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Victor Marques Oct 2010
Nasceste para mim


Nos altares sagrados pousam brancas pombas,
Nasceste entre as mais belas flores.
A tua frescura enlace das minhas loucuras,
Rouxinóis com penas de várias cores.

Beijo os teus lábios toda a vida,
Bendito Outono que te trouxe.
Olhos castanhos tão doces,
Nasceste para mim minha querida.

A lua dorme sem minha companhia,
Os anjos cantam vestidos de branco,
Nasceste para mim com alegria,
Tão suave é teu canto.

Vejo-te neste espelho aberto,
Os pecados eu sinto,
Amor terno, distinto,
Nasceste para mim no deserto.


Victor Marques
Victor Marques Apr 2014
O Douro na sua plenitude
Quando me levantei, senti aquele sentido odor de uma linda manhã de primavera.  Os pintassilgos entoavam uma melodia que me ajudou a encarar o dia com mais serenidade e  encanto.  Olhei para este meu horizonte que se estende num infinito lonquinquo que parece estar ali para ser sempre contemplado e amado.
       Que Douro sublime excelso de ser pintado por expressionistas e cantado em versos pelos nossos poetas que não deixam de o servir e o idolatrar.  Desde menino que eu ganhei uma consciência duriense que nem com a morte ninguém ma irá roubar.  Não me canso de tentar perceber o xisto em harmonia,  complexo e eternizado com estes lindos muros que parecem até nem serem feitos por pedreiros terrenos mas sim por anjos do bom Deus que por aqui quis passar.
Casebres abandonados e fornos de secar os figos continuam na paisagem duriense vivos e ao mesmo tempo parecem sepultados para sempre no cemitério dum rio  Douro que se embala num Rabelo de outrora.
        As videiras imponentes parecem ressuscitar todos os anos pela altura da Páscoa.  Que beleza sentir e amar um Deus vivo que  bebeu o vinho para nos mostrar seu amor e assim dignificar todos aqueles que se dedicam a tão nobre tarefa. Toda a vegetação duriense exala perfume,  permitindo ao homem encontrar aqui um paraíso terreno e ao mesmo tempo um purgatório disperso nos patamares onde vinhas, oliveiras, amendoeiras, figueiras, laranjeiras,  sobreiros, torgas e giestas coabitam.
  Quem fala do Douro sublime não pode deixar de olhar para os rostos de suas gentes. Parece até que  não sabem amar mais nada, nem mais nada fazer. ...
Um saber acumulado de gerações é um legado de arte de bem-fazer vinho aliado a novas técnicas utilizadas por enólogos sedentos de fazerem dos vinhos do Douro os melhores do mundo.
        O Douro corre sem correrias. É meigo com seu leito. As vinhas bebem suavemente de suas águas doces.  Nós que aprendemos com o brilho do pôr-do-sol, que parece um verniz de esmalte que conforta crentes e não crentes.
O Douro que é de oiro está de deleite, de quarentena para nos ajudar a viver e a estar sempre perto da margem para embarcar na barca dum destino já traçado.
Victor Marques
Douro , sublime
Victor Marques Oct 2010
O Zé-ninguém da minha escola

Olhos tristes e sempre meigos,
Faltam-te doces beijos.
Hesitante e por vezes calmo,
Sentes o belo salmo.


Rouquidão dum velho pastor,
Teu sorriso encantador.
Resposta por vezes certa,
Galo que te desperta.


Insegurança desmedida,
Rosto facetado pela vida.
Incompreendido nesse mundo teu,
Tens o carinho que Deus te deu.


Tens o nome de António, de José,
Percorres o País de lés-a-lés,
As tuas vitórias são grandes conquistas,
Que não são sociais ou políticas.


Victor Marques
Quando for grande quero
Ter um jardim
Para cuidar como não cuido de mim;
Fazer cama de um vaso cheio de terra
Onde cobrirei a semente de amor
Com água fresca e luz do sol
Palavras e doces melodias
Até e depois de nascer.

