegou em casa mais cedo, sentou-se no sofá e quis morrer, comparou o exame médico à um atestado de óbito e deu-se por morto. Allan chegou em casa e encontrou o amigo no chão, de olhos inchados, mãos trêmulas. Tirou o envelope de baixo dos braço de Jimmy, que o segurava como se fosse voar a qualquer instante, como se tivesse que apertar ao máximo para ter certeza de que aquilo era real. Enquanto lia os papéis, Jimmy suplicava sua morte, em meio à lágrimas, Allan lhe beijou como o amante oculto que foi por anos, com lábios fracos que resumiam a dor e o medo mas usou um disfarce para o pânico que sentia e sussurrou "não sinto nojo de ti, meu amigo, não estás morto".
Palavras inúteis. Já não queria ouvir nada, saber de nada. Jimmy então tentou dormir mas todas as memórias das vezes que usou drogas, que transou sem saber com quem, onde ou como, estavam piscando como flashes de luz quase cegantes e sentia uma culpa incomparável, um medo, terror. Mas nenhuma memória foi tão perturbadora quanto a da vez em que sofreu abuso ****** em uma das festas. Uma pessoa aleatória e sem grande importância, aproveitou-se do menino pálido e mirrado que estava dormindo no chão, quase desmaiado por culpa de todo o álcool consumido, mas ainda consciente, Jimmy conseguia sentir sua cabeça sendo pressionada contra a poça d'água que estava em baixo de seu corpo, e ouvia risos, e esses mesmos risos estavam rindo dele agora enquanto tentava dormir e rezava pra um deus que não acredita para que tudo fosse um pesadelo.
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Naquele dia, Jimmy, que já era pessimista por si só, prometeu que não se trataria, que iria apenas esperar a morte, uma morte precoce, e que este seria o desfecho perfeito para alguém que envelheceu tão rápido, mas ele não esperaria sentado, iria continuar sua vida de auto-destruição, saindo cedo e voltando tarde, dormindo e comendo mal, não pararia também com nenhum tipo de droga, principalmente cigarro, que era tão importante quanto a caneta ao escrever seus poemas, dizia que sentir a cinza ainda quente caindo no peito o inspirava.
Outra manhã chegou, e mesmo que desejasse com toda força, tudo ainda era real, seus pensamentos eram confusos, dúvidas e incertezas tão insuportáveis que poderiam causar dores físicas e curadas com analgésicos. Trocou o dia pela noite, já não via o sol, não via rostos crús como os que se vê quando estamos à caminho do trabalho, só via os personagens da noite, prostitutas, vendedores de drogas, pessoas que compravam essas drogas, e gente como ele, de coração quebrado, pessoas que perderam amigos (ou não têm), que perderam a si mesmos, que terminaram relacionamentos até então eternos, que já não suportavam a vida medíocre imposta por uma sociedade programada e hipócrita. Continuou indo aos mesmos lugares por semanas, e já não dormia em casa todos os dias, sempre arrumava um espaço na casa de algum amigo ou conhecido, como se doesse encara
D. Furtado
Nos densos odores de um incenso de mirra,
embriagado pelo entediante vazio da bagunça de meu quarto,
devaneio-me pelos arredores dum mundo marginal
concebido da tristeza que em fogo me cala

Num sopro de arrependimento as brasas se queimam
e a fumaça toxica que respiro, exala-se pelos poros

Deleitando-me em singelo prazer
espero as cinzas se formarem
Observo atentamente a destruição da matéria,
pois somente assim vejo meu destino,
e talvez,
não de bom grado,
num sopro,
aceite as últimas cinzas da vida caírem no
Sujo e bagunçado chão de meu quarto( mundo).
Rui Serra Mar 2014
Quarto fechado
escuro
(mas não muito)
uma luz
incenso
odor
forte o(dor)
sândalo
No exterior
chuva
frio
um pedinte
gabardina velha
Janela
(de volta ao quarto)
uma face rosada
(acende-se a luz)
Princesa.
Rainha.
Mulher.
No rosto leproso da noite, ventos giram cartas como quem não quer nada/ Ou talvez vultos guardam melancolia no quarto branco/ Oh! tão bom beber hálito gelado da lua junto aos antepassados, lá se vão fugidios das estrelas; sete são. Os mais jovens, no rio, colhem cristais & dançam ( ritual veludo puro, sombra azul circula)/ Rápido, múltiplas festas ecoam do infinito, este cínico pastor poda asas feridas; mãos sagradas dos mortos & dos mitos/ Bebemos & cantamos, no colo floresta desnuda/ Neste banquete vermelho, virgens dão o toque úmido & todos os santos saboreiam o útero/ Sob o aconchego do delírio a loucura desfila, santa de todos os dias!
Rui Serra Jan 2015
sou um espelho antigo

frio . vazio . sombrio

como um túmulo

sobre a lareira
domino o quarto

vejo lá fora
as flores e árvores
do teu jardim

há dias em que sinto o vento

vejo-te à noite a pentear
os teus sedosos cabelos

vejo-te à noite a acariciar
os teus voluptuosos seios

fazes amor no reflexo da minha existência

eu sou imortal
nunca minto

eu serei o único
que lá vai estar, no teu quarto
até que definhes

e aí
dar-te-ei as minhas memórias

será muito, muito difícil para mim,
quando já não houver nada para refletir
Ember Evanescent Dec 2014
Leaving class during an internal lockdown

Shooting elastic bands at the target we mounted on the wall

Shooting elastic bands at our teacher's hat

Hiding from our teacher with the hat

Naming the robot we programed in class: Clive

Bananagrams

Ditching gym class

Talking/lying our way out of trouble a lot lol

Making elaborate plans to do very odd things (and playing pink panther
music as well as mission impossible music when we did it)


Putting mistletoe everywhere in the school at Christmas

Texting quotes of the night

Writing fictional stories and sending them over text to each other in
parts at 2AM

Writing poetry

Learning the Greek Alphabet so we could play Greek Hangman

Creating numerous extremely complicated codes where punctuation,
capitalization, "accidental" smudges near words and how you
pronounce certain words is significant.

