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Victor Marques Jul 2012
Os Homens e a natureza!

Quando me levanto sem o toque do galo, com o despertador de forma assustadora. Vejo um novo dia de eterna graça e bênção para todos aqueles que por um motivo se entrelaçaram em minha vida. Os comboios, aviões, carros seus ruídos e rapidez nos fazem cavalgar por imensos lugares que outrora eram esquecidos no tempo.
A natureza diferente de nós homens acorda com sinfonias de pássaros, grilos e rãs!
A ganância consome corações rotineiros e injustiçados de homens sem valor que são falsos profetas de um tempo sem ser tempo, de um mundo maltratado por esses mesmos homens,
Que se vestem de fato e gravata e exploram seus semelhantes.
Enquanto o homem se esquecer de que todo o seu irmão nasce, vive e morre por uma vontade sublime da criação de um Deus infinito. Por de lado o amor pelo luxo, dinheiro, poder e plena satisfação pessoal.
A natureza sim é plena, gratuita, nobre, singela. A harmonia de vales e montes sonolentos motivos de meditação, sustento e um amor infindável com seu criador me bafeja hinos cantados com belas harpas do tempo de David.

Um mundo de homens que deixam de ser homens, que o tempo deixa de ser tempo e que a natureza é mal-amada geram uma desconfiança e um sofrimento em todos os seres humanos que labutam por dias melhores na rotina do nosso tempo.

Ensinamentos de cada pedra que se pisa, de cada ave livre que esvoaça no céu, dos golfinhos que comunicam sem o homem os entenderem…

Victor Marques
Victor Marques Oct 2013
Bom dia a todos...Desejo que tudo corra na plenitude e vossos anseios e desejos se concretizem na abundância e plenitude. Boa vindima para aqueles que ainda continuam na tão nobre Colheita. Esta poesia é dedicada ao meu Pai: António Alexandre Marques e a todos os seus amigos e conhecidos.

Lembro-me de Ti meu querido Pai

As videiras cansadas pelo sol tórrido de verão,
O rio corre por amor e paixão.
Eu procuro a resposta que não acho,
Sou feito de uvas e do teu abraço.

As rochas xistosas esperam a madrugada,
As uvas amarelas e avermelhadas.
E tu meu Pai continuas aqui sepultado,
Pois o vinho foi teu amor, meu fado…

Palavras sábias de profeta que sonha e sabe,
Lembrança de ti e eterna saudade.
Nossa Senhora de Fátima te acolheu,
Eu anseio também para ser seu…

As uvas dão precioso fruto,
Eu continuo vivo e de luto.
O Douro sublime se consome e exalta,
Por ti Pai saudade quase me mata…

Victor Marques
pai, uvas, amor, saudade.douro
Victor Marques May 2014
A palavra amor é mágica e exala perfume em todas as suas vertentes. O amor não pode servir de veículo para conseguir aquilo que se pode fazer ou através dele obter. ?
O amor que vivemos neste mundo é sermos felizes e fazer os outros também. Existem amores que se complementam, que unem raças, religiões, pessoas, e que acima de tudo prevalecem mesmo depois da morte.
    Um amor sem contrapartidas, sem limites, sem contratos que parecem ofuscar a leveza do amor. Existem amores nobres, solidários, palpáveis, celestiais,  universais que nos faz pensar, sempre sentir o verdadeiro significado do amor.  Existem tantos acontecimentos na nossa sociedade em que o ser humano procura desmesuradamente um trabalho fácil, um abraço, um obrigado, um amor amigo. O ser humano se abandona por vezes ao capricho de ser amado, bajulado sem no entanto,  se aperceber que o amor é algo muito bem mais importante, grandioso aos olhos de todos aqueles que se dedicam com pureza aos outros seres.
    Por vezes nada podemos fazer para conseguir amar quem queremos amar...
Demos voltas e voltas e procuramos amigos, amor em tantos deleites que o mundo nos oferece materialmente. Deixámos o amor espiritual num patamar nunca lembrado. As crianças têm uma grande predisposição para dar um beijo,  um salto, um abraço,  um sorriso, para dar amor de uma forma livre,  linda e gratuita. Elas são puras, sinceras, choram , riem, prostestam e amam descaradamente tudo o que as rodeia.  Vêem nos animais ternura, carinho, e porque não amor....
    Existem algumas pessoas que não deixam entrar nelas o verdadeiro significado da palavra amor. Existem tantos acontecimentos na nossa vida em que o amor se manifesta de uma forma muito simples e familiar: casamento, baptizado, comunhão, morte ...
    Amor parece existir desde sempre. Quantas noites na vida do ser humano parece que tudo se perdeu!
Até o próprio amor se consome, se esvazia como um balão de ar que rebenta com uma alfinetada. O amor é uma arte de se comprometer com tudo o que existe, com o universo preciso, e respeitar as leis sublimes de um Deus Criador?
     Tantos seres humanos que parecendo insignificantes tem tanto amor para dar, para partilhar.  Nascemos e nem sequer sabemos se foi por amor ou por um desejo egoísta da busca de simples prazer....
O amor deveria ser um elevar da alma,  uma força poderosa de tudo conciliar e amar.