Quando for maior ainda,
Se amar a flor tanto assim,
Quero fazer uma horta do jardim,
Para amar o que como
Da semente até ao prato e,
Se somos o que comemos,
Plantarei amor em mim.
Victor Marques Jan 2012
O Amor


Azul do mar que o amor sabe amar,
Lua com magia purificadora,
Estrela com imagem sedutora.
Nuvens se envolvem em sentimento,
Montanhas oferecem odor,
Pureza do ribeiro sem corrente,
Água cristalina para sempre,
Amor perdido no tempo.


Borboletas e flores com desejos,
Quimeras e doces beijos.
Quadro sem sentido de uma mulher,
Um sorriso que alguém quer.
Noites sonolentas ao abandono e sem pudor,
Maltratam o amor…

Victor Marques
Geografia I
Quando a Vila Jaiara era do mundo
O centro vital; se mais longe houvesse,
Lá chegara, aos saltos, de susto tomado
Em mim mesmo; silente rezava o missal.
Corria pelos campos – a savana, cerrado.

O medo do sistema heliocêntrico
Ainda não perdera: o medo de ser
Só. Eu vivia com meus irmãos e irmãs –
Éramos uma centena de bichinhos
Em torno de nossa mãe adotada,
A quem chamávamos de Senhora.
E em torno dela, tudo girava, girava...

Os grandes mandavam-nos, sorrateiros,
Andar pelo cerrado em busca de tudo:
Gabirobas, cajuzinhos, goiabas ...

Na Vila Jaiara havia tanta coisa mais.
A casa de Helena; de deuses onde doces.
Que à caminhada tornava clara para nós.
Centro luminoso em que a ceia do Senhor.

Não havia São Paulo ou Rio de Janeiro –
No máximo: Belo Horizonte, Araxá
Povoavam nossos sonhos.
E talvez Ouro Preto e Divinópolis –
Onde Dora reinava...
- Goiânia, São Petersburgo e Tegucigalpa – só no Atlas.

Anápolis era outra estória: a cidade, o comércio longe demais...
Ali na Jaiara estava o centro de tudo
e no centro de tudo o amor:
Laíde Epifânia me nomeara “Maninho”.

Naquele tempo, na nossa vila, não passava um rio.
Mas havia a fábrica de tecidos, onde Jorge –
Noivo de minha irmã – tecia a união e afeto
E me ensinava a andar de bicicleta.

Do Vietnã,  só soube no ginásio.
./.
Portuguese (Brazil)
Victor Marques Apr 2010
Não há no mundo inteiro,
Sensibilidade nobre e grata,
Amor terno e verdadeiro,
Fio de ouro e prata.


Amor que alguém sente,
Carinho sempre infinito,
Prazer inédito e constante,
Flores, ramo bonito...


Nossa mãe Maria,
Flores doces e reais,
Beijos dados com alegria,
Querida por mim e teus pais.

Vic Alex
Geografia (2)**

Havia a lua a conquistar: magno evento.
Mas a vida corria normal em solo firme
Ah, e os sustos: o estômago puro vento
Eu silente, exausto, adormecia inerme.
Entanto, no cerrado havia muitas frutinhas.
E havia a revolução, e reuniões de oração.
Quando dormia no meio do Pai-Nosso.
Uma centena de orantes à espera de um milagre.
Então Seu Roque viajava para o Interior –
Com seu carrossel de slides e nossas fotos
Não havia quem não doasse alguma coisa:
- Um capado, um saco de arroz, bananas
Em cachos; voltava no fordinho velho
Mas bem fornido; tão feliz, e barbado.
& The United Brothers enviavam cartas.
Dentro dessas meu primeiro bookmark
E o desejo de conhecer o estrangeiro...
Na escola dominical, aprendi os 10 Mandamentos.
Ficava triste nas tardes de domingo; ainda agora.
Um gosto de mangaba e o dedão do pé doendo
Como quando chutava lobeiras em lugar de bolas.