Always buying the same drink at Starbucks

Eating a ridiculous amount of free samples at the Fro Yo place

Skipping down the hall happily in our gothic spiked clothing. Just to
confuse people. Watching the looks we got.

Writing limericks in math class

Playing Go Fish with our bus passes and when the teacher came over all he said was: Oh! Who's winning?

Playing full tackle basketball...when we were supposed to be playing badminton

Filling a friend's locker with stuffed animals while they were away and texting them to warn them we put a lion and bear in their locker

Inside jokes: Whiteout, Whip-cream, We-are-the-crazy-people, ****, that's a fiiiine shoulder! Pass the coke!

Playing Quarto during Science class

Playing boggle during religion




I miss that grade. I wish things could go back to the way they were, but they really can't ever. I miss being so young and innocen- hahahahaha okay, not innocent but young and crazy. I miss when there were not scars on my arms and my soul.
Some crazy memories from the best year of my life.
goldenhair May 2013
O quarto escuro e apenas a luz vinda de fora só me deixavam ver o contorno do seu rosto, mas eu ainda conseguia decifrar seus traços, o gosto molhado da sua boca, a textura do seu cabelo.

Experimentava seus lábios, tão feroz quanto o vento quando toca as flores, fazendo-as exalarem seus perfumes, assim como o seu gosto o fazia em mim.

Desfrutava de todo o tato possível, e pelos seus braços, caminhava uma das mãos, enquanto eles se envolviam e se apaixonavam pelo meu corpo, abraçando-o forte, como um leão agarrando sua presa.
Seus beijos me completavam e me envolviam, tal como a mais fina seda do mais belo vestido cai perfeitamente no mais maravilhoso corpo de mulher. Seu cheiro doce, de pele morena, sufocava toda a hesitação que ainda me restava e me fazia entregar-me por inteiro. Suas mãos teimavam em bagunçar meu cabelo que, envolto em seus dedos, se realizava por encontrar tanta obstinação vinda de um único conjunto de dedos.  

Por um momento, antes de dar-me um outro beijo, me olhou nos olhos, com olhar de pescador que foi fisgado pelo canto da sereia e, de repente, nada mais existia.
Sentado e descalço, sobe um banco de madeira preta,
Pintei o quarto de verde vivo, igual ao vaso do quintal,
Contrastando com a cor amarela da flor que parara de crescer!
Queria ver aquela flor mais verde que o vaso que acabara de pintar.
Apressado como de costume e porque admito é feitio meu,
Pegava desajeitado e pouco reflectido com vontade de florir,
O amarelo perdido daquela planta que me havia já esquecido,
Não era tinta vazia, que ela queria, mas carinho de minhas mãos,
Peguei nela caída, encostei-a a mim e disse-lhe que gostava dela,
Suspirou-me ao ouvido e perguntou-me porque não a levava comigo,
Encostei-a a mim trouce-a cuidadosamente ao colo para dentro de casa,
Dei-lhe um copo de água e aconcheguei-lhe a terra do caule,
O adubo que ela recebia de mim, em carinhos fizeram-na adormecer!
Sentei-me no banco quase seco de tinta verde e pintei as calças,
Adormecendo como que um pai olhando seu filho dormir!
Sonhei pela noite fora e quando acordei, aquela flor amarela,
Que eu havia trazido comigo, sorriu-me nos olhos estremunhados,
Acordei feliz e cheio de alegria porque em seu olhar a flor vivia.
Por vezes a vida descabida de pressa por coisas vazias,
É tão bonita quando na calma do tempo um carinho te dá alento.
E eu voltei a pintar todo dia e em cada dia que passava a flor crescia,
O amarelo que lhe percorria o ser mudava de cor para a cor de esperança.
A cada dia, eu dormia mais feliz, porque sentia seu cheiro chegar a mim.
Essa flor um dia pegou-me nos olhos e pediu-me de novo carinho,
E eu olhei-a, da maneira que sempre quis cheirá-la e encostei-a a mim,
Enquanto dormia!

Autor: António Benigno
Dedico à minha vida que nem para nem anda!
VS Sep 2014
Raiva. ****. Dança. Um bipe, susto, esquecimento, raiva, dois bipes, três, soneca. Cinco minutos.

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Bipe. Resmungo. Piscar. Interruptor, luz, ardência, explosão. Porta, cozinha. Frigideira, ovos, omelete, engasgue, tosse, água. Maçã.

Quarto, vestimentas, capacete. Mochila: 15kg.
Rua, bicicleta. Firmeza, foco, parábola, impulso. Curvas, carro, fechada. Porra! Esquece. Vocalise. Caminho: metade → Calor, suor. Vestimentas, despir, mochila, guardar, impulso. Partir.

