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Serafeim Blazej Sep 2016
Minha mãe sempre me contou a mesma história
De como Narcissus quebrou Drinick
Porque nem sempre o amor é suficiente
Ás vezes ele só causa dor

Narcissus foi o primeiro amor de Drinick
A primeira verdadeira paixão
Drinick foi o único amigo de Narcissus
Durante longos verões e todo o resto do tempo

Narcissus nunca chorou
Nem quando sentiu dor
Drinick nunca desacreditou
Nem quando chegou ao fundo do poço

Então Narcissus quebrou Drinick
Em pedaços tão pequenos
Que ninguém seria capaz de consertá-lo
E ninguém nunca consertou

Minha mãe sempre me contou a mesma história
De como Narcissus quebrou Drinick
Porque nem sempre o amor é suficiente
Ás vezes ele só causa dor

Narcissus se foi e nunca mais voltou
Drinick ficou e nunca mais correu
A história dos dois morreu
No dia em que Narcissus quebrou

Minha mãe sempre me disse
Nunca seja como Narcissus
Que perdeu tudo o que tinha
E nunca seja como Drinick
Que foi deixado sem nada

Minha mãe sempre me contou a mesma história
De como Narcissus quebrou Drinick
Porque nem sempre o amor é suficiente
Ás vezes ele só causa dor

Eu já fui Narcissus
E já tive meu Drinick
Mas a história se repetiu
Minha mãe sempre me disse

Quando Narcissus quebrou Drinick
Uma jovem lua pairava no céu
Naquela noite as estrelas não apareceram
E todas elas se apagaram do olhar de ambos
Poema.
História e canção também.
Fazia parte de uma história e é sobre dois personagens importantes dela.

("Narcissus and Drinick")
Marco ASF Couto Apr 2014
E foda.se a vida que demora a fazer-se homem.
E foda.se a o vinho que só me conta mentiras.
E foda.se a musica que me alivia a dor de não te ter.
E foda.se o espelho que é demasiado honesto.
E foda.se os livros que não consigo ler.
E foda.se os autores que não consigo entender.
E foda.se o que quer que seja que me retira confiança.
E foda.se o destino que não pude escolher.
E foda.se o passado que não pude escrever.
E foda.se o futuro que já só quero esquecer.
E foda.se a liberdade que não me deixa crescer.
E foda.se a inercia que me quer prender.
E foda.se as palavras que me deixão com sede.
E foda.se a sede que só quer vinho.
E foda.se o vinho que me voltou a enganar.
E foda.se o coração que não sabe como amar.
E foda.se o amor e a falta de ar.
E foda.se o sal que impede de chorar.
E foda.se o choro de quem me morde a alma.
E foda.se a quem me pede para ter calma.
E foda.se tudo resto que nada tem a ver contigo.
E foda.se a amizade que faz de mim só teu amigo.
E foda.se a cama que me faz sonhar.
E foda.se o sonho que se acha ordem.
E foda.se a idade que Eu já me devia ter feito homem.
Expo 86' Jul 2016
Sabe, quando te avistei naquela ensolarada tarde de junho, fiquei totalmente perplexo, a maneira que seus longos cabelos caiam nos seus ombros, como as sardas no seu rosto formavam a mais bela constelação, ou a maneira que você falava sobre a poluição e como o aquecimento global iria acabar com o mundo.

Eu nunca fui uma pessoa muito idealizadora, ou que tinha sonhos grandes, sempre me contentei com pouco ou quase nada, sempre fiquei feliz em ficar no banco de reservas. Mas no momento em que suas palavras tão entusiasmadas e caóticas entraram no meu cérebro e o atingiram como o mais brutal acidente automobilístico da historia, eu pensei: Eu quero salvar a todos, eu quero ser um astronauta e colonizar o espaço, descobrir novas coisas além do espaço entre a minha cama e o interruptor do quarto.

Aquela sensação maravilhosa durou apenas alguns segundos, e logo, a maldita insegurança voltou, me sentia humano novamente, e dessa vez tinha muito mais medo, tinha medo que não salvaria a ninguém, que não conseguiria fazer nada.
Fechei os olhos, e em um misto de angustia e medo pensei: Mesmo que eu não salve a todos, eu ficaria feliz em apenas te salvar, porque acho que te amo, sabe?
Matthieu Martin Jul 2015
A chuva cai, o corpo esfria.
A neblina sobe ao cair do dia
O vento nos carrega, sem norte
a vida nos entrega à nossa própria sorte.

