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Serafeim Blazej Jan 2017
Eu sou o vazio
As estrelas e o fim do mundo
Eu sou o nada
Que engole o nada
Eu sou o vazio
Que não tem início nem fim
Eu sou o nada
O nada absoluto
Eu sou o vazio
A escuridão mais escura
Eu sou o nada
A parte mais vazia de mim
Eu sou o vazio
Meu corpo inteiro é nada
Eu sou o nada
Minha vida é toda de vidro
Eu sou o vazio
O universo saiu de mim (me abandonou)
Eu sou o nada
E agora estou sozinho.
20/01/2017
Danielle Furtado Apr 2017
Acontece o tempo todo.
Sinto meu estômago embrulhar como alguém que acaba de sair de uma montanha russa, e isso é uma analogia perfeita já que vou de total satisfação à vazio completo em três tragadas num cigarro ou menos. Não importa com quem ou onde eu esteja, é hora de trocar de música, fixar o olhar no nada para tentar sacudir o vazio pesado que repousa sobre meu peito, como se tivesse me engolindo, mas de dentro para fora. Logo me sinto vulnerável, como se tivesse uma ferida aberta e necrosada no meu âmago e todos pudessem ver através de mim, como se meus olhos contassem meus segredos, as vontades que tive e tenho de me atirar em frente a um ônibus em movimento, então volto a mim geralmente com a pergunta de alguém que gosto questionando se está tudo bem, digo que sim, que estou com sono, cansada, o que não deixa de ser verdade, eu realmente estou cansada. Eu sempre sinto que preciso ir embora, afinal. Mesmo estando em minha casa quero ir embora, para onde?! Desconheço lugar no mundo e na história que me faria sentir em casa. Desconheço o abraço que me faria sentir que pertenço, ou que me querem ali. Então digo que estou atrasada, que sinto muito, que cancelo os planos, que estou doente, que tenho que estudar, peço licença e me retiro, volto pro conforto de estar triste e sozinha, sem precisar esconder o olhar vazio encarando o vazio, e esse é o melhor que posso fazer.
D. Furtado][
Olho p'la janela e vejo que o dia nasceu belo;
Toda a atmosfera irradia uma tonalidade magenta -
O Outono já não tarda a chegar.
Há alguma paz nisso, mas não tanta que dure.
Dói-me ser.

Pudesse eu aprender a abraçar as sensações imensas,
Em vez de me afundar nelas, sem ar que respirar;
Pudesse eu seguir os ensinamentos de Álvaro de Campos
E fazer do sentir uma viagem infinda,
Um caminho ascendente em direção a Deus.

Pudesse eu sentir como sinto,
Como sinto tudo -
Deste modo exagerado que tenho de sentir tudo -
Sem deixar qualquer sensação tornar-se numa angústia profunda.
Soubesse eu olhar as flores
E amá-las como amo enquanto as olho
Sem que se me partisse irreparavelmente o coração
Quando não as pudesse olhar mais.

Dói-me ser
Quando parece que tudo o que sou
É esta enchente de sensações que não sei sentir devidamente.
Quando tudo o que sou é algo que poderia jurar não ser realmente eu.
Mas como posso não ser eu se são minhas as mãos que escrevem estes versos e
Meus os olhos que se quase desmancham por ter que os escrever e
Meu o coração - esta penosa maldição que carrego no peito -
Que bate furioso por não o saber ter?

Pensado em mim,
Não me imaginaria ser como sou;
Pensando em mim,
Não sei se me imaginaria de algum modo concreto mas,
Pensado em mim,
O que sou é uma mentira mal contada.

E, se o que sou é uma mentira, ser deveria ser um vazio gigante.
Mas o que sinto ser é tudo menos um vazio gigante.
O que sinto ser é um transbordar de Ser e
Como, tenho já dito anteriormente, uma contradição imensa em si.

Dói-me ser se o que sou é sentir.
Dói-me sentir e dói-me sentir que o que sou é uma construção incompleta.
Dói-me isto, tudo isto que me foi imposto como um dever -
A personalidade, o pensar, o Ser...
Dói.
Dói.
Dói....
Hoje apetece-me penetrar no fundo da vossa escuridão,
E desde já, uma palavra ao leitor passageiro de viagem,
Estas palavras, são minhas e de quem as consegue ler,
Não são para ninguém, a menos que as consiga querer!
A todas as almas negras da minha vida, peço calma,
Não podereis ter sabor de vitória, nem de mim glória,
Sendo pobre que nem riacho sem peixes, ou rico de gral,
Como pobre, sou feliz porque respiro o cheiro do amor,
Do amor que me consola e que como eu se sente rico!
Se fossem de riqueza os meus bolsos, eram as coisas mais simples,
Que teriam lugar em minha vida, pois só assim me deitaria feliz!
Por isso nem que o corpo me tirem, nunca nem assim me venderei,
Nunca a vós darei almas negras, o desdém de perder a minha honra!
Por mais pobre que sejam minhas vestimentas, há coisas que manterei,
Minha integridade e valores de amor verdadeiro, por amigos e meu amor!
Eles conhecem-me a mim e eu conheço-os a eles, e de vós a ideia não mudarei!
Por isso, dediquem-se a ter uma vida de utilidade, deitem-se à noite ignorantes!
Acordem de manha, pensando em vossas vidas, porque eu estou vivendo,
Apesar de pensarem que quero gritar e me despedir, é mentira agora e será.
Será assim, sempre, porque o destino de minhas mãos, depende de eu querer,
Daquilo que me dedico, eu sei fazer, e por isso faço para as merecer!
O céu agora é escuro, distinto do meu coração verde de esperança,
Não desejo a meus inimigos, pior do que aquilo que quero para mim,
Porém, eu sei que o homem, não faz justiça tão atempo, como a de Deus!
E agora vou dormir, continuar sonhando com os sonhos que de dia já vivi,
Sei que vou acordar na lembrança de alguém, de quem eu amo e me ama também!