Subida: força, constância, relaxamento, foco. Acidente. Morte? Não. *****, olhos, claridade. Gelo. Suspiro. Rua, asfalto. Inferno? Subterrâneo, ainda...
Chegada, contra-mão.

Bom-dia. Raiva.
Dayanne Mendes Jul 2013
Lembro das flores que me trouxe.
Rosas vermelhas,
Manchadas com sangue.

Seu sangue.
Derramado inutilmente,
Para pintar rosas brancas.

Mesmo sabendo que não,
Eu não gostava de flores,
Muito menos rosas.

Um sacrifício em vão,
Um pedido descartado.
Deixei meu perfume na sala,

Dormi contigo no quarto.
Você se manteve calado,
E eu me mantive amarga.
Expo 86' Nov 2015
Tire minha sobriedade com seus abraços
Deixe-me alucinado com o sabor de seus lábios
Permita-me respirar um pouco mais do ar que circunda o seu quarto
E perdoe-me pelos equívocos que cometo

Espero que entenda, que eles são causados
Pelas inseguranças e medos
Que são obras mal acabadas geradas pelo teu afeto

Mas o que dizer? ou o que falar?
Para mim sempre só me restou me desesperar
E o medo de tu, não consigo superar
Ahh maldita cabeça
Para ser um animal
Quatro patas é o que falta
Pois como as bestas
Parece que ele não consegue raciocinar

Mas ao menos tenho que agradecer
Ela me fez aproveitar todo os segundos
Dos abraços e beijos
Que aconteceram ou acontecerão
E acima de tudo dos que não existirão

E no final, tudo isso era para ser sobre algo bom?
Talvez eu deva aprender que admitir que errei não seja o fim do jogo
E que devia aproveitar muito mais nosso turno
Porque se for para dar errado que de
Mas nunca vou me distanciar de ti de novo

Por isso dessa vez só quero saber de você
Mas peço que me diga
Me diga, me explica
Por que está aqui ou se realmente é feliz
E quero que saiba que toda minha dor e insegurança começa aí
Gerando angustia e sofrimento que faz-me sentir tão egoísta que perco toda a motivação e coragem de ficar perto de ti
Agora no meu quarto
Com uma certa incerteza
Preenchendo a solidão
E alimentando a tristeza

Um vazio toma conta de mim
E no corredor a minha frente só escuridão
Enquanto um lado de mim diz sim
O outro diz não

No fim do corredor uma luz se acende
Tão intensa que meu olho chega a arder
Mesmo que eu não queria a ver
Ela se aproxima
E cada vez mais forte me domina

Então a escuridão some
A solidão é levada junto
A tristeza vira felicidade
E a morte não é mais solução

Tudo que eu quero é viver
Triste, sozinho e sem esperança ou não
A imprevisibilidade é o problema
Queria tanto saber se daria certo
E aí sim minha esperança não seria problema

E enquanto a luz permanece acesa
Guardo aquela certa incerteza
Será que tudo daria certo?
Será que as coisas não melhorariam?
Evey Aug 2018
"Did you hear Tonya  son is gay?"
"Oh that's cool."

A la  siguinte  semanan naylie  me  comento
"Tonya kicked  her son out of her house for being gay."

As thoughts race through my head I wonder where will he live? he's just a senior in high school

Soon after that I never really thought about him since I never knew him or seen him

lo  conosi por distanica

"Mira  Yvette ese  es  el  hijo  de  tonya  tu  sabias  que  era  gay?" me  dijo  nayeli  que  lo  conoses
As usual, irritated, le  contesto, "ay  ama la  van  a esquchar y  no  no  lo  conosco"

I didn't want to feel guilty for being somebody that whispers through ears

"Mija  y tu  mama va  venir  al  aerobics?"
" Nose "

Tonya No  me  conose ni  tampoco  conse  que  me  da  verguenza su  decicion como  puede  abandonar  a su hijo

My  mom  while she pretended to cover her whispers through squats and lunges.

"Mira  Yvette ese  es  el  hijo  de  tonya"

As I gaze,
flaco  y  Alto.
What is he doing here at the park? his mom is going to see him. He looks happy playing basketball was he really kick out? did she bring him here?

My second year of summer vacation of college I try to be part of LA and South Park with the aerobics women but it is inconsistent the same way how inconsistent my thought of Tonya's  son being homeless

Por  segunda  ves  la distancia  nos  unio

Mami  y yo  sentadas 10minutos antes  que  empiese  la  clase

"Ay  mira  Yvette siempre  esta  aqui ya  nunca esta  bien  vestido "

I guess she did kick him out

Sudadas y cansadas,
When classes end  todas  Las mama  se  van en Chinga,
Tengo  que  ir  a vender!
Tengo  que  hacer de  comer!
Tengo  que  pasar  por  el  chiquillo  a  la  escuela!

"Mejor vete  en  chinga  por  tu hijo Mientras  haces  de  comer no  se  te  olvide  poner  el quarto  Plato en  la  mesa Y  cuando  termines  no  se  te olvide  pasar por  tu  hijo  que  duerme  en el  parque"

Otros anos  mas

"Ay  Yvette dice  nayeliy que  ya  el  hijo  de  Tonya  usa  drogas"

I just listened

I'd feel bad to if my mom never noticed me over the thing she loved the most, aerobics

Sonriente  y  sin  verguenza,
Camina  ase  su  casa  dejando  su  hijo.