Com amor

Victor Marques
Amor, palavra, vida, seres
Victor Marques Jan 2015
O Odor da flor

Estou sempre á espera de seu odor,
Tão bela é a singela flor,
Parece que se entranha na nossa vida,
Cheiras a regresso e despedida.

Teu encanto a todos consome,
Parece seres mulher sem nome,
As abelhas te escolhem para em ti poisar,
Eu não me canso de te contemplar.

Enfeitas casas, jardins, as pradarias,
És flor para tantas tristezas e alegrias.
Podes ser evento, ou notícia,
Teu odor me purifica.

Victor Marques
flor, odor, notícia
Victor Marques Dec 2009
Nós e a universo

O futuro será o que a mente pensa,
Procuro resposta ao meu passado,
Do meu interior rebuscado,
Acção e boa esperança….


Fecham-se janelas, portas se abrem,
Com boas razões e motivos,
Estradas direitas e por vezes tortas,
Pensamentos sempre positivos.


O ser humano se fustiga e consome,
As estrelas, as montanhas e o mar,
Sentem o seu próprio nome,
Nós somos navegadores  sem navegar….

Victor Marques
Victor Marques Jan 2012
O mar dos poetas

Sereias do mar em que eu acredito,
Ilhas do oceano pacifico,
Noites que dormem em mim,
Cavalgadas no horizonte sem fim.

Escravizados pela monotonia que nos engana,
Faróis que alertam os desprevenidos,
O azul do mar que nos chama,
Poema dos poetas esquecidos.

A liberdade dos versos meus,
Ondas brancas com espuma,
Linhas azuis de coisa alguma,
O mar e Deus.

Cemitérios dos poetas sem nome,
Barcos sem velas içadas,
Imensidão que abraça e consome,
O mar, os poetas e suas cavalgadas.

Victor Marques
Victor Marques Jan 2011
O amor já tem nome

Nas imagens que nós temos virtuais,
Nas pradarias e rochas,
Os amores não são iguais,
Preciso de beijocas.

Estrada que nunca vemos,
Florestas virgens com beleza rara,
Sol que se põe na tua cara,
Poesia e amor que temos.


Teu olhar até consome,
Cabelos batem no rosto,
Sentimento e gosto,
Amor com nome.


O mar com espuma,
Areias te amam,
Corais na bruma,
Anjos te aclamam.

Victor Marques
amor, nome
Victor Marques Nov 2012
Últimos suspiros de meu Pai

Tantos sonhos que a vida te trouxe,
Amigos teus que meus fossem.
Videiras com cepas tortas da colheita fraterna,
Peço á Virgem a absolvição plena.

Os teus sonhos partilhados,
Ficam em mim guardados.
Não serão sequer lidos,
Ficam para teus amigos.
Anjos do Céu que piamente venerei,
Tantos sonhos tu terias que eu não sei?

A vida eterna não tortura nem consome,
O xisto da Encosta de Bizarra sabe teu nome.
Tiveste amor por quem te visitava e conhecia,
Divulgaste a devoção a nossa Mãe Maria.

Guardo as mais ternas recordações,
A Virgem te amparou nas últimas orações.
Na vida e na morte sentiste,
Que Deus é Pai e existe.

Victor Marques
Victor Marques Nov 2012
As palavras expressam sentimentos

As palavras são a expressão fiel do pensamento,
Adornadas, esburacadas pelo vento…
Elas lideram sinfonias nobres e exaltadas,
Elas são imunes, bem-amadas.

As soluções para um bocejo,
Livro aberto sem um beijo.
Um sentimento que consome,
São elas e com nome.

Romance e uma grande desilusão,
Amor saudoso, e muita solidão…!
Estafeta, correria milagrosa,
Poesia, palavra e prosa.