O abrigo era o melho lugar do mundo limpo
O quintal; o milharal capinado; havia o Careta
Nosso cavalo; o Thinka – latindo para o Leão.
Éramos tão felizes quando banhados à espera
De vovó Cecília e seus doces de buritis...
Jesus, como era o teu nome chamado.
Até que o Filemon teve convulsão e tudo desabou
Sobre nossas cabeças como o Apocalipse de S. João.
Fim.
./.
Poesia, BetoQueiroz, Memorias
Como uma gota de água se juntando formando um oceano,
É a cor da esperança azulada desse mar perto dos teus seios,
Nada diferente da saudade das noites loucas perto da água,
Em que vivi momentos eternos para o meu coração,
Não poderia nunca esquecer que aqueci meus anseios junto de ti,
Acreditei na realização dos melhores sonhos perante o teu sorriso,
O teu silêncio confortou-me sempre que precisava de paz e harmonia.
A cor dos teus olhos igual à do meu coração nunca eu vou esquecer,
Como não me esqueço das tuas mãos quentes agarrando o meu corpo,
O teu suspiro suave mantendo-me quente e aconchegado nos teus braços.
Se eu voltar a viver esses momentos para sempre recordar,
Será ironia de um destino permanente e cada vez mais distante,
Mas é essa a verdade que ficou, é difícil ocuparem o teu lugar,
Também porque continua ocupado com as tuas coisas,
O teu cheiro mantem-se impregnado em mim como se fosse hoje,
O som das tuas palavras doces ficou nos meus ouvidos,
E ainda hoje te ouço por vezes nos meus sonhos!
Tudo acabou mal mas não muda a pessoa que tu és!
És exactamente aquilo que te dizia tantas vezes ao ouvido!
Coisas que só eu e tu sabemos e vamos recordando!
Um desejo que estejas bem e guardes de mim boa lembrança!
Se assim for nada que pudesse existir me deixaria mais feliz.

Autor: António Benigno
Victor Marques May 2011
Mãe


Já corri mundo, tudo Deus me deu,
Já tive amor, nenhum como o teu.
Já vi mares com branca espuma,
Mas Mãe é só uma…!

O teu espírito sofredor,
Vaso do teu amor,
Tuas palavras sempre meigas e doces,
Eterna sempre fosses…

Penso sempre em ti,
Falarei sempre com coração,
As estrelas um dia te dirão,
Que as rosas que eu já vi,
Não existem simplesmente afinal,
Mãe minha sem igual.


Victor Marques
Mãe
Suas unhas penetram os corações corrompidos. Me deixa rasgar você. Me deixa matar você. Ela aparece como um delírio. Me deixa provar o seu sangue. Me deixa comer você. Seu corpo alto e esguio. Sua pele feita de látex preto. Me deixa mutilar você. Sua pélvis curvada para frente e suas costas arqueadas para trás. Me deixa estuprar você. Sua longa calda que se projeta por vezes parecendo um pênis gigante. Me deixa destruir tudo o que você já construiu. Carne, eu quero carne. Seus olhos são como tontura. Sua língua é uma navalha. Seus cabelos fumaça tóxica. Matar, matar. Eu quero matar.

A rua está escura. Alguém se aproxima. Mate-o!!! Está passando ao meu lado. Não olhou, não olhou. Bata na cabeça dele! A faca! A faca! O sangue jorrando pela nuca. O corpo em convulsão dita o ritmo do gozo. Assim! Delícia!!! Quase!!! Está vindo!!! Ahhhhhhhh! O corpo inerte caído na rua. Me deixa dilacerar a carne. Me deixa rasgar a carne. Sangue, eu quero sangue! Me deixa provar. Minha faca corta freneticamente. A Avulvva está comendo. Está gostoso? Prove a carne!!!! Venha, prove.

A faca está no fundo do rio. As roupas estão queimando. O sangue já tinha secado. O fogo é atraente. Não é? Coloque sua mão no fogo! Vá, coloque! Isso eu não quero! Quer, eu sei que quer. Vamos, queime! Não vou! Ela está rindo de mim. Está me chamando de fraco. Merda, estou atrasado. Lavo meu corpo, o sangue escorrendo pelo ralo. A Avulvva está me olhando. Seus olhos são como tontura. Acho que vou vomitar! Que merda! Que nojo! Ela está rindo. Que merda... Sangue, eu quero matar! Me deixa matar! Hahahahahahaha.

