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Hakikur Rahman Apr 2021
Em um canto da vida da ignorância
Roaming por um tempo curto
A dor de conseguir ou não conseguir
Está cheio de mente deprimida.

Com que esperança construiu a casa
Ninguém lá perto ou longe
Pelo que a mente está esperando
Ninguém está lá por conta própria.

Todos são desconhecidos na extensão da vastidão
Viajante do deserto
A sensação de não chegar a lugar algum.
Marco Raimondi Jun 2017
Narrador:
Por estes escuros campos, adejam agora dois irmãos,
No gorjeio do corvo, que sela da noite um recanto
Esvoaçam as folhas no vento da mais fria escuridão
A engolfar nestas negruras seus lúgubres cantos
Filhos sem mãe! Íncolas das infindas caligens!
São Érebo e Nix, que logram do Caos suas origens

Nix:
Canto às corujas, ao escuro sepulcro das mágoas!
Ao vazio dos sonhos cuja saudade finda a viver,
À frialdade dos atascais e suas obscuras águas,
À toda graça e ser que sozinho há de morrer!
Canto às sombras quais de noite encontram harmonia!
Que há de entoar tu, irmão, em notívaga poesia?

Érebo:
Se negamos da noite o brilho das rosas,
Pois então direi que há serena beleza
No obscurecer destas clarezas revoltosas!
Canto o orgulho de meu triunfo, nossa grandeza
Que da criança rompe o chorar
E, a todos, os horrores deixa de revelar!

Nix:
Cantas estas nossas glórias, irmão
Quais apenas neste, ao despertar comovido,
Há de findar, em dia de claro loução
E deste mesmo dia, de clareza parido,
Enterramos as luzes quentes e agitadas
No interno sereno d'um'alma fechada

Érebo:
Deixa te lamentar pois do destino tens a certeza?
Este sangrar fadado já me enfastia!
Levarei a revolta da noite em eterna proeza,
Pois tenho laços caóticos, índole da agonia;
Bastam-me as graças, natureza inteira,
Vinde, se te cansas o exílio de tal maneira!

Nix:
Se permites acompanhar-te neste egresso,
Destinaremo-nos às auroras! E realço
Que, pelas bençãos, não haverá regresso,
Pois crepúsculos não hão de tornar-se percalço!
Dá-me as mãos! Guiaremos este breu acrópeto
Mesmo vulneráveis, precipitados ao sol e seu ímpeto!

Narrador:
Pelos rasgos ofuscados que avançaram,
Suspendia-se o sol dos montes além
Errando as aves que os reluzires iniciavam
Diante dos breus, dos inóspitos suspiros do aquém;
De súbito, os místicos sussurros murmurantes
Tornavam o pálido destino cada vez mais distante

A ira do viajante e seu corcel, tornava-se incerteza
Consolava-se a ventura em tão visão inominada,
E tudo amparava-se pelo desejo e tristeza,
À campesina, a ventania expressava-se gelada
E um ancião desesperava: ''Ó natureza fria e austera!
Donde estão vossos deleites que dai-nos em primavera!''

Do dia, as horas obscuras eram feridas a sangrar
Os cânticos de luz cumpriam-se alucinados
E o Caos, de Gaia, pai, ardia-se a reinar
Por seus filhos, que d'uma fonte anárquica haviam tomado;
Apenas uma delirante e insípida ilusão luzia,
Enquanto a natureza, em aflição, lamentosamente gemia
Victor Marques May 2018
Minha querida filha,

Sem ti eu não seria mais que um pó maltratado,
Contigo sou energia, amor e vida,
Sou pela sorte bafejado…
Contigo sou mar, terra sempre querida.

Sem ti, não teria vontade de encostas consagrar,
Horizontes belos para com a noite pernoitar.
Contigo sou viajante que caminha com esperança,
Sem ti não teria vontade de nas noites de lua cheia,
Ouvir as cigarras que acasalam como sendo uma estranha crença,
Nem me permitiria pensar que existe o lobo e a alcateia….

Contigo sou sempre o espelho que me conforta,
Peregrino que caminha de porta em porta.
Contigo sou eu com a todas as bem-aventuranças, com todas as estrelas cintilantes ao luar,
Contigo sou janela, amor, terra e mar….

Com eterno amor

Victor Marques
filha, querida,amada
Se habían encontrado en la barra de un bar, cada uno frente a una jarra de cerveza, y habían empezado a conversar al
principio, como es lo normal, sobre el tiempo y la crisis, luego, de temas varios, y no siempre racionalemente encadenados.

Al parecer, el flaco era escritor, el otro, un señor cualquiera. No bien supo que el flaco era literato, el señor cualquiera,
empezó a elogiar la condición de artista, eso que llamaba el sencillo privilegio de poder escribir.

-«No crea que es algo tan estupendo -dijo el Flaco-, también a momentos de profundo desamparo en lo que se llaga a la
conclusión de que todo lo que se ha escrito es una basura; probablemente no lo sea, pero uno así lo cree. Sin ir más
lejos, no hace mucho, junté todos mis inéditos, o sea un trabajo de varios años, llamé a mi mejor y le dije:
"Mira, esto no sirve, pero comprenderás que para mí es demasiado doloroso destruirlo, así que hazme un favor; quémalos;
júrame que lo vas a quemar" y me lo juró».

El señor cualquiera quedó muy impresionado ante aquel gesto autocrítico, pero no se atrevió a hacer
ningún comentario. Tras un buen rato de silencio, se rascó la nuca y empinó la jarra de cerveza. "Oiga, don
-dijo sin pestañear-, hace rato que hemos hablado y ni siquiera nos hemos presentado, mi nombre es Ernesto Chávez, viajante de
comercio" y le tendió la mano.

-«Mucho gusto -dijo el otro, oprimiéndola con sus dedos huesudos-, Franz Kafka para servirle».
Jr May 2019
Toma lo que quieras de mi,
amado viajante del tiempo
congela mi mirada en un cristal
a cambio de collares de piedras preciosas

Derrotado ante tu venida
Moctezuma baja su cresta de plumas
de colores
ante tus pies
poso mi frente

Vuelve a la villa, capitán
que tus cascos se llenan de corales
y las raíces húmedas ya se mezclan con tus pies
Levanta esa cabeza, majo!
No todos pueden vivir el final
De este mundo acabado.
Hubo los que vieron
Esta civilización nacer;
Que hermoso es también
Verla perecer.
Supongo que suene raro
Entretener tal pensamiento.
Deja ese problema para mí
Y enfócate en lo inmediato.

Eres un viajante del tiempo
Ahora en el pasado;
Sabes como va a acabar,
Por qué pierdes tiempo aún
Atascándote más?
Vete ya, que se acerca mañana
No pierdas tiempo en tamaña
Bobada. Ama, viaja, ayuda y
Colmata esos huecos, para
Que el viaje de los demás
Sea más sereno y quieto.
2022, Colapsos: Poemas & Arte Digital
Othon Jul 5
Ainda sou ontem, espasmo em flor,
Perfume denso de antigo ardor.
Sou voz que canta em noite extrema,
Silêncio nu que não se tema.

Sou curvas vivas rumo ao sem-fim,
Luxúria rubra que nasce em mim.
Sou grito surdo, visão que tremia,
Fuga e sonho em agonia.

Sou sempre agora no espaço presente,
Vácuo pequeno, fim iminente.
Sou passo nu no jardim do além,
Andarilho que busca o que vem.

Sou emanação de um mito escondido,
Mistério oculto jamais vencido.
Sou longe, limite, sou mesmo o fim,
Extremo gesto que arde em mim.

Sou hoje febre, poética chama,
Raiz do líquen que a dor inflama.
Sou litígio, pecado, asas sem chão,
Sou abstração em combustão.

Sou o viajante em sombra e luz,
Platônico eco que me conduz.
Símbolo, signo, lenda perdida,
Sou o enigma que dança a vida.

Ainda sou ontem, voo do futuro,
Vício que sangra em plano obscuro.
Transcendência entregue à musa silente,
Consciência do eterno e ardente.

Sou renascer, sou brilho disperso,
Translúcido caos em verso reverso.
“...& em tudo há profecia se sou eterno” —
Sou chama errante no verbo moderno.

— The End —