It doesn't seem to work its as if he wants her to notice him

Maybe if my mom sees me everyday out here knowing that I live here she'll take me home after she's done with her work out

365 dias multiplicado por 2, espero  que  todabia  tenga  esa  esperanza o talvez  ya  lo  consumio  las drogas
I

No intervalo do incessante
Para lá do perceptível
emaranhado numa zona incerta
quando a noite é mais de trevas
E um quarto bem estreito
é exageradamente infindo
ora ali o oniromante

De outrora letargo
de outro nome alcunhado
que agora desperto
aprende a dormir

recônditos respiros
rebuliços arredores
vasos sanguíneos
coléricas vozes
vislumbra o enfermo
sem remédio
sem cura
Um quadro preto
um naufrágio

II

Jaz adormecido
em cama de pedras
com colcha de espinhos

Lá dentro avenidas movimentadas sussurram verdades
cheias de  agudos
ângulos, retos, obtusos
com vértices nas curvas semicirculares

Um rompante inaudível
turbilhões de incertezas
de vozes cegas
emergindo da fresta tenebrosa
que brilha o **** cobiçado
de seios
de coxas
de longos cabelos loiros
de pele negra
de pele vermelha
de pele amarela
peles tão alvas quanto a neve
Uma avalanche de inseguranças
Correntes de ferro
enferrujadas
que rasgam a carne
com tétano
e o sangue escorre
num rio plácido
repleto de peixes e tartarugas
de ondinas e sereias
onde banham as musas
que cantam o canto de Morfeu
como eólia lira
que entorpece e inspira
o oniromante
que ali adormeceu

III

No sonho de um sonho
há um sonho esquecido
guardado a sete fechos
no fundo inflexível

de imagens arquetípicas
de desejos obscuros
de visões aterradoras
de um jovem bem febril

devagar vai adentrando
nessa estranha entrelinha
qual razão do desconexo
desconstrói o findo dia

tenazes vozes em seus ouvidos
reproduzidas como brados
brotam atroadas
de estrondosas trovejadas

Neste tempo sem um tempo
há tempos transcorrido
inesperados fragmentos
reprimidos e esquecidos

Por frações de um instante
trafegando entre a memória
dos dias das noites do futuro
do passado e das histórias

Clareiam-se como cruz
como carga no caminho
Cultuando a culpa a luz
jaz oculta na cova deslembrada

Estreitos fios a lumiar o teto escuro
tomam forma entrelaçada da aurora
Rompe o limiar do céu noturno
E abre os olhos pra não perder a hora





Victor Marques Sep 2018
Nem sei o que hoje te vou dizer,
Ouço a natureza  ao anoitecer...
Meu Deus, meu Deus, Meu Deus
Sigo ensinamentos teus....

Que melodia medonha na noite perdida,
Até parece pintada sem cor nem medida,
Meu Deus, meu Deus ai filhos do mundo,
Escrevo para ti num oceano sem fundo.

Continuo a tentar perceber zumbidos da noite com amor e prazer,
Meu Deus infinito e amado por tudo que é ser e não ser...
Eu escuto com a ousadia universal de algo descobrir,
Fico com teu amor e as borboletas da noite para te sentir.

A noite se deita num céu estrelado de quarto minguante,
Tu meu Deus és passado, futuro e presente.
Mesmo na noite tudo é feito com brilho e muita luz...
Eu me encanto no teu amor e na ressurreição divina de teu filho Jesus.

Victor Marques
Deus,Deus, Jesus
Luna,
Piuma di cielo,
Cosi velina,
Arida,
Trasporti il murmure d'anime spoglie?

E alla pallida che diranno mai
Pipistrelli dai ruderi del teatro,
In sogno quelle capre,
E fra **** foglie come in fermo fumo
Con tutto il suo sgolarsi di cristallo
Un usignuolo?
Dayanne Mendes Jun 2014
O tempo passa,
A idade pesa.
No chão do quarto,
Encerro outra conversa.

Eu olho a janela,
O céu lá fora.
Me sinto tão distante agora.
Faltam os falsos amigos,

Os verdadeiros também.
Mas hoje não vou dormir.
Em uma colcha de falsos parabéns.
Amadureço mais que meus 20 anos,

E a dor que isso causa,
Me lembra que sou humano.
São só 20 anos afinal,
Será que viverei até os 90 pra assistir um recital?

Aos 10, fui pureza.
Aos 15 paixão.
Hoje misturo beleza com coração.
20 aos 20, eu sobrevivo.

Trago mais um cigarro ou respiro?
Expo 86' Jul 2016
Sabe, quando te avistei naquela ensolarada tarde de junho, fiquei totalmente perplexo, a maneira que seus longos cabelos caiam nos seus ombros, como as sardas no seu rosto formavam a mais bela constelação, ou a maneira que você falava sobre a poluição e como o aquecimento global iria acabar com o mundo.

Eu nunca fui uma pessoa muito idealizadora, ou que tinha sonhos grandes, sempre me contentei com pouco ou quase nada, sempre fiquei feliz em ficar no banco de reservas. Mas no momento em que suas palavras tão entusiasmadas e caóticas entraram no meu cérebro e o atingiram como o mais brutal acidente automobilístico da historia, eu pensei: Eu quero salvar a todos, eu quero ser um astronauta e colonizar o espaço, descobrir novas coisas além do espaço entre a minha cama e o interruptor do quarto.