Sozinhos no mar,
Meu rosto disforme encontrou o seu
O enigma daquele olhar entreaberto como uma porta
fumei um pouco do amarelo, bebi um gole de azul

Minha mente anoiteceu verde de alegria e
meus olhos vermelhos como a lua cheia
daquele dia

O sol fugiu pra um céu estrelado
deixou você  ao meu lado
e quando voltou nos encontrou
dançando na chuva
OL3
Veja você como o tempo passa correndo
Como se fosse Ontem que nos conhecemos e hoje somos melhores amigos
Veja você como as coisas ******>Enquanto você não podia, eu queria
Hoje você pode mas nem faz tanta questão
Os motivos para nosso distanciamento eu não sei
Eu sei os da nossa reaproximação
Não sei por que você se foi
Mas sei porque voltou
As cicatrizes não somem
Mas podem ser disfarçadas
Agora está livre...
Livre e feliz fazendo o que sempre quis
Como um pássaro que sobrevoa o céu azul
Pena que uma decisão pode fazer o céu ficar escuro
E uma tempestade estará prestes a acontecer
E ninguém pode decidir
Apenas você.
Eu te amo com todo meu coração, 
você simplesmente é uma benção.

Obrigada por tudo que você me deu
e que sempre me entendeu.

Obrigada por tudo que você me ensinou,
por tudo que você me mostrou.

Obrigada por sempre estar ao meu lado, 
e por nunca me deixar abandonado(a).

Obrigada pelo carinho e pela companhia neste caminho.

Obrigada por secar minhas lágrimas e depois de cada chorinho, 
deixar tudo de novo certinho.

Obrigada pelo seu amor que enche o meu coração de cor.

Obrigada por segurar a minha mão
e também cuidar do meu irmão.

Obrigada por me abraçar, me beijar e me cuidar.
Você me mostrou o que significa “amar”.

Obrigada pelas brigas.
Elas me disseram que apesar de tudo somos amigas.

Em dias nublados você precisou lutar,
mas depois da tempestade o sol sempre voltou a brilhar.

Obrigada pela sua coragem e seu esforço durante esta viagem.
Já notou que isso é uma homenagem?

Obrigada por ser você, por ser linda, maravilhosa, inteligente e forte
Tenho uma mãe fantástica e já nasci com sorte!

Dizem que não há amor maior do que o amor de uma mãe, e é verdade.
mas esqueceram que uma filha pelo amor da mãe cresce em paz, gratidão e liberdade.

Não existe pessoa que merece mais estas minhas palavras do que você.

Hoje sou uma mulher jovem, bonita e inteligente.
mas o que disso tudo eu seria sem você presente?
Pois tudo que eu sou, eu devo a você.

Obrigada mamãe.  

- gio, 13.05.2018
Luís Jul 2017
Paixões calorosas e ardentes
Tudo o que arde acaba por apagar
Juras perdidas por estrelas cadentes
Será que foi isto que te tive para dar?

Um poeta amaldiçoado que outros corrói
Ser involuntário da avareza
Pois desejo amar aquilo que me destrói
Nela não me vejo com clareza

Como posso ser alguém
Se sem ti nada sou?
Sentimentos que novamente me perseguem
Assim o lamuriador voltou

Sabores desenxabidos
Só o sabor salgado das lágrimas para temperar
Nesta escuridão não quero esperar
Pois sinto que fui sepultado num cemitério de sentimentos perdidos

Magoa-me sem dó
Pois eu mais nada de ti mereço
Assim arranco o meu coração sem apreço
E volto a pô-lo na estante novamente a ganhar pó
Morning SUN Sep 2019
My greatest poem
is the one I got from my parents.
My name.
One from my mother,
One from my father.

Ramana its the princess of an old movie + h to write it beautifully
And Manhã is the word for morning, it came from a song

The song says

Morning so beautiful morning | Manhã tão bonita manhã
From a happy day that has come | De um dia feliz que chegou
The sun in the sky has risen | O sol no céu surgiu    
    And in every color shone | E em cada cor brilhou
The dream has returned, then, | Voltou o sonho, então,    
         To the heart. |  Ao coração.
          [...]
           After this happy day | Depois deste dia feliz
      I don't know | Eu não sei
If another day will come | Se outro dia haverá
         It's our morning, | É nossa manhã,
   So beautiful at last | Tão bela afinal
             Carnival Morning. | Manhã de Carnaval.