Há um verme se alimentando das minhas entranhas, tomando o controle deste hospedeiro,  me fala aos ouvidos como a serpente sussurrou a Eva, provei o fruto proibido da carne crua, viva, sangrenta, provei o metálico sabor do líquido que jorra das artérias e nele me banhei, infinitamente gozei e a voz gritava ao mundo a ópera de sua ruína. Fui aos confins da lógica e ultrapassei a linha, nada significa nada, impulso: isso me faz existir.

Hoje quero amar a vida, quero que cantem os rouxinóis ao alvorecer, vou atravessar os sonhos encantados das noites de verão, gincanas e cirandas, CRIANCINHAS. Adoro criancinhas. Vinde a mim as criancinhas. Tão inocentes. Corpinhos tão pequenos. Tão macios... e cheirosos. A Avulvva gosta de crianças, ela gosta de machucar as crianças. Criança levada, cuidado cuidado que a Avulvva te pega, cuidado cuidado que a Avulvva te leva. Olá quem é o senhor? Eu sou um amiguinho e tem um lugar cheio de jogos e doces que eu posso te mostrar. É mesmo? É mesmo! Cuidado cuidado que a Avulvva te pega, cuidado cuidado que a Avulvva te leva. Carne de vitela é a mais suculenta, é porque o mundo ainda não corrompeu o filhote. A princípio  geralmente eles não entendem o que está acontecendo, mas depois... Depois é possível contemplar o pavor genuíno, um pavor que não sabe conscientemente o que está acontecendo, mas o impulso grita que é algo muito ruim, então eles berram e choram. A Avulvva sempre bebe as lágrimas primeiro, ela escorrega sua língua de navalha pelas bochechas até os olhos. Se farta das lágrimas, escorre o sangue, se farta de sangue, dilacera a carne, a carne é macia, delícia delícia, Avulvva te COME, cuidado cuidado.. As garras te apertam, você fica preso. Os olhos te fitam, você vê o medo. Cuidado cuidado, criança levada.

Já trepou com a morte? A morte tem os lábios frios, um hálito quase podre que se prolifera pelo corpo. Imóvel. Inanimada. A morte tem a boceta seca. O pau amolecido. E o cú cheio de bosta. Ó morte, amante perversa. Amante passiva e voraz. Me deixa provar a carne podre. Me deixa sugar o sangue frio. A Avulvva está vindo. Ela caminha velozmente. Ela é o trovão e a tempestade. Me deixa enfiar a cauda neste cú. Me deixa comer as fezes mortas. A Avulvva nunca se sacia. O horror pulsa em seus olhos de tontura. Me deixa brincar um pouquinho. Ela está quase sempre rindo. Suas gargalhadas perversas. Não há nada além de prazer. Nada além da maldade. Me deixa estuprar a morte.
Sonhei com a Avulvva ontem. Anteontem. E antes mais. Meu sonho é Avulvva. Ela é a voz que guia minhas visões. Terríveis. Maliciosas. Deliciosas. O que há além da carne? Se algum dia houve algo, já não existe mais . Ó Carne, és minha única e verdadeira deusa, a qual posso provar, a ti devoro toda minha paixão, a ti devoto todo meu rancor.
De que cor sopra hoje o teu vento e que sol o faz voar,
Quais os caprichos do teu tempo que desdenham ao luar,
Qual a cor das tuas pétalas que ao rubro quero provar,
Um sabor e uma lembrança pra sempre eu vou recordar!

Foi no brilho dos teus olhos e na tristeza do teu olhar,
Foi as formas da tua face que me acolheram o despertar,
Tantas outras tantas de voltas eu te quero a ti reencontrar,
Provar de novo os teus beijos doces e me poder deliciar!

Ouro fino cor de cetim para te cobrir e levar ao pé do mar,
Jogar na areia todas as lembranças e poder ali te abraçar,
Dar um aperto louco, quente e mouco no silêncio a te amar,
Viver de novos todas as caricias dadas e poder fervilhar!

Como eu voou de novo nos meus sonhos a te ver voar,
Como me entrego na loucura que se apoderou como colar,
Me dá voltas nas voltas mas me segura não vai estrangular,
É preciso apenas acreditar que nada foi em vão e vai voltar!