Aquela sensação maravilhosa durou apenas alguns segundos, e logo, a maldita insegurança voltou, me sentia humano novamente, e dessa vez tinha muito mais medo, tinha medo que não salvaria a ninguém, que não conseguiria fazer nada.
Fechei os olhos, e em um misto de angustia e medo pensei: Mesmo que eu não salve a todos, eu ficaria feliz em apenas te salvar, porque acho que te amo, sabe?
Rui Serra Mar 2014
tu
Excedi em tudo
os meus desejos
os meus sonhos e eu
crescemos lado a lado
Vivo em intensa desolação
A pensar quando é que vais chegar
Amo-te
Com tanta pureza, tanta paixão
Que peço
que te ame sempre
e mais uma vez
Amo-te
no seu perfeito sentido
teu corpo e essa airosa face
A tua silhueta
no parapeito de ferro, na noite a meditar
Um luzente anoitecer
A lua na paliçada
Quando no meu quarto eu leio e escrevo.
Rui Serra Apr 2014
AGORA
que partis-te a explorar o deserto e eu fiquei só
AGORA
que partis-te em procura do rapaz de preto
Sento-me
neste quarto
onde só
me restam paredes,
e oiço o tráfego
lá fora
O teu fantasma
imagem de um outro tempo
persegue-me por todos os lados
Deixa-me num sono profundo
Deixa-me
para poder escrever poesia
e libertar as pessoas dos seus limites
Já agora
atravessa para o outro lado
transpõe a porta
o Patrão espera-te.
Não te resta muito tempo que a viagem é longa.
sunflower Feb 2017
"eu te dizia que a vida é bruta, você me falava que ainda não

eu nunca acreditei que houvesse algo a mais depois que as coisas acabam

uma blusa esquecida no natal passado, uma palavra presa na fechadura da porta que bateu, um outro palpitar do coração ou alma além da que nos foi decretada aqui

e, então, você morreu

durante uma semana, eu fingi que você tinha finalmente viajado pro seu lugar favorito e que ele tinha te dado razão em ser um lugar favorito pra demorar tanto assim

durante um mês, eu desisti de esperar
paciência não era meu melhor dom
embora te esperar fosse um talento
você, de novo, não chegou

durante um semestre, eu chorei sem interrupções
embora ninguém soubesse ou visse algo
por dentro, muralhas da China caíam e oceanos atlânticos deslizavam entre órgãos e lembranças

quando eu esqueci o som da sua voz e o tom do seu olho, você morreu outra vez e, dessa, eu pude sentir o peso da mão do mundo descendo sob mim

outro ciclo se foi e a nossa conexão terminou

eu te quis no meu quarto reclamando meu atraso pro almoço; eu te quis na plateia da apresentação da minha monografia, a única na história da faculdade como centro de pesquisa a comunidade lgbt; eu te quis no meu exame de direção; eu te quis quando eu saí de casa; eu te quis atendendo o telefone enquanto eu contava que consegui um emprego novo; eu te quis e esse era o único tempo verbal em que era permitido te conjugar

durante um ano, que durou até hoje, eu soletrei saudade
já não tenho como chamar seu nome

eu toco o interfone, não há você do outro lado
me tateio, falta a sua pele bem perto

no fundo, eu acho que o universo deveria estar triste porque não posso te amar mais

eu estou."

#textoscrueisdemais
Rui Serra May 2014
Passa-se num quarto
luz ténue
velhos livros empoeirados
o cigarro queima-me a ponta dos dedos
nos meus ouvidos, um leve melodia
um telefone toca
saio
andei por aí
a prostituta olhou-me
tremo de frio
uma cabana
recordo o passado, ainda presente
passei por tua casa para te ver
tinhas saído
ocultas-te dos convidados
mas eu sou teu amigo
os meus olhos
perturbam-te
infinitamente!
as melhores ideias vêm-me quando...
enfim
vou partir
pousei o livro
estou vivo
procuro a paz
esse momento de liberdade
está a ficar tarde
a noite começa
lentamente e cheia de sossego.
Enquanto sofre
porta-voz dos desmazelos
diz que povo está perdido
e a modernidade em desespero

Quando em mágoas
pranteia os olhos
e a Deus sem crer
diz maldizeres

Quando em desamores
desgovernada mão em acidente
indiferente assume o posto
batendo uma ilusão

Quer dizer de si
mas diz de todos
Assumindo como pública
a voz da solidão

e para si sem mais ninguém
que a dor sem causa leva a crer
engendrado num quarto sujo
da sujeira de seu corpo
e da imundície a sua alma
faz ao mundo o seu retrato
Dayanne Mendes Nov 2014
Eu não sei o que faço
Parada no quarto
Em prantos

Eu queria entender
O porquê de ser assim
Tão frio e amargo

Esse é o destino então?
Ser infeliz
Ou não?

Eu queria um caminho
De arco-íris e pote no final
E o que eu tenho agora

Doi mais
E a demora
Esperar por nada

Há de me deixar louca
Na varanda ou na porta
Ou na rua, eu não sei onde chegar

Meus pés saem do chão
Ou é uma ilusão
Sou só eu lá fora?
Rui Serra Jul 2014
Fecho-me num quarto escuro, onde tudo se torna claro, acendo um cigarro, o último do maço... choro lágrimas de sangue por alguém que quero que morra; tento extrair de mim toda a dor existente, mas não consigo, enfim... bebo um gole para esquecer, mas não consigo! O que será de mim.
Refugio-me num copo de absinto, e tento arranjar solução para o que me é visível, mas estou só e desamparado. Não me é possível, . . . estou triste.
Rui Serra Mar 2014
Certa noite
Murmúrios
Talvez algures
No próprio quarto
Ou noutro tempo
Em parte alguma
Isolado em si mesmo
Ou na mesa do café
Fica o esplendor de um rosto
A ternura de uma flor
E num diário
A escrita
Nostálgica
Moribunda
E a noite é imensa
Luna,
Piuma di cielo,
Cosi velina,
Arida,
Trasporti il murmure d'anime spoglie?