And coincidentally I was born in february, Brazil's carnival month
this is the link for the song. In 1:26 s starts the lyrics.
https://www.youtube.com/watch?v=nVkDfnGobmI
O ano de 2020 é um restauro. Combinação exponencial do algoritmo máximo duplicado e zerado. Porém são números espero que errados. Nada alterou nestes últimos tempos a não ser a fórmula biológica que acrescentou ruína. Publicamente a verdade, voltou-se a economia bélica pra área da necessidade. Só se para quem o diz. Impossível compreender o homem!
Enfim, ou eu sou burro cego ou surdo que não entendo a serenidade na resolução do problema. A política nua e crua, pelo menos a política que até aqui conhecemos. Surgiu uma doença séria com consequências nefastas e o combate há doença? Duas tragédias juntas!
Os países caminham para uma destruição previsível.
Apocalipse de quê. Por desaparecer o que não faz falta ao mundo, tudo iria acabar e escondiam tudo numa caixinha debaixo da cama. O homem é semelhante a si mesmo, nada têm de divino. O dito Deus que se conste não vive observado por dinheiro ou coisas bélicas. As profecias também dizem que o Alfa e o Omega, fizeram este mundo e não teve início nem terá fim. Supomos que estamos a meio.
Era óptimo que o homem na sua existência virasse a sua inteligência para a sua fragilidade desde início.
Destruíram escolas, hospitais, quartéis e serviços públicos, isolaram os contribuintes de primeira dos contribuintes do fundo. Existe Portugal do Oeste e o Portugal de Leste. No meio uma papa de arroz 🍚 com água fervida. No combate há guerra soltaram abelhas biológicas sem rainha. Temos rainha? por quanto tempo? A caça à colmeia começará depois. Unidades militares a socorrer civis. Bravo. E os hospitais privados socorrerão os militares? Talvez não seja preciso. Deixem de ser betinhos e assumam a condição de Homens. Afinal como me dizia um amigo: As prisões foram feitas pros Homens assim como esta arma biológica, ou não é de interesse resolver o problema.
À democracia do momento exige-se regidez e a meu ver que nada invejo na política averdadeira democracia têm regras a esta pátria a quem devemos a vida. Pensem senhores se é que ainda vamos a tempo.
Autor: António Benigno
Código de Autor: 2020.03.25.23.08.03.01
Mariana Seabra Mar 2022
Já fomos poeira do mesmo lugar

Pousada calmamente junto ao mar.

Sufoca-me o vento que nos quer levar,

E este pobre pó estrelar,

Sem força suficiente para ficar,

Chora sem braços onde se agarrar.



Implora-te que me guardes num olhar,

E assim voamos eternamente,

Sem qualquer noção de ver desaparecer

Lá ao longe, o nosso lar.





Já fomos breves e inconstantes,

Pequenas rochas cobertas de diamantes.

Não quisemos saber do nosso valor,

E quando o número não interessa,

Qualquer fruto neste peito vira flor.



Mas que som é este

Que me enche de terror?!

Ah! É a minha linda borboleta,

Bate as asas e só ouço dor.

Pousa em mim…

Mas sentirá ela este calor?



Levanta voo…

Sem se recordar da minha cor.



Perco-a em ti,

Mas não me perco de todo este esplendor.





Já fomos canto de pássaro na madrugada,

Criança que corre sem ligar à roupa manchada.

E de mãos dadas pela estrada,

Brincámos nas infinitas ruas desta cruzada.

Sorriste-me sem ligar a nada,

Como qualquer criança louca,

E atrapalhada

Tropeças em mim…

E deitas abaixo cada fachada,

Pois como nego ao coração

Que estou, agora, aprisionada?





Já fomos a folha verde no outono

Que caiu e não voltou.

Cada onda que rebentou no rochedo

Desvendou-te logo quem eu sou.



Quis ser concha para ti,

Presente que o mar traz.

Mas sou fogo que arde aqui

E destrói tudo o que é capaz.

Consumo-te e inalo-te em mim,

A droga mais pura e eficaz.

E sobram as cinzas derramadas no jardim,

Memórias da alma que lá jaz.

— The End —