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Victor Marques Nov 2014
Nascimento, vida e existência…

     Nascemos de uma forma sublime que parecendo uma banalidade natural é segundo o meu ponto de vista um milagre em todos os sentidos. Parece que o ventre da mulher foi feito e eleito o local divino para mostrar ao mundo a beleza do nascimento, vida e existência, comprometida com todos aqueles que tiveram o privilégio de um dia nascerem.
Nascemos, vivemos e existimos num planeta que procura respostas que não acha para uma imortalidade pedida a preceito em orações, congressos, ou aglomerações de seres que procuram nesta vida um culto a Deus que parece estar para caprichos e devaneios de tantos seres humanos que existem por existir.
Nascimento é vida e ao mesmo tempo uma existência comprometida com o universo que é gratuito para todos aqueles que conseguem perceber a magnitude da abundância que nos é dada com o nascimento, vida e existência.
     Nascemos nus sem nada para oferecer naquele preciso momento alegria a todos aqueles que parecem esperar um Messias salvador e apaziguador de corações por vezes divididos
e adulterados com vivências da  sua própria vida.
  - Que recompensa teremos nós depois de deixarmos de existir sob esta forma material que parece ser digna e ao mesmo tempo real?
-Será o nascimento o elo principal na vida, na existência e na morte?
- Será que Deus através da beleza e complexidade do nascimento quer mostrar ao homem através da sua existência a possibilidade de aspirar com a morte à ressurreição ou melhor a outra forma espiritual de continuar a existir?
- Será que não será mais fácil e rápida a morte do que o próprio nascimento?
     Nascemos, vivemos e existimos num planeta terra maravilhoso regido com mestria por um sábio infinito e Criador que sempre com precisão consegue dar ao ser humano deleites que irão perdurar na nossa vida até ao dia que depois de nascer, viver e existir morremos para ressuscitar no Amor Sublime de Deus nosso Pai.

Victor Marques
nascimento, vida e existência
Soterrados locais de nascimento,
Por entre as brumas do chorar ficaram
Perdidos neste Tempo que não tem espaço
Achados no centro do Lodo que encontraram.
Espécie de dor ridicularizado ao Poente
Loucura mórbida de um Amor quase doente
Pisados por uma crença animal
Enganados por uma vida que não é real.
E aqueles que com uma corda fazem o seu caminho
E na árvore penduram a sua alma devagarinho
Morte lenta para quem a tem
Muito Rápida para quem a vê.
E não sabemos nos que também morremos aos poucos
A cada dia perdemos um pedaço de carne do Ser
Por cada noite gasta um turbilhão de vidas por nascer.
E se somos a carne do pobre pensante
Achemo-nos dignos de crer na inexistência do senhor
Que pensa que nos tem mais que amor
Que nos da e tira o fôlego só por crer.
E na missa ajoelhados os pobres coitados
Rezando cada um para a a sua amargura
Filhos de um pai que não os segura
Descendentes dos filhos da Terra, mortais.
E aos céus elevam os braços por Ele
E matam e esfolam os seus irmãos em seu nome
E dizem que ele é Amor, e paz, e compaixão
E por pecarem e errarem pedem perdão.
E esta vida a que condenados somos
Sem pedirmos o nascer nem o morrer
Vamos todos em fila para a câmara ardente
Não vendo nunca o nosso expoente.
Procuramos o eterno sentir e o poder
Não sabendo realmente o que é viver
E a cada fôlego perdemos as forças
E a esperança num futuro sossega-nos a morte.
E para aqueles que iluminado esta o caminho
A morte é mais rápida que o dia
A luz mostra a direcção a tomar
E o sentido da rua é ficar sem Ar.
Definhar.
Luís Jul 2017
Dizem que vivemos na terra da liberdade
Mas como se pode chamar liberdade se não somos livres?
Somos livres para seguir a ordens dadas
Somos livres para escolher o que nos não foi escolhido