E alla pallida che diranno mai
Pipistrelli dai ruderi del teatro,
In sogno quelle capre,
E fra **** foglie come in fermo fumo
Con tutto il suo sgolarsi di cristallo
Un usignuolo?
Mariah Tulli Jan 2017
Menina
Que aperta o coração
Faz minha mente flutuar sem direção
Perdida no mundão
Da imaginação

Menina
Me deixa sorridente
Só de lembrar da gente
Naquele quarto quente
Onde vivemos o presente

Menina
É só me permitir
Pra eu não omitir
O meu sentir
Sem ti
Dryden Apr 2018
Os dias acabam e a noite chega,
Acendo a minha pequena lanterna
Chamada consciência,
Com a minha solidão eterna.

A noite tranquiliza-me,
Meio mundo está a dormir
Sinónimo que está a progredir.
Durante o meu sonho
Nao existe gravidade
Posso voar, pecar ,
Ninguém estará lá para me julgar.

A madrugada costuma alimentar-se das minhas insónias,
Não me importo pois ao fim da noite encontro a aurora,
Nela encontro a minha esperança além da paranóia,
Perco o sono, levanto me, dou a volta ao mundo sem demora.

O meu quarto escuro,
Com o passar das horas
Cria um clima soturno.
É nesse ambiente que travo os meus duelos
Batalhando sob o admirável céu noturno
Mudando o rumo dos asteróides,
Faço os explodir
Apenas para alimentar esta alma nervosa,

Corro pelos anéis de Saturno
Escorrego no gelo e saio disparado pelo universo,
Enquanto gravito escrevo versos,
Sobre os mares, continentes
E formas de vida criadas na Terra.
Mas a minha mente envolvida por aquele espaço
É curiosa e faz me espreitar,
Procuro algo fantástico impossível de imaginar,
Infelizmente acordo e reparo que estava apenas a sonhar.

Dormir tornou-se um luxo,
Que raramente consigo suportar
Mas sem ele o meu pensamento fica turvo
Turvo de desencanto e claro de paixão,
Tão desorganizado como esta selva de betão.

Faz me desejar emigrar para ilhas de utopia,
Praias de naufragio onde Beethovem escreveu
Sonata ao luar á sua amada companhia..

Conheço-me, durante a noite aprendi a navegar
Tomo as minhas decisões depos d'agitaçao parar,
E sobre elas costumo meditar
Enumeros conflitos tento solucionar.

Quando tenho o corpo e a mente unidos
No unico tempo que interessa, o presente,
Foco me na respiraçao até que,
Subitamente uma decisão aparece,
Na minha totalidade transcendo-me
E vivo sem arrependimentos
Estando no presente,
Não me lamento do passado,
Não preparo o futuro ,
Apenas vivo no unico tempo existente,
Tudo o resto é a minha mente, que mente,
exageradamente.
Ryan O'Leary Feb 2019
The Crows had a meeting
on the wires this morning.

Their collective cawing was
remnant of Westminster.

Corbyn [Old French] Corbeau,
was getting it in the ear.

Bercrow, as per usual, in
the centre, eying the right.

May, the crow, never picks
their stack, but regardless,

She was about to go and
pluck someone.

Things were beginning to
look blacker and bleaker.

The Rooster Crowed, not
your call, she said,

Shut the **** up MaCrown,
crow'king's what frogs do best.

Crow'n quarto intervened,
just before dawn chorus.

Crow'd fondling #MeToo
Union Jack-Daw is guilty.

Off with his wings, to the
Bowery!

And away they all went,
back to their Crookery.
Marília Galvão Jun 2019
Todas nós temos que ter a CLARIDADE do movimento
Todas conhecemos nossos compromissos e ao que estamos convidando: tecer em uma semana por elemento

Cada elemento recebe a informação básica da mulher que o convidou.

PRIMEIRO ELEMENTO: Como elemento FOGO eu dou tudo para fazer o presente hoje! Acompanhada pela venta, nutrida pela terra e movida pelos meus sonhos e pelos da água. Eu me entrgo para ir além, para deixar o limite mental. Cumprindo o compromisso que o jogo me oferece! Entro para jogar o dia que for, na próxima quarta-feira entrego 1260 euros para a água, uma carta pessoal e um presente de desapego. Eu queimo todos os pensamentos e palavras de “não posso” e me abro para sonhar grande. Entro com vontade de atuar e ser venta na próxima semana! É por isso que saio da linha, dou minha carta, procuro o presente de desapego e materializo 1260 euros para a água!