Victor Marques
palavras,sentimentos
Victor Marques Apr 2013
Ama sempre a vida

A vida dá resposta, dá lições,
Enche livros sem explicações.
Fica o que nos eleva e consome,
Uma memória e um nome.

Um trocar de olhar,
Um simples pestanejar,
Ousadia e o sonho daquilo que fui e sou,
Amar a vida que o amor consagrou.

A vida numa agitação constante,
Rebelde para trás e para a frente.
Flores do mais belo jardim,
Amar a vida sempre até ao fim.

Viver numa turbulência com serenidade,
Com pobreza ou vaidade.
Viver e com a vida padecer de contente,
Viver a vida hoje e sempre …

Victor Marques
Victor Marques Jan 2015
Penar por aquilo que sou

Incompreendido na vida e no amor,
Penando pelo que me rodeia e consome,
Viver ausente e em eterna rebeldia,
Feito saudade que vicia.

Instalado e na doçura de terna idade feliz,
Penando por uma adolescência que nem quis,
Procurando uma imortalidade nesta vida sem favor,
Escrevo penando por amor.

Prisioneiro de meu pensamento que Deus fez excelso,
Penando em prosa e também em verso.
Amando cada cepa direita e por vezes torta,
Louvando a flor que sempre brota.

Victor Marques
Penar. eu, sou
Victor Marques Jul 2017
Nasce todos os dias. ...

Olha para o ciclo das plantas,
Reabre e fecha as feridas mal curadas,
Ama o sol, a lua, o encanto de belas fadas!
Na ousadia, no amor eterno desligado,
No amargo doce do pecado.
Nasce por querer,  por  simpatia,
Nasce para o  mundo,  para o dia...

Mas nasce por amor e vezes sem conta,
Abre o coração ao mundo que sussurra,
Nasce  na tristeza, na alegria ou loucura,
Esconde e que te mata, o que te tortura,
Nasce para o mundo, para a vida,
Pois morres com saudade sentida.

Mas nasce e torna a nascer, beija por amor, por querer,
Nasce para o que te atormenta e consome,
Gesticula, apreende , honra teu nome...
Mas nasce por amor  e  sem esquecer,
Nasce onde te aprouver e apetecer....

Victor Marques
Rui Serra Jun 2015
transpiro o medo
que em mim habita
se alastra
e me consome

faz frio

uma lágrima aflita
cai no tempo
e emana em mim
uma dor cruel

o sangue
procura uma saída

e

escorre ímpio
pela minha boca fria

procuro
paralisado no tempo
o que ainda resta desta vida

onde
nestas entranhas
jaz imóvel
o meu coração

e a vida é bela
Rui Serra Apr 2015
acordo
estou preso
na essência do meu ser
abro os olhos
vejo
mas não te vejo
és a imagem que me conta aquela história
tento transpor este rio que me consome
estou na margem da liberdade que me prende sem amarras
procuro-te
na serenidade imensa desses altos casarios
afecto
utopia
aventura
numa busca que perdura

eu, sou apenas...
o encantador de palavras
voando nesta folha como num tapete mágico...
Rui Serra May 2014
Esta sombra que me devora
Que me asfixia
E não
Não me deixa
Ser mais eu
Este negrume da noite
Que me consome
E não
Não me deixa
Partir
Este estado de ansiedade
Que me corrói
E não
Não me permite
Voar
Este ser que sou
Rui Serra Mar 2015
convida
alucina
insinua
cativa
corrompe
escraviza
corrói
consome
­domina
enfraquece
humilha
e MATA!

o poder não pertence aos homens.
o poder é o brinquedo dos deuses.
Rui Serra Jun 2015
no brilho dos teus olhos
transparece a minha vida.

és a morfina dos dias
da dor que me consome.

no brilho do teu olhar
vejo o refúgio à dor,
à angústia que transpira
das noites dormidas acordado.

no teu olhar vejo a cura,
a porta de saída.

no teu olhar,
vejo a minha vida.
Victor Marques Jun 2022
Com sentido ou sem  se vive,
Perdido em sonhos que tive,
Horizontes avermelhados  vou abraçar,
Ousando sentir desejo no olhar.

Na nossa rotina que parece escrita,
Sorrir com entusiasmo que fica,
Sentimentos que não controlas,
Sapatos gastos sem  solas,
Ouvir sons que amolecem teu ser,
Olhos que adormecem sem querer.

A vida parece tudo querer absorver,
Eu vivo sem o mundo perceber,
Em sintonia com o dia ao anoitecer,
A vida eu quero agradecer.

Tudo parece ser eterno,
O mundo  é céu, ou inferno.
O olhar que sabe olhar consome,
Não tem guarida, nem nome.
Nas estrelas, nas as areias do mar,
Sinto o vento a passear.


Victor Marques
olhar, agradecer, mundo
Gil Cardoso Feb 2019
Fogo que arde por dentro
Tudo consome
Até deixar vazio

Uma eterna fome
Um imparavel rio

Árvores que crescem por amor
Ramos partidos em dor

Voltam a crescer
Frágeis e retorcidos
Interiores corrupidos
É o preço de viver
A consequência dos conhecimentos adquiridos

Até quando crescem?
Quando vão parar?
Será que não percebem
Que há um preço a pagar?

“Senão crescemos
Diz-me que fazemos,
Morremos?”

“Deixamos um eterno vazio?
Perdemos a esperança?
Secamos o rio?
Abandonamos a lembraça?
Aceitamos o frio?
Interrompemos a dança?”

Eu só quero paz
Não felicidade
Porque não interessa se tentas e dás
A vida aproveita toda oportunidade

Ela é ingrata
E para mim já marcou uma data
Escrito 17/02/2018
Mariah Tulli May 2017
Tem um tornado dentro da minha cabeça
A cada pensamento ele se agita mais
É tudo tão rápido e desconexo
Que parece impossível silênciá-lo

Tentativas de deitar na cama e dormir
Não acontecem por aqui
Pois é só fechar os olhos para tudo voltar
E começar a se agitar

Uma bagunça total
Que me consome bastante energia
Mesmo assim eu continuo instigada
Pra saber qual é a real
Alguém me diz o que essa mina tem
Epiphylllum Apr 2020
A noite sussurra seu lânguido canto entremeado pelos gritos agora abafados pela distância.

Arquejo enquanto caminho pelas fétidas ruas decoradas com cadáveres em decomposição, festa de vermes e aves carniceiras;

O tintilar dos vitrais anuncia a chegada da morte. Sua foice esbarra no delicado vidro das igrejas formando uma melodia fúnebre que gela meus ossos e consome minha mente.

Quantas vezes implorei de joelhos como um fraco para que me levasse junto, quantas vezes matei para saciar minha sede doentia; esperando, desejando que o castigo do Deus de que falam recaísse sobre minha existência amaldiçoada e retirasse de mim a não-vida eterna.

O gosto quente do sangue ainda pulsa em minha boca

Repulsa.
Mariana Seabra Mar 2022
A cigana que me leu a sina,
Mudou imediatamente de profissão.
Viu espelhado nos meus olhos negros
Uma íris cristalina
Repleta de horrores e de paixão.
Tocou-me na mão e quis-me ler
Mas todo o seu corpo estremeceu…
Pobre coitada,
Chorou como se fosse eu,
Nunca havia visto tamanha solidão,
E rezou enquanto implorava ao céu
Que para mim houvesse ainda salvação.



Olhei-a e logo vi
Que não havia por onde escapar.
Sorri para ela e repeti
Que me deixasse só sonhar.
Caiu de joelhos logo ali
Como se a morte estivesse para a vir buscar.
Disse-lhe que não há sepultura ou caixão aqui
Que sejam fundos o suficiente
Para com o meu espírito aguentar.



Limpou as lágrimas e fixou-me,
Com tanta pena e ternura a transbordar.
Disse-me isto a correr,
Antes que eu pudesse sequer hesitar:
Pobre criança ingénua,
A morte não dói a ninguém,
O que dói é ter de cá ficar.
Não há chuva nem há névoa
Que te proteja desse inferno
Que carregas no olhar.
Nunca pára de chover
E o frio corta a esperança que o vento traz.
É um mundo cruel para se viver
E então que seja assim,
Que a última viagem te traga paz.



Enterrou-se no meu corpo,
Como qualquer ser já muito cansado.
Sussurrou-me em agonia
Palavras cor de vinho derramado.
Entendeu que nenhum génio artístico
Se pode deixar ser domado.
E se não nos virmos mais nesta vida
Espero por ti eternamente
Do outro lado.



Será loucura ou consciência?
Não são assim tão distintas.
Confesso-lhe sem muita prudência:
A morte não me assusta,
A vida aterroriza-me.
Mas o que me consome e deixa aflita,
É que seja em qualquer idade,
Valorizo sempre mais a escrita
Do que a minha sanidade.

— The End —