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Dayanne Mendes Aug 2017
O cotidiano tem me afetado como nunca.
Nesses últimos 23 anos de existência,
Eu nunca tinha atingido o ponto de saturação máxima.

Porém hoje, eis me aqui.
Sofrendo pelo futuro,
Chorando pelo passado.

Revendo todos os meus atos,
Os mínimos detalhes...
E querendo mudar o que não pode ser mudado.

Porque o ser humano é tão complicado.
Quem dera eu, viver num cotidiano robotizado.
Sabendo o que fazer a cada segundo.

Com a respiração contada...
Parece escravidão?!
Mas e esse meu cotidiano não é,

Um tipo diferente talvez,
e digo talvez.
Grafe bem o talvez.

Porque a existência nestes últimos tempos,
Tem se tornado tão pesada,
Que ser cotidiana já não me basta.
Lalá Jan 14
Tu és um milhão de coisas;
Desejos, pesadelos, alucinações que nem bálsamos aplacam
Olho ao meu redor, e lá estás,
Porém, em meu ser, não te sinto.
A voz do povo, como um roubo de opiniões, revela a lógica
E o absurdo,
Pois o verbo é o que é,
E também o que não pode ser.

Antigas poesias,
Clamando às estrelas e à lua,
Mais um divertimento fugaz.
Sentimentos que não encontram sentido em tua mente turvada,
Como uma epiléptica a observar um estroboscópio sem fim.

Tu fizeste flores brotarem em meus pulmões
E em meu peito;
Embora formosas sejam,
Não consigo respirar.
Arrancaria tais flores e te as entregaria,
Um ramo de “eu