SEGUNDO ELEMENTO: Como venta, eu cumpri meu compromisso de foga em tempo e forma, e por isso posso convidar outras mulheres para jogar no ritmo. Quando eu convido, eu falo sobre dinheiro, porque é uma das energias com as quais estamos lidando. É o que nós doamos! Falo da próxima quarta-feira, sou clara e coerente com as mulheres que estou convidando. Como venta, eu digo à minha terra meus sopros(convites), peço informações, comunico, faço comunicação um tanto bidirecional. Eu me conecto com o que eu quero atrair para a minha vida. Compartilho na chat geral quem estou convidando para que todas nós visualizemos. Eu peço zoom(video conferencia) se houver uma faísca(candidata a foga), já que elas são a prioridade. Estou também aberta para que as mulheres me digam SIM sem a necessidade de Zoom (Se isso acontecer, mando o contato da minha foga para a água para coordenar a entrega do presente e inseri-la na chat do Tear). Se eu tenho uma foga. Ja crio o chat da minha tríade e passo as informaçoes de fogo(se nao tenho material, peço para a minha terra), eu a acompanho em sua materialização. Eu confio que essa mulher possa materializar seu compromisso em tempo e forma, porque eu pude. É por isso que sopramos sem parar todos os dias nas sete direções sem esperar pela resposta de uma mulher de cada vez, nos concentramos em soprar com confiança que cada mulher possa dizer sim e entregar seu presente HOJE!


TERCEIRO ELEMENTO: Como terra eu sustento e nutro o Tear, eu mantenho as altas vibrações e a alegria de se completar hoje. Mantenho as ventas nutridas em seus sopros, explico em cada zoom com faíscas(candidatas fogas) os compromissos e tempos: "toda quarta-feira as águas recebem os presentes da FOGAS e GIRAMOS". É por isso que estou preparando a cerimônia na quarta-feira para homenagear a água, tomando cuidado para que todos recebam as informações de cada elemento. Eu estou disponível para que a água possa fluir, eu coordeno zooms, falo com as ventas para saber seus sopros, motivo na chat geral. Eu estou no aqui e agora pulsando a COMPLETUDE. Estou muito ligado à minha companheira, outra terra, sabendo tudo o que acontece neste Tear (presentes, sopros, tempos e horarios). Eu coordeno a cerimônia da água. Eu sou parte da biblioteca e de lá eu me nutro. (Quando nos tornamos terra, somos inseridas em uma chat com outras terras de muitos outros Teares, onde compartilhamos material, fotos, textos e audios para nutrir e apoiar as mulheres do nosso Tear)

QUARTO ELEMENTO: Como a água me conecto com meus sonhos. Crio a minha chat geral e coloco na frente o meu nome. Faço meu desenho do tear e o compartilho diariamente atualizado para que todas visualizemos a COMPLETUDE. Eu saio da biblioteca de terras porque agora sou àgua e tenho que deixar ir, fluir. Estou super conectada com minhas terras, comunicando sempre na nossa Triade. O tear inteiro sabe dos meus sonhos. Quando uma foga entra, comunico-me com ela e coordeno o presente para quarta-feira antes de adicioná-la ao chat. Crio minha chat de fogas, e vou compartilhando sobre os presentes. Sinto-me digno de receber presentes completos em tempo hábil. Me consagro, continuo acompanhando minhas fogas e realizo meus sonhos.

Aqui o tempo é ressignificado: como dinheiro, como linear, como "realidade". Nós criamos o tempo! Nós vamos para o ritmo que nós merecemos tudo! Tecidos leves e divertidos.

Vamos vibrar juntas a cor da COMPLETUDE. Sonhos são maiores que medos e a mente
Este jogo é lindo, funciona porque todas nós fazemos funcionar com amor e entrega.

Toda quinta-feira temos o dom de retornar ao ritmo semanal, conhecendo, sentindo, pensando e trabalhando para na quarta-feira para mudar o elemento.
#além do que se ve #movimento feminino #poder feminino #realizaçao concreta
Eu vi as nádegas da minha mulher sendo apertadas e abertas por mãos grandes e peludas enquanto um trombolho descomunal abria caminho à caverna escura que acredito nunca antes ter sido explorada.

Eu ouvi os ecos no corredor de nosso apartamento, de sons transmitidos pelo esgoelamento de suas cordas vocais delirantes e indiferentes à opinião da vizinhança. Provei o sabor acre da facada pelas costas sem derramar uma gota de lágrima ou de sangue.

Os braços estavam amarrados à cabeceira, sodomizada, num transe hipnótico engendrado pelo pecado. Não me viram entrando. Sentei-me numa poltrona, ainda imperceptível, quase inexistente, um magma quente borbulhava em meu estômago, um vulcão erodia em meu peito, sentia morrendo todos os meus valores, toda a minha compreensão de mim mesmo, faltava-me ar aos pulmões, faltava-me alma ao corpo, já não poderia ser compatível com a ideia de pecado, o ódio se apossava como um demônio em meu corpo obrigando meus braços a se moverem, um escravo arrastado por suas correntes, arranquei minhas roupas, meu pau ereto desprovido de qualquer amor, de qualquer sentimento humano, erguia-se pelo horror, pelo prazer perverso que se apoderava das minhas ideias, o que estaria por vir me excitava.

Aquele homem diante minha indiferença. Seu pau broxado pelo terror da minha imagem. Meu pau duro como uma muralha impenetrável, pontiagudo como uma estaca, atravessou seu peito como uma lança, empalado pelo ânus até a boca. Mudo como um peixe fisgado pelo arpão. Castrado engoliu seus próprios testículos.

Ela com a pele esfolada em músculo crú, estuprada como uma puta barata pelo meu punho a atravessar sua boceta seca, amarrada com suas entranhas gosmentas e fedidas de mentiras e recoberta por fezes, esquartejei em treze parágrafos seu falso discurso . Deixei sua cabeça largada ao canto daquele quarto sujo.

