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Fazíamos amor
Mas nunca me deste filhos.
As mulheres sonhadas, sim,
Tantos que farei um livro.
A ti, pouca coisa,
Um par de odes,
Nada mais.
Momart Oct 2014
Little breeze in the wind
that drifts over and under
lovers

Little breeze in the wind
that chills the flame
of a once fiery heart

Little breeze in the wind
running through the city
touching each and every one
of us.
Victor Marques Sep 2012
Esse amor tão Teu sempre generoso

Recordar-te meu querido Pai,
Teu sofrimento e tuas conquistas.
As preocupações mundanas,
Ver nascer nos campos bonitas açucenas.

Ligação terna e terrena se vê na morte,
Com muita ou pouca sorte,
Honestos conselhos sempre nobres,
Simpatia para ricos e pobres.

Teu lagar com suco espirituoso,
Amor sempre generoso.
Terra duriense escaldante,
Cepas direitas e tortas,
Horizonte tão distante,
Vinhas vivas e mortas…!

Pedrinha sobre pedrinha colocais,
Vinhedos e olivais.
Altares do Deus adornais,
Rolhas de bonitos sobreirais.

Victor Marques
amor,Pai, vinhas
Victor Marques Oct 2013
As aldeias

Outrora as plantas eram verdes e singulares,
Aldeias dispersas expostas ao luar,
Pelourinhos estranhamente nus,
Candeias e pouca luz.

Cavalos, burros com albardas e ferraduras,
Charruas, enxadas e portas sem fechaduras.
Cabras, ovelhas, cães e as alcateias,
Galinhas e galos  passeiam nas aldeias.

Tantas Igrejas do tempo do Marques de Pombal,
Se expõem e embelezam Portugal.
As fontes são antigas com água para beber,
Ribeiro que corre por correr…

O xisto e o granito ficam imortalizados,
Exaltam o trabalho de nossos antepassados.
Aldeias lindas que enchem livros nunca lidos,
Aldeias dos amores e dos amigos…

Victor
aldeias, portugal, granito, xisto
Victor Marques Jun 2018
Quando adormeço sonho e fico sem pensamento,
Nem olho para a lua que fica muito distante,
Ruídos das árvores nao  sentidos,
Deixo de perceber os momentos vividos.


Deixo de olhar os charcos de tons esverdeados,
A Luz solar também nada alumia,
Perdido no sonho tudo fica esquecido,
A natureza também sente pouca alegria,
Com a noite os esquilos ficam empoleirados,  
Eu perdido num sonho sem futuro já passado...

As estrelas todas as noites acordadas,
Com facetas diferentes quando há trovoadas,
Eu perdido com sonhos e adormecido  simplesmente,
Me revejo com sono num sonho diferente...

Victor Marques
sonho, noite, natureza, sono
Victor Marques Mar 2023
A noite vem com seu silêncio em demasia,
Gritando ao luar pela luz do dia.
A vida perde sentido por vezes  sem querer,
Acordo com o aroma do amanhecer.
Amar com gratidão sol que queima desejos,
Amor da alma, dos teus beijos.


Ouvir regatos que levam pouca água,
Amar com leveza e sem mágoa.
Sentir a noite que procura ser suave,
Penando por amor  feito ave,
Cruzando o céu aberto da minha liberdade .

Noite de adorno, de enfeite,
Luar onde meu ser se deite.
Caminhos cruzados do olhar,
Ser Terra,  céu e mar.
Num barco sem velas navego,
E assim ao mundo me entrego.


Victor Marques


Amor, cego,  ave
Mariana Seabra Mar 2022
Peço desculpa pelos meus extremos.

Tenho tanta urgência em mim,

Tanto desespero,

Sei lá eu de quê.




Às vezes sinto-me sufocada dentro de mim mesma,

às vezes tenho duas mãos à volta do pescoço

e nem penso em me debater para as retirar.

Sempre fui um pouco masoquista, sempre consegui encontrar na

dor uma forma de a admirar.



São sensações que aparecem subitamente,

sinto o meu corpo a entrar numa agressiva combustão

que me arde em todo o lado e, logo depois, se esvanece

num grito calado.



E de repente,  

Fico demasiado pequena

Para aguentar o calor da minha própria erupção.



E esta alma inquieta luta,  

Protesta,

Escraviza-me,

Nem sequer me escuta,

Só arranha as paredes dentro de mim

À procura duma fenda por onde se escapar.




Mas porque me quer ela abandonar?!

  

Eu sei, e quero deixá-la ir!


Para a roda da fortuna que a veio seduzir, para o penhasco de onde

ela se quer mandar.

Sem sequer se questionar se terá uma rede por baixo que a vá

amparar.



Sempre fui assim, muita emoção e pouca razão.

Impulsiva, selvagem, bruta, desmedida,

em todos os assuntos que se relacionam com o coração.



“C(ALMA)”…grito-lhe de volta.



E afinal, ela ouve,

Mas não quer saber.



Às vezes dou por mim a chorar

Sem me aperceber de como comecei

E sem qualquer noção

De como irei parar.



Às vezes sinto a sua dor,  

E choro com ela,  

Enquanto ela me implora por uma última dança  

Contigo.



Enquanto eu lhe imploro

Algo muito semelhante.

Algo que se assemelhe a um porto de abrigo.



MAS CALMA NA ALMA!

Dobra os extremos

Junta-os num ponto não tão distante.

E assim, bailemos,

Sem fazer do amor um bailado agoniante.



Pois só no meio termo é que se dança bem quando pretendes dançar com uma acompanhante.
hi da s Jul 2019
há esse instrumento lindo que é o baixo
e que pouca gente se importa
digo verdadeiramente.

àqueles que de fato conseguem ouvir as cordas do baixo na composição são verdadeiros profissionais dos sentidos, percebedores das delicadas provocações que enquanto seres criadores pudemos trazer no mundo.

um instrumento tão sutil que não costuma ter seus solos, mas que sem ele faz falta a ausência.
só que quando põe-se a mostra e é satisfatoriamente dado seu devido valor e a caixa se abre. e se abre e se abre e ecoa seu grave maduro e tremitante, como se quase pudesse pronunciar palavras com batata na boca.

as cordas grossas e o cabo comprido quando tocados pelas mãos e em sincronia simulam um desejo ardente pelo nirvana.

— The End —