As saudades frescas a vontade mais forte de te vir a poder amar,
Sejam esses os caminhos de dois seres que acreditaram nesse amar,
Uma febre fresca, um alívio doce, um jeito sem força, apenas te amar!

Autor: António Benigno
Pelos caminhos do tempo pelas vontades do vento apenas gestos e palavras certas!
Victor Marques Sep 2016
Videira do homem, de Deus, do amor….

Sentindo e compreendendo o amor em cada cepa torta bem ou mal formada, escrevo eu no lagar da vida que guarda segredos, e não esqueço folhas verdes que parecem se transformar num bonito por do sol, que ao fim do dia chega para aconchegar corações.

O amor pela terra, por os montes sonolentos, pelos vinhedos durienses, seus muros graníticos e xistosos nos levam a perceber a colheita deste nosso precioso néctar que nos liga ao mundo e a Deus infinito e todo-poderoso.
Recordar o ciclo da videira nos leva a perceber que também nos nascemos, damos frutos e tal como o vinho nos transformamos. Não poderia Jesus Cristo ter escolhido outra coisa, a não ser o vinho para nos dizer que um dia nossa alma vivera eternamente.

Parece que nos durienses não queremos fazer outra coisa senão tratar a videira, e esperar pelas suas uvas mais doces que o mel. Sim precisamos de sensibilidade, amor para entender todo o processo desta planta maravilhosa que acolhe tempo tórrido de verão e um inverno chuvoso e friorento.

Victor Marques
videira,Deus, amor
Vieste-me em sonhos.
Apenas em sonhos e
Diálogos sem destino.
Já não me falas pelas folhas
Ou flores dessas
Tão preenchidas árvores
Que nem eu.
Mas, no entanto, vê
Já não falo com elas de todo
Puxam-me as luzes fuscas da cidade
Onde não te encontro nunca
E onde não cantam pássaros
Canções de amor para
Poetas e aprendizes como nós.
E estou assim, sem ti,
Num sítio que sei tão bem sem saber
Pois não o sei contigo
E não te sei a ti
Quando não me és murmurada
Pelo vento ao ouvido
Em palavras doces demais para dizer.
Hoje acordei e encontrei na rua frutos da vida,
Penduradas numa mente distante, doces vivencias,
Sim alguém falava comigo com mente sofrida,
Como eu, como tu, todos temos diferencias.

Simplesmente é complicado simplificar o fácil,
Essa é a minha dor, era a sua dor, é a dor do mundo
Não é fácil entender Deus no sentimento profundo,
Quer que amamos a família sendo comunidade volátil.

Aí a mente divaga, fumega e se acomoda na facilidade,
Facilidade, que na real não é fácil e complica o nosso dia,
Enfim que adianta dizer a alguém que por ele se morria,
Se tendo ele sede, lha saciar se torna grande dificuldade!

Então eu penso que porquê prometer se não quero fazer,
Porquê não fazer, se ajudar me daria tanto orgulho e prazer,
Serão acomodação a algo que não sabemos explicar ou dizer,
Será o corpo que segura e rompe com a mente para te ver morrer!

Autor: António Benigno
Código de Autor: 201608051243.08.01
Dayanne Mendes Apr 2014
A minha mente
Se confunde e nem sente
Eu minto sem saber o porquê
Essa paixão falsa que você
Nutre por mim
Faz tanta falta quanto a neve
No meu jardim
E eu bem que chorei
Lágrimas doces
No portão de Deus sabe quem
Mas o problema
O x da questão
É que você me usa e não quer
Assumir os riscos da mentira
E desmentira
Que você cria
Inventa
E joga lá fora o meu coração.
Dayanne Mendes Apr 2015
Eu deixei meu conhaque no carro,
Não dirigi,
Vim a pé do trabalho.
O amor que me mata,
Me sangra e corrompe.
É o mesmo que floresce, nasce, repara.
Eu queria você.
Você não me queria?
Madrugada a fora,
Eu ia.
Dancei a balada dos embriagados,
Terminei nos seus braços,
Doces e salgados,
Eu vivi a utopia da felicidade,
E agora cá estou,
Nessa cidade
Da morte.
Victor Marques Sep 2018
Tens um brilho nos olhos de tanto olhar,
Tens um sorriso de encantar...
O que tu tens parece ser e nao ser,
O que tu tens e nao queres ver...