Estancaram-se me encarando. Nenhuma reação, nenhum movimento.
Gil Cardoso Feb 2019
Remate, chuta, golo!

Quando o faço no meu quarto
Ninguém admira
É mentira!
Admiro eu!

Que fazes tu?
Escreves remata e chuta
Que é a mesma coisa?

É? A lingua portuguesa é...loiça

Isso era só para rimar?
Nem rima bem

E para que me críticas?
Tu és eu
Partilhamos o mesmo corpo
O mesmo….

Lorpo?

Isso nem é palavra!

Para quem usou loiça antes
Esta pelo menos rima

Tu nem fazes um esforço
Com essa mania de superioridade
Tornas-te um destroço
Por causa da tua inseguridade
Eu pelo menos trabalho
E faço sair palavras
E se me apetece
Rima uma com bugalho
E a outra com larvas
Agora vai-te embora
Vai morrer
Se te apetecer
E deixa-me escrever
01/02/2018
Escrito 01/02/2018
the great bard and Elizabethan play wright
begetting complete dramaturgy
     explaining fate hollowly airtight
succor starved, riddled smitten tattered
     sir real body politik blight
under whelming enthusiasm
     witnessed blank quarto copyright
more tragedy than comedy

     visited mine biography to date
     expressed as dearth decayed delight
devoid absent audience
     hip...hip...hooray three chairs to excite
zero non-exhaustive effort
     summoning stagecraft
     imagining hardened faced spectators
     muted nonexistent ovation,

     sans anticlimactic action
     superfluous stage fright,
thus retrospective stance taken
     billeted envisioned anachronistic gunfight
signifying emotional crisis,
     especially high anxiety pained height
incorporating mine every birthday
     newly aged since

     LIX January thirteenth orbitz insight
oppressive ominous gloomy glum
     obscuring highland dale light
whereby substantial sole action
     asper arrival of midnight
celestial curtain call enclosing
     somber static theatrical night
hoop fully explaining deadening

     copious heavy breathing
     followed by extended lapses
     of utter silence outright
spartan mise en scene absent props
     nsync with holographic thespians
     staid theatrics displaying plight
uneventful sleepy representation quite
leaving entire cast

     (singular char actor his shun
     of myself) remaining
     soporific steadfastly right
lee measure for measure
     much ado about nothing
hermetically sealed, NON GMO

     vacuum packed no sight
worth seeing on the twelfth night
starkly barren aimless
     padlocked mortal soul asylum
     no, not even Romeo and Juliet
     love's labor's lost passion

a comedy of errors, viz unbridled trothplight
mock king lear ring alls well that ends well
     where me crushed psyche doth unite
with death vis a vis
     as demise of Julius Caesar
     et tu Brutus I in vite.
Como você me perturba?
Ontem eu tive um tratamento no palheiro às 11h, coluna, em uma pressa que deixei o apartamento virou 2 vezes a chave, puxou para baixo as escadas para o elevador, chamado lift, mas depois lembrou-se de que eu não trouxe uma célula, ele era importante, ela virou-se cima, para baixo as escadas, pegou a chave e foi para colocá-la na fechadura, quando ele não vai, tentar outra vez, não terceira, lâmpadas não claras não trabalham, alguma melancolia, agachou-se para ver que algo não é movido, eu olho para a chave que não fez quebrada, enrole-me suar, eu não posso acreditar que eu estou começando a ressentir-lo, mas estou atrasada para o tratamento, levantando-se desce as escadas, chamando o elevador, e montar a pensar para baixo, eu vou precisar de um serralheiro, não posso empurrar seu pai cadeia, eu sei para um Vracar verdadeira chave, pode ser entendido e valente, mas o sábado é quando você sabe que você não pode encontrá-lo, eu venho para a estação, ir para o carro, andar a curto, felizmente existem sinais que me levam a onde estou indo, uazim em edifício, o médico me recebe, colocando pressão sobre o ponto doloroso, me torcendo, você pode ter que voltar para pedir a um vizinho que você tem uma lanterna para tentar novamente, me transferido para eletricidade, laser e qual terceira sempre esqueço, deitado de lado, é bom gel frio, reclamar o que me aconteceu, me consolou, talvez seja tudo bem, ainda vou estar de volta para olhar de novo, eu vou ao troll, esperando o verde, acalme-se, ele estará ok, eu atravessar a rua, Proradice, eu venho para o prédio, entrar no elevador, apertando o botão para o quarto andar, e depois eu recebo um erro em etapas, começando a Eu ri, eu acho que se eu fosse um vídeo de vizinhos, subir as escadas sem nenhum problema de entrar no apartamento, eu continuar a rir, eu não posso acreditar que eu fiz, eles me disseram no apartamento abaixo não vive ninguém, felizmente, tomando móvel, tranca a porta, descendo as escadas, descer o elevador, dirigindo o troll, elabora kokija para honrar um pouco de açúcar, que alívio, estou saindo com meu almoço, eu penso em você, e achei que eu e minha confusão, eu não me importo chamada de reação, eu percebo que isso tem alguma coisa dentro, atire em mim, e quando b eu acredito que essa reunião é novamente possível, a lógica é imposta, se é um começo, este é o fim, ou o fim dos quais, e para escapar de permanecer em silêncio, que amanhã se encontrar com nenhum reconhecimento do problema permanecerá em nós.

mh, Maio de 2017

— The End —