Autor: António Benigno
Código de autor: 2013.07.15.02.05
O dia que chegou tão depressa ao seu final,
Trouxe-me a certeza de uma noite fria e pálida,
Onde chego à cama, e espero ver-te ali deitada,
Pelos tempos fora, sinto a certeza desse sinal!

Foram três longos anos de vazio, tais como os teus sinais,
As estrelas que carregas nos ombros, são juntas na tua lua,
São profundos sonhos de um golfinho que a ti, se junta, lua tua,
Imensas vezes, a olhei, para te ver a ti brilhar em vendavais!

Hoje percebo porque sentia e via o meu quarto sempre vazio,
Quando chegaste em dia de temporal, na noite sadia e vadia,
Estava eu junto daquele precipício, esperando sair desse presidio,
De cores sem tom, de cheiros sem fragância, naquela estadia!

E assim nas voltas que dei, das estrelas que vi, tu chegas-te,
Mesmo na hora que tudo parecia perdido, desenhada perfeitamente,
E de todas as preces e palavras que preguei a Deus e ele me advir-te,
Trazendo-te a ti, contornada de perfeitas coisas, cantando acusticamente!

E assim percebi que a força que têm a cobardia de destruição,
De um coração como o meu, perfeitamente bom e agora teu,
Me dá ganas de pegar em ti, ao meu colo teu, deitar-te no céu,
Decorar as estrelas, contigo no centro, meu quarto cresceu, paixão!

Autor: António Benigno
Escusado será dizer-te a ti, que te vejo, sabia que virias, não te imaginava chegando, mas surpreendentemente, tudo que lhe havia pedido, ele me trouxe triplicando, abusando mesmo de galhardia, e eu agora me contemplando, porque tudo que me trazia, era muito mais do que lhe pedia. Liliana, lhe peço agora mesmo, que meu coração mereça sempre, tudo aquilo que Deus me prometia.
De quem é a imagem que vejo no espelho?
Não é a mesma que me observo sem vê-la
Não possui a fonte existencial que lança os arredores para o interior
A única diferença entre mim e o que me permeia
É o corpo que carrego a todo instante, e dele os diálogos mentais que me definem como uma existência, pois as vozes que me surgem só eu posso ouvi-las e interpretá-las
Mas, talvez, a consciência seja simplesmente um canalizador e não uma fonte, pois as informações vêm de todos os lugares e ao mesmo tempo de um lugar só (ego).
De quem é a imagem que vejo quando olho para outra pessoa?
Não é a mesma imagem que essa outra existência se vê
Essa imagem que vejo faz parte de mim, sou eu, ou talvez o outro que vive em mim, que independe de uma consciência própria que não a minha.
Mas como eu me vejo?
Me vejo como acredito que os outros me vêem?
Eu sou o fruto das experiências passadas
Eu sou inconstante.
Totalmente renascido e irreconhecível a cada experiência
Mas isso é meu ego, o vidro mais frágil
O medo da solidão,
O medo da rejeição,
O ódio que é o medo de amar
O medo de amar que é o ódio por si mesmo
O **** é a carta coringa do desespero
O prazer de calar a dor
Mas o **** também dói, pois é a entrega de seu íntimo para outrem (você se diferencia) nós somos incapazes de amar o que é diferente, o **** fere o ego, pois o auge do prazer se dá com algo que nossa consciência insiste em odiar,
odiamos os outros, odiamos a nós mesmos
Mas é tudo ilusão
Ódio e medo, novamente, caminhando lado a lado
Mas é tudo ilusão
"O que está em cima está em baixo, não há diferença"
O que me define como singular?
Minhas roupas, meu cabelo, meu rosto, minha casa
meu carro, minha família, minha história
Fora isso quem sou?
Onde encontra-se a singularidade da voz que só minha mente escuta?
(Minhas ideias surgem de outras ideias que não são minhas
Eu sou o vazio)
Encontra-se no vazio, onde todos são iguais
Onde uma coisa não se diferencia da outra
Onde só nos resta amar, sem dor
A realidade é simplesmente aquilo em que acredito
Nada mais, nada menos
Pois o que os olhos não vêem o coração não sente
Melhor dizendo:
O que a mente não sente os olhos não vêem!
Depois de todo o devaneio
Me lembro...
Uma mulher, cujo a forma de sorrir,
a forma de morder os lábios,
o jeito com que ela me olha com o canto do olho
é totalmente singular, única
Mas não depende do ego, e nem de experiência
é algo inato, belo, não consigo odiar mesmo sendo diferente
Amor? sim
Mas algo diferente também
a vejo e amo como irmã, como mãe, como amante, como amiga
Amo sua existência como um todo
e não sei explicar
Ela escolheu não ficar comigo,
mas sempre vem a mim
Eu ainda continuo a ama-la, sem dor, nem sofrimento