Liberdade para criar uma carreira passada
Inovar o que foi criado
Sonhava ser livre
Liberdade paradoxal do pensamento

Somos livres para escolher religiões
Somo livres pensadores que acreditam num ser superior
Mas como podemos ser livres se não acreditamos em nós
Somos livres de pensar o que já foi pensado
Somos livres na terra da liberdade
Terra nutrida de mentiras e ordens
Terra sem virtude
Terra onde vivemos
Terra onde somos o que não queríamos

Assim se é livre
Livre acorrentado por coisas que não somos
Pensamento preso por aquilo que não fomos
Assim morremos ansiosos pelo ser superior
Ansiosos para ELE nos mostrar o seu poder
Mas como? Se morremos ao nascer
Gil Cardoso Feb 2019
Fogo que arde por dentro
Tudo consome
Até deixar vazio

Uma eterna fome
Um imparavel rio

Árvores que crescem por amor
Ramos partidos em dor

Voltam a crescer
Frágeis e retorcidos
Interiores corrupidos
É o preço de viver
A consequência dos conhecimentos adquiridos

Até quando crescem?
Quando vão parar?
Será que não percebem
Que há um preço a pagar?

“Senão crescemos
Diz-me que fazemos,
Morremos?”

“Deixamos um eterno vazio?
Perdemos a esperança?
Secamos o rio?
Abandonamos a lembraça?
Aceitamos o frio?
Interrompemos a dança?”

Eu só quero paz
Não felicidade
Porque não interessa se tentas e dás
A vida aproveita toda oportunidade

Ela é ingrata
E para mim já marcou uma data
Escrito 17/02/2018
Victor Marques Jun 2023
Viemos ao mundo nus,sem nada ,
De dia, de noite sem hora marcada.
Damos os primeiros passos na escuridão,
Metendo na boca o que vem à mão !


Parece que o mundo foi feito para sobreviver,
Procurando conforto e paz na descoberta de novos seres.
Atravessar a vida por vezes sem ninguém  do nosso lado,
Vivendo e morrendo sós com o coração despedaçado!


Tentamos direcionar nossa vida e por vezes não sabemos lidar com ela,
Vivemos e  morremos sem perceber o quanto ela é formosa e bela.
O homem parece querer viver isolado,
Pondo a sua felicidade de lado .

Solidão quem és tu sem sorrisos e compaixão,
Rosário da meditação e oração.
Contemplar tudo que nos aparece com medo e coração partido,
Solidão do mundo,  do desconhecido.


Sociedade em que vivemos  com guerra e sofrimento,
Fruto da falta de amor que nos leva ao isolamento.
Existe  alegria e penosa dor de por vezes estar caminhando sozinho,
Perdendo o odor de todas as rosas que florescem com carinho,
Solidão de um penar sem encanto,
Feita de dor e pranto.

Victor Marques



Solidão, isolamento, seres
Olhos inocentes de criança.
Nascemos para o mundo da vida, da abundância,
Com sorriso ou choro profundo com muita esperança,
Feitos por Deus à sua semelhança.



Nascemos para o mundo e nele sempre reinar,
Sobre todos os animais,  aves e peixes do mar,
Nasceu homem e mulher para procriar,
E Deus com topázio e diamante o homem o idolatrar.





Nascemos com uma imortalidade por Deus abençoada,
Vivemos e morremos sem hora marcada.
Nesta viagem procuramos uma recompensa material,
Vivemos com Deus e sua conexão espiritual,
Todos nós temos direito à felicidade,
No Céu também noutra dimensão e realidade.



Parace que nascer é milagre  e também banalidade,
Pois  não temos nome, nem idade...
Estarei eu por todos os meus antepassados sempre agradecido .
Fruto do  que eles passaram e  de tudo e por tudo eu tenha nascido,
E também como sua semente tenha vivido.
Nascer  antepassados,  Deus

— The End —