O que tu tens e ate nem queres saber,
Tens uma serpente para te prender.
Tens sonhos que as estrelas nem querem saber,
Tens o destino de amar o sol ao entardecer.

O que tu tens dentro de uma vida que parece oca,
Tens o rosnar do gato preto que te poe louca,
Tens uma vida inteira que parece nunca te chegar,
Tens uma vontade  de sempre a vida maltratar...

O que tu tens  menina de olhos meigos ,
Tens o desejo de doces beijos.
Tens  tudo e pareces nao querer nunca nada,
Tens a vida que parece vida de uma fada...

Victor Marques
Vida, viver , ter
Rafael Barcellos Jun 2018
O magnetismo que leva
Meus olhos até os teus
E prende, eleva
Já não sou mais só meu.

Nego-teu.

Nesse eterno descobrir de diferenças
Similaridades, mudanças
Seguimos no incessante demonstrar
Do que não precisamos falar

Sentimento.

Somos Sol-Mar
A brilhar e navegar
Aquecer e balançar
Iluminar e molhar.

Geramos vida junto
Ilumino o teu mais profundo-fundo
E me permito, em ti, me banhar
Porque agora sei onde quero me encontrar:
Em teus doces braços, abraços, meu Rei-Mar.
Victor Marques May 2022
Troca de olhares sem doces beijos ,
Raiando o dia com cheiro primaveril ,
Manhãs de lindos dias em Abril,
O inexplicável formato das rosas,
Tao belas e formosas,
O amor,  os teus desejos.

O inevitável sentir sem mágoa  
O inexplicável vento que trás água,
Todas as sensações envolvidas,
Feitas da matéria de tua vida,


Como a alma junto ao corpo quer estar,
O inexplicável segredo de os dois separar  
Sentimento que nobreza sempre tem,
Sorriso e amor de pai e mãe.
O inevitável  ser feito só de amor ,
Todo nu em seu esplendor.

Victor Marques
Inexplicável, inevitável
Somos melancias.
Algumas são grandes outras pequenas.
Tem aquelas que são mais amargas e outras mais doces.
Algumas já caíram no chão e estão machucadas. Outras sempre foram tratadas com delicadeza.
Tem aquelas que estão prontas, outras que ainda não estão maduras.
Somos melancias, de várias cores, tipos e sabores.
Cada uma um pouco diferente, pois cada uma bonita.
Estamos em um caminhão. Estamos viajando.
O caminhão anda e anda.
As vezes mais rápido, as vezes mais devagar. Ele passa por cima de morros, pontes e rios. Por tempos quentes e tempos frios.
Durante esta viagem cada melancia troca de lugar. Ela muda de forma, muda de cor, muda de sabor.
Pelo caminho tudo vai se ajeitando e ao chegar no destino, cada melancia achou o seu lugar.
Um pouco como na vida: Somos melancias e estamos aqui para navegar.  

- gio, 06.07.2019
Chegar sem calor humano,
Colheita do engano e desengano.
Mas chegas sem mágoa e desejos,
Outono de doces palavras e beijos.
Tudo despes e ao mesmo tempo vestes,
Sem saber ao certo porque vieste.
Mas és Outono,  com magia e muito sono,
Com nevoeiros e ventos que te cham pai, e ao mesmo tempo dono...

Sobrevivem plantas, tudo parece se perder,
Para ser vida,  semente e ao mesmo tempo  ser.
As árvores parecem adivinhar sem querer,
Que suas folhas vão  deixar de viver.
Outono de amarelar, de bem querer,
Pareces nascer e ao mesmo tempo morrer.
Mas  responde Outono  que me consomes,
Sem ter respostas para as coisas vivas e mortas.
Ai por do sol  que se deita cedo e sem cara lavada,
Outono e Inverno de mão dada.
Outono, folhas

— The End —