Outra vez saio de uma discussão comigo mesmo sem respostas!
Rui Serra Jan 2014
Sem ti os dias são longos, passam longos e um vazio permanece em mim.
Sinto a tua falta, o teu amor, o teu carinho.
Uma tristeza imensa invade a minha alma e dilacera o meu peito.
Vem preencher este vazio com o teu nome, tu que estás perto e longe de mim.
Deixa-me sentir esta nossa doce amizade até ao perecer das eras.
Sinto o sangue fervilhar como que envenenado na espera constante do teu ser.
Mas, sinto agora a tua mão e nada mais está perdido.
Sinto agora a tua mão em meu auxílio, para me tirares desta fria desilusão.
E por mais vazia que seja esta distância, sei que sempre seguras-te a minha mão.
No meu peito habita agora uma doce esperança, e sei que um dia vou poder olhar nos teus olhos e dizer-te:
AMO-TE MÃE!
Re
A caída do tempo esmera-se no cuidado
Sonho que em câmara lenta a minha alma não se magoa
e a mágoa não se torna superior à vontade de viver
Por fim, desisto
Não acredito mais nas palavras que digo
Não tenho já certeza se vivo a sonhar
Ou se simplesmente gosto de me arrastar por entre a multidão
A sorrir, a mentir
Disseram-me um dia que partiria, sim
Mas que sozinha não iria a nenhures
Verdade
Tenho uma constante obsessão amarrada à perna
E cada passo que dou sinto a tonelada desse vazio
E os dois metro que ando entre o chão e o chão
São quilómetros na vida real
Que irreal 'e
Sinto a pedras na descida, mas não me magoam
São menos duras que a armadura que me venderam
E pregada esta já ao corpo está
Nada sinto
Nada quero sentir
Apenas jazo no poder do iniquo
Que diz-se Mundo
Que digo Inferno
O amor que tenho por vos faz-me ir devagar
Mas a raiva que sinto do estrume que sois
Apressa-me na descida
Sinto que equivocada estou com o Mundo que não me quer
E sei que ao rápido descer, rápido vou saber
Onde o futuro me leva
Me carrega
O medo que tenho de me trazer ao inicio do Tempo 'e muito
Mas o pavor de so nascer uma vez corroí-me os tímpanos.
Partem todos os que amo e vejo-os ao longe
Imagino se perto estivessem
Não conseguiria respirar o pouco ar que tenho
E se choro e agonizo
'e por este amor que me queria grande e forte
Mas que fraca me pôs no chão
Não julgarei ninguém ao querer cair
A paisagem 'e bonita e ao longe desfocada fica
Sentimos a analgesia de não se ser ninguém
Vem devagar, não me apresses o timbre
Afinal acredito em mim, acho que sempre acreditei
Apenas estava apagada na tua sombra
Que em cativeiro me deixava a alma
Amei-te como o Amor sente
Amo-te como a dor ama
E embora me empurres para baixo da ribanceira
Sorrio e minto
Para te ver feliz em cima da minha cabeça
Como sempre estiveste
Como sempre te deixei estar.
Juliet R Feb 2015
Conscientemente
Grito de pulmões abertos
Rio de lágrimas corridas
Giro em torno da minha imaginação
Sinto um aperto.

Um aperto de uma mão que já lá não está
Uma mão que lá faz falta
E que que agora está um vazio.
Vazio inconsciente de um ser inexistente
Um ser sonhado e imaginado
Que outrora existia
Ou que ainda existe
A confusão é permanente.

Será que és produto da minha imaginação?
Será que a tua existência fora mesmo real?
Então porque não te encontro?

Sinto-te o teu toque invisível
Saboreio o inexistente.

Peço à minha alma receosa
Que peça permissão à minha mente resistente
Que me elucide
Necessito de lucidez momentânea
Porque apareceste na minha vida de forma irreal
Que tão irreal tu me pareces.
Dayanne Mendes Aug 2014
Um vazio
Bem vazio
É você

Eu não te sinto mais,
Não te conheço.
E é um tanto faz na minha cabeça.

Eu te amei demais,
Mais que poderia.
E você me feriu,

Com uma verdade
Que nunca disse,
Mas eu me reergui,

Mais rápido agora.
E eu te reprimi,
Você não respondeu

Ao meu comando.
Por que, senão me ama.
Por que seu ser covarde?
Uma casca solta, prisioneira de uma falha perfeita,
Perfeitos são o mitos, aos olhos de gente fechada,
Explicações são fraquezas, de acções de fachada.
Não sei mais quantas vezes eu repetirei, a ceita!

O peixe escorregadio, que vadio desaguou do mar,
Se esconde na toca do Coelho, que é toca desafeita,
Num segredo moribundo, de computador de aldeães,
Segundo um mito motar de um braço partido ao luar!

Essa vaquinha que pastou, pintada de vermelho corado,
Desfeita tantas vezes no pasto, moribundo da praia vazia,
Era apenas um segredo, pintado nas veias do tal marado,
Que mais ligada que a mentira à realidade, produzida, diria!

Que se fodam os mitos, que se lixe o correto, porque certo?
Estou eu, e eu, segundo os mitos que considero correctos,
Não tiro nem ponho, continuo caminho fora, boquiaberto,
Enquanto penso, na esperteza dos enxames concretos!

Na sementeira alheia, vanguardeira cairá tão perto,
Seu ***** espaço de terra, de um vazio moribundo,
E eu cumprida a missão, estarei bem melhor decerto,
Porque tudo como nada, tem um preço de vinda ao mundo!

Escolhas guardadas comigo, desde o dia que nasci,
Cabe ao meu cérebro processar o dia, é costume,
Que de tão leve vive meu lume, que ela não teme,
Limpeza de água, que cai e faz fumo, e aprendeu!
Autor: António Benigno

Código de autor: 2013.07.25.02.10
Fernanda Savaris Dec 2015
Do vazio é que tens medo.

E da pedra que cai e ecoa
num mundo cheio de nadas, salas vazias
onde uma vez já habitou uma alma quase bem amada.

É isso que te aperreia
que aperta, te sufoca,
tanto espaço
pra tanta falta.

Sabes da aflição
de não ter pra onde correr
quando estiver assustada
com medo, ansiosa,

Então tentes buscar um sentido
e entender
que isso só se deu
porque tentastes apalpar
e sentir, e apreciar
aquilo que não é real,
que não aquece, não preenche

E a alma sente

E você

Vazia.
colddistance Sep 2012
Quando o frio perpétuo perambular no espaço vazio ao seu lado
Eu vou te lembrar que isso é imaginário.
O que existe somos nós.
Pertencemos um ao outro.
E todo o tempo tolhido pela distância,
Será só imaginação.
E assim será, até que a voz do outro ecoe na grande escuridão que há de vir.
E não existe nada mais importante  pra mim do que você.
É por você que as minhas mãos suam.
Não sou, nem sei se quero
Ser ou saber.
O dia não é comigo e só o sinto a ele
Notando que não há muito que sentir
Nem com que o fazer
Não sou nada. Respiro
E penso e sinto e não sou mas sei
Não sabendo nada, sei
Nem me assusto por isto
Num planeta vazio cheio de luz
Num dia cinzento e vazio
Em que vivo em contradições
Sem saber se vivo sequer. Se sou.
Não sou. Não sou nada.
Meu estômago borbulha náuseas de vazio
uma agonia que nasce das entranhas
as coisas são cada vez mais estranhas
os sorrisos cada dia mais sombrios

Quero chorar
mas a muito meus olhos estão secos
E meus pulmões pretos
não me permitem respirar

Abafado pelo silêncio que outrora pedi
Sentindo a alma das coisas que repudiei
Dentro do meu próprio abismo gritei
E nem sequer o próprio eco ouvi

Oh, majestoso algoz
nunca imaginei que te desejaria
A esse ponto é certo que me jogaria
de ponta ao declínio atroz

Mutilem meu corpo
nada sentirei
de minha mente já me ausentei
sofro tanto que, por mais nada sofro.
Quem tem coragem de amar não faz chorar,
Porque amar é lindo, se se souber amar!
Amar é procurar sonhos e descobrir virtudes,
Quem ama procura consertar defeitos!
Quem ama não desiste nem põem defeitos!
Porque quem ama é cego, e corrige por amor!
Quem ama não nos recebe com desdém,
Nem chora por dentro quando nos vê!
Quem ama, procura o que une esse amor.
Quem ama, não fica há espera e vai atrás!
Quem nunca amou deve ter muito amor,
Porque o amor faz bem ao coração!
A frieza só trás tristeza, torna-te vazio,
Sem força, sem sonho, sem objetivos!

Autor: António Benigno
Código de autor: 2012.02.12.01.03
Danielle Furtado Aug 2014
Acorda e já não sabe quem é, mas que diferença faz quando não se quer ser alguém?
O cigarro queima enquanto pensa em respostas para a vida, meio dia. A fumaça preenche o vazio e alivia a ânsia que as dúvidas causam, enjoada pela própria ignorância, por mais que tente saber tudo, não sabe nada. Então percebe todas as pessoas indo aos seus destinos, como fantasmas, ninguém as nota, nem elas mesmas, é tudo automático e ninguém realmente sabe o que está fazendo. Qualquer obstáculo no caminho para o trabalho é razão para dizer que o dia foi terrível, pois digo que terrível é fazer o mesmo caminho todos os dias, voltar para casa e receber o olhar frio das pessoas que também tiveram um dia "terrível".
O cigarro está quase no fim e acende outro logo em seguida, morrer cedo não é problema para alguém assim, então pensa em por que as pessoas querem envelhecer se todos os dias delas são iguais, semanas redundantes que se transformam em anos redundantes, vidas irrelevantes. Todos estão correndo para pagar seus impostos, todos estão preocupados em comprar móveis novos para suprir uma casa cheia de solidão. Uma televisão enorme ligada para o nada, fingir que não estamos sozinhos. Todos com tanto medo de irem contra o fluxo, gente desinteressante que acha o interessante esquisito.
Gente que morre sem ler poesia.
D. Furtado
O coração não mais bate ansioso
Não se queixa se se parte
Mudo, calado,
Pede que me esqueça que existe
E que sucumba,
Muda, calada,
Ao vazio que me toma o peito
Para que nele faça casa novamente.

A cabeça divaga, inquieta,
Queixando-se só de não se queixar
Calada, indiferente,
À impulsividade que me toma
E que me torna,
Feroz, calada,
Num outro animal qualquer
Que me rasga a pele e alma sujas.

Sou presa e predadora nesta Primavera que chega
Não mais borboleta mas fera sedenta
Do sangue que em si mesma corre
Feroz, abafada,
Por drogas rotineiras
E uma cabeça que se não cala
Abafada, empurrada,
Por whiskey rasca e brancos quentes
Caio no ímpasse do quase esquecimento.
O corpo que me prende não é o meu
O Ser, levou-o a nortada
Sou só sentires inexistentes e pensares duvidosos
Matei-me e, impura, continuo a viver
Presa na vida e presa de mim.
Pago pelo preço de respirar e apreciar coisas sem real custo,
Elas são pouco, mais ou menos o que menos aqui têm valor,
Ou serão a joia preciosa, que definem meu ser como incolor,
É a transparência do carácter, de um ser tão menos, brusco!

Os paços que ficam presos na calçada da vida, são os aprendizes,
O balanço na busca embalada de sólidos conhecimentos similares,
Aos que hoje encontro, sorrio e pestanejo, como olhares de petizes,
Sem malícia, mas com a astúcia, a perícia de conviver nesses azares!

Quem caminha porque procura, busca solidez de carácter e identifica-se,
Com bruscas, mas sólidas colisões, de jogos engraçados e enfarinhados,
Conheçam-se as regras e jogue-se, livre de preconceitos e tentaculados,
O cérebro se torne a máquina na defesa de ataques e vultos da metáfrase!

Que se compilem memórias e auxílios permanentes ao jogo delinquente,
Que se tire partido desse significado figurativo, composto de maleitas,
Que se compreenda facilmente maldade, como aplicativo frequente,
Sem sugestões formais, ao quotidiano de todas essas vestes e seitas!

E assim, aproveito o vazio criado, no espaço para mim e enfim,
Ganha-se o tempo que se perdem em mentes dispersas de valor,
A joia está aqui, conservada em cofre limitado, ao real detentor,
O preço equilibrado, eu diferenço do do ouro e ficará aqui em mim!

Autor: António Benigno
Código de autor: 2013.10.02.02.27
Victor Marques Oct 2010
A vida que nos conta histórias

A vida que nos embala,
A flor que não fala.
O vazio que tenho no peito,
O respeito que é respeito.

A vida que nos enrola,
A modéstia que assola.
A humanidade do ser humano,
Seja grande ou pequeno.

A vida que conta histórias,
A recordação tem memórias.
A dignidade de quem é corajoso,
Seja ateu ou religioso.

A vida que nos acalma,
A tristeza de alma,
A sensatez de alguém humorado,
Viver não é pecado.

Victor  Marques
Pequeno sonho, pequeno voo, todo aquele que morre,
Pouco depois de nascer, vazio de esperança e vontade,
Sentido e crescido, perdido de forte abraço com a vida,
Palavra bonita se esvanece ou fortalece por ser forte!

Nesse pequeno engenho de transporte ao lado diferente,
Cheio de razões quarentes para poder apertar de imediato,
Aconchegando a mim e partir junto com ele nesse momento!
Novo ou velho está vivo e não é hora de para já desistir!

A lata ferrugenta desse transporte de viagem ardente,
Não é o problema da morte do profundo sonho,
É falta de animo e falta de querer que ele viva,
É esperança perdida e tempo de te moldar verdadeiramente!

Estudando manuais bizarros de situações de vida vivida,
Facilmente encontro o molde de concerto desse engenho,
Esquecido e embevecido em memórias aventureiras,
Que em tempo servira para viagens contadas lisonjeiras.

Chegou a hora de pintar o espaço envolvente onde durmo,
Criar uma família, constituída por mim um peixe e um pássaro,
Porque hoje não há tempo a perder para coisas de verdade,
De verdade mesmo sou, eu, esse peixe e esse pássaro!

Autor: António Benigno
Dedicado ao tempo, à viagem e ao rumo da verdade!
Carrego nos olhos o peso do vazio
A infinidade de possibilidades não me permite mover-me
Se espantas com essa condição?
Queres correr e nunca mais voltar?
Tens medo da dor e da culpa?
Pois que vás, e não voltes
Pouco me importa tua dor
E sabes que tampouco se importas com a minha
Dizes que tens carinho, ou será pena?
Não sou miserável, não quero compaixão
Dizes que beiro a loucura?
Nunca estive tão lúcido!
Sim, aquilo vistes em meus olhos é a alma dos homens
Se me dizes que não vistes nada
É por que de fato estas certa
Os homens não tem alma!
Quanto ao amor, é certo que ainda te amo
e não creio que deixarei de fazê-lo algum dia
Mas devo eu ter qualquer ambição quanto a isso?
Não é necessário tê-la tal como um objeto
Deveras alegraria-me tê-la, e sim, quando chegas muito perto...
a ponto de encostar-me, sim, tenho impulsos quase incontroláveis...
nada que a distância não resolva.
Não me digas o que fazer
Não me digas que preciso de ajuda
um homem não precisa de ajuda
Se estou me destruindo, é porque é o que devo fazer
E se um dia, nesses lapsos, eu não voltar
saiba que finalmente estarei livre!
Letícia Costa Jul 2013
Eu
Amo minha melancolia
Amo os pensamentos que me perturbam todos os dias
Amo a fome continua
Amo a falta de sono

Amo o meu olhar vazio depois de uma noite de insônia
Amo aquele sentimentalismo barato que me vem quando vejo um filme bobo
Amo minha busca por Deus
Amo a continua insatisfação com o meu cabelo

Amo minhas mãos pequenas
Amo meus óculos
Amo o meu café da madrugada
Amo minhas qualidades e defeitos
goldenhair Jul 2013
Queria confessar, não resisto àqueles olhos
os seus, verdes, me encarando, fixos.
Corava-me a face, confundia-me o peito.
Uma lua refulgente num céu opaco
É como tentar descrever os olhos de Capitu.

Quando nossas mãos se encostavam
assim, de relance, sem querer
um segundo no tempo.
Arrepios.

Preencheria esse vazio dentro de ti e te faria só meu.
E nos meus poemas te descreveria com tanto fascínio
quanto o guerreiro branco descreve a virgem Iracema.

Seu sorriso doce, seu peito – meu leito
Canta suas canções no ouvido meu
Como fazem os pássaros na manhã,
cortando o silêncio que paira nos montes.

Deságuo no oceano da tua alma
Me afogo no teu afago
Procuro suas mãos de encontro com as minhas
Sozinhas.
Sinto que eu posso pegar na viagem e levar comigo,
Porque ela fica sempre junto de minhas recordações,
Os teus olhos de lince fulminaram minhas emoções,
Tua paciente espera preencheu meus espaços contigo!

Acreditaste nas lágrimas quando quase desesperaste,
Por aqui, o vazio era cada vez mais imenso e gaguejante,
Também eu chorei que aparecesses e tu, meu amor vieste
Foi longa a ilustre espera, mas eis que um dia tu apareceste!

O que eu previa nos contos de fados era apenas fantasia,
Escrita em livros como cativação de atenção da mordomia,
De corações que como o meu e teu, viviam sem demasia,
E hoje a quantidade que não cabia se descobriu anatomia!

As nossas funções vitais estão em alerta e tão receptivas,
Funcionam como correntes do mar que dão e recebem vida,
O ar que inspiramos, traz e leva a galhardia, sem a dúvida,
Porque hoje o sonho que era o nosso são mais perspectivas!

As perspectivas se dissipem e surjam aquelas coisas alusivas,
Ao que nos livros é tão igual afinal ao interior destes corações,
Meu e teu, é tão nosso, como odor que se uniu nessas emoções,
Descobri simples complexos e minha viaje, que tu sempre vivas!

Autor: António Benigno
Código de autor: 2013.08.07.02.15
Nos densos odores de um incenso de mirra,
embriagado pelo entediante vazio da bagunça de meu quarto,
devaneio-me pelos arredores dum mundo marginal
concebido da tristeza que em fogo me cala

Num sopro de arrependimento as brasas se queimam
e a fumaça toxica que respiro, exala-se pelos poros

Deleitando-me em singelo prazer
espero as cinzas se formarem
Observo atentamente a destruição da matéria,
pois somente assim vejo meu destino,
e talvez,
não de bom grado,
num sopro,
aceite as últimas cinzas da vida caírem no
Sujo e bagunçado chão de meu quarto( mundo).
Juliet R Feb 2015
A melancolia do ser adormece a intenção de ressuscitar o movimento que nos mantém acordados.
Pertenço à lua com a mente e alma e com os pés à terra.
Não deixo que esta sensação de dormência me levite para outra dimensão, já que para lá vou a toda a hora.
Sinto-me presa a outro universo, sinto-me longe de onde estou.
Estou onde não devia de estar, distância permanente dirigida como um obstáculo intermitente.
Lanço à água a mágoa que aprisiona o coração. A alma quer ir atrás. Relembro-lhe que é a alma, juntamente com a mente, que me faz pertencer à lua. Sem ela não sou nada. Mesmo que escura ou a brilhar, eu não sou nada. A alma faz de mim um todo e com ela sinto-me viva.
O que somos nós sem a nossa essência?
Um vazio gigantesco. Somos um nada desprovido do todo.
Sempre que perder os pedaços do meu espírito em alma, perco pedaços de mim. Mesmo que esta já não seja pura, clara, límpida. Mesmo que já tenha habitado nela a escuridão, a obscuridade, a negridão, o abismo dos meus medos e receios. Sem ela sou um nada.
Purifico a alma. Com o que? Com amor. Amor por tudo o que amo e por todos os que me amam. Sentir-me de coração cheio limpa o *****. Ou pelo menos, ajuda.
De energia clarificada, deixo de novo a mente e a alma na lua e assento os pés na terra.
Agora no meu quarto
Com uma certa incerteza
Preenchendo a solidão
E alimentando a tristeza

Um vazio toma conta de mim
E no corredor a minha frente só escuridão
Enquanto um lado de mim diz sim
O outro diz não

No fim do corredor uma luz se acende
Tão intensa que meu olho chega a arder
Mesmo que eu não queria a ver
Ela se aproxima
E cada vez mais forte me domina

Então a escuridão some
A solidão é levada junto
A tristeza vira felicidade
E a morte não é mais solução

Tudo que eu quero é viver
Triste, sozinho e sem esperança ou não
A imprevisibilidade é o problema
Queria tanto saber se daria certo
E aí sim minha esperança não seria problema

E enquanto a luz permanece acesa
Guardo aquela certa incerteza
Será que tudo daria certo?
Será que as coisas não melhorariam?
VS May 2016
perfura-me os olhos
perpétuo motor da sombra

há tempo o que move esta senda
é o regurgitar do vômito
por obsessiva garganta
de um estômago de Cronos

entremeia com violência o claro e escuro
invalida pupilas uma vez ágeis
até que Sacra Dualidade seja conjunto vazio

e nega dadas respostas e insiste
que são impossíveis questões
num antigo e ébrio laço

encerra o deísmo em ti mesmo
macromania moral macerada em fermento
que tem por Sol os teus olhos

perfura-o pois
e encerra, agora,
suserano da perspectiva
Marco Raimondi Jul 2017
Fim, desdita é tua demora;
Que é amarga, no entanto,
Tua certeza de avigora
Ao século qual pare teu pranto

Fim, conta-me teu segredo;
Que fazes neste mundo alucinado?
Que eras? Trazes-me medo!
Tens fé em um crepúsculo gelado?

Fim, por tua espera, quantas almas emudeceram?
És arcanjo dos gritos irreais!
Quantas mágoas míseras no vazio colheram,
As velas apagadas, as páginas finais?
Gil Mar 2018
caio quando fecho os olhos

não sei o acontecerá quando aterrar.
não vejo o fundo deste buraco imenso, mas também não o temo.
aliás, anseio-o.

tenho a cabeça crua.

já não sei se caio para o chão ou do chao,
ou para cima.
posso cair de diversas maneiras e faço-as todas ao mesmo tempo.

sou um só com o buraco ***** que me engole.
talvez até seja eu a engoli-lo.
vou ficar com uma indigestão.

quando penso que vou parar, escorrego mais fundo para o
estômago do vazio e o vazio desce-me pelo esófago.

se fechar os olhos adormeço ou acordo? vou tentar.
Gil Cardoso Feb 2019
Fogo que arde por dentro
Tudo consome
Até deixar vazio

Uma eterna fome
Um imparavel rio

Árvores que crescem por amor
Ramos partidos em dor

Voltam a crescer
Frágeis e retorcidos
Interiores corrupidos
É o preço de viver
A consequência dos conhecimentos adquiridos

Até quando crescem?
Quando vão parar?
Será que não percebem
Que há um preço a pagar?

“Senão crescemos
Diz-me que fazemos,
Morremos?”

“Deixamos um eterno vazio?
Perdemos a esperança?
Secamos o rio?
Abandonamos a lembraça?
Aceitamos o frio?
Interrompemos a dança?”

Eu só quero paz
Não felicidade
Porque não interessa se tentas e dás
A vida aproveita toda oportunidade

Ela é ingrata
E para mim já marcou uma data
Escrito 17/02/2018
Marco Raimondi Jun 2017
Narrador:
Por estes escuros campos, adejam agora dois irmãos,
No gorjeio do corvo, que sela da noite um recanto
Esvoaçam as folhas no vento da mais fria escuridão
A engolfar nestas negruras seus lúgubres cantos
Filhos sem mãe! Íncolas das infindas caligens!
São Érebo e Nix, que logram do Caos suas origens

Nix:
Canto às corujas, ao escuro sepulcro das mágoas!
Ao vazio dos sonhos cuja saudade finda a viver,
À frialdade dos atascais e suas obscuras águas,
À toda graça e ser que sozinho há de morrer!
Canto às sombras quais de noite encontram harmonia!
Que há de entoar tu, irmão, em notívaga poesia?

Érebo:
Se negamos da noite o brilho das rosas,
Pois então direi que há serena beleza
No obscurecer destas clarezas revoltosas!
Canto o orgulho de meu triunfo, nossa grandeza
Que da criança rompe o chorar
E, a todos, os horrores deixa de revelar!

Nix:
Cantas estas nossas glórias, irmão
Quais apenas neste, ao despertar comovido,
Há de findar, em dia de claro loução
E deste mesmo dia, de clareza parido,
Enterramos as luzes quentes e agitadas
No interno sereno d'um'alma fechada

Érebo:
Deixa te lamentar pois do destino tens a certeza?
Este sangrar fadado já me enfastia!
Levarei a revolta da noite em eterna proeza,
Pois tenho laços caóticos, índole da agonia;
Bastam-me as graças, natureza inteira,
Vinde, se te cansas o exílio de tal maneira!

Nix:
Se permites acompanhar-te neste egresso,
Destinaremo-nos às auroras! E realço
Que, pelas bençãos, não haverá regresso,
Pois crepúsculos não hão de tornar-se percalço!
Dá-me as mãos! Guiaremos este breu acrópeto
Mesmo vulneráveis, precipitados ao sol e seu ímpeto!

Narrador:
Pelos rasgos ofuscados que avançaram,
Suspendia-se o sol dos montes além
Errando as aves que os reluzires iniciavam
Diante dos breus, dos inóspitos suspiros do aquém;
De súbito, os místicos sussurros murmurantes
Tornavam o pálido destino cada vez mais distante

A ira do viajante e seu corcel, tornava-se incerteza
Consolava-se a ventura em tão visão inominada,
E tudo amparava-se pelo desejo e tristeza,
À campesina, a ventania expressava-se gelada
E um ancião desesperava: ''Ó natureza fria e austera!
Donde estão vossos deleites que dai-nos em primavera!''

Do dia, as horas obscuras eram feridas a sangrar
Os cânticos de luz cumpriam-se alucinados
E o Caos, de Gaia, pai, ardia-se a reinar
Por seus filhos, que d'uma fonte anárquica haviam tomado;
Apenas uma delirante e insípida ilusão luzia,
Enquanto a natureza, em aflição, lamentosamente gemia
Serafeim Blazej Jun 2017
Havia uma garota, eu a observava de longe
Nós éramos da turma dos invisíveis
Ela não me via, mas eu a enxergava
Havia uma garota e ela era linda
Havia uma garota e ela era tudo
Havia uma garota e então não havia mais nada

Havia uma garota e ela era da turma dos populares
O típico esteriótipo "high school" americano
Havia uma garota e quem ela tinha sido
Havia uma garota e quem ela era
Havia uma garota e ela era vazia
Nós éramos estranhos orbitando o mesmo sistema

Havia uma garota e eu a amava
Então ela mudou
Virou de larva a borboleta
Só que não foi bonito
E então só havia o vazio

Havia uma garota e então não havia mais nada
Em seu lugar só restou uma despedida
Um pedido desesperado de ajuda
Havia uma garota e ela era triste
Havia uma garota e ela era invisível, mesmo sob os holofotes
Havia uma garota e ela era solitária
Nós não éramos ninguém para os outros
Mas eu a enxergava

E então havia um garoto
Que ficou com as últimas palavras dela
Havia alguém que se importava no final
Então havia eu
04/03/2017, adaptação em 30/06/2017
Rui Serra Jan 2014
Só, navego num oceano vazio. Com ela, mergulho no meu mais íntimo e sigo em frente. Descubro o meu eu, e recordo dias passados, onde a alegria brotava em mim, como a seiva brota do pinheiro.
Numa noite de trovoada em que tinha por companheiro o vento, perdi-me. Se me voltar a encontrar serei de novo feliz.
Rui Serra Jan 2015
sou um espelho antigo

frio . vazio . sombrio

como um túmulo

sobre a lareira
domino o quarto

vejo lá fora
as flores e árvores
do teu jardim

há dias em que sinto o vento

vejo-te à noite a pentear
os teus sedosos cabelos

vejo-te à noite a acariciar
os teus voluptuosos seios

fazes amor no reflexo da minha existência

eu sou imortal
nunca minto

eu serei o único
que lá vai estar, no teu quarto
até que definhes

e aí
dar-te-ei as minhas memórias

será muito, muito difícil para mim,
quando já não houver nada para refletir
Dayanne Mendes Feb 2014
O meu coração parou de bater,
Bem que eu queria que fosse verdade.
O meu coração parou de bater,
Bem, eu gritei de felicidade.
Eu não quis acordar na noite passada,
Nem nessa noite,
Eu não queria nada.
Sou um corpo vazio,
Perdi minha alma,
Estou morta no fim dessa estrada.
Rui Serra Jul 2014
. . . e o de hoje foi um deles.
Não sei como me sinto, nem o que sinto.
Talvez um vazio frio.
Olho a rua lá fora, fria, vazia, desprovida de sentido . . . e olho o nada.
Por vezes gostava de voltar atrás, bem atrás, muito atrás, ao início.
Hoje somente sei que sinto, mas não o sei definir, só o sei sentir.
E quero permanecer aqui, assim, só.
Rui Serra Feb 2014
Na escuridão da noite procuro-te mas só, encontro o vazio frio da solidão, porque estás em outro lugar… longe de mim.
Dayanne Mendes Oct 2015
Não dá pra reviver coisas mortas,
Eu não consigo pensar na hipótese
De te ter de volta...
É impossível esquecer tanta mágoa,
Não dá pra pensar que,
Logo agora,
Algo
Você me valha.

São sonhos impossíveis,
Desejos em vão,
Eu te disse: vem!
Mas deixa teu coração.
Pois, a minha nobre alma,
Não comporta nada,
Além de vazio,
**** e outras claras madrugadas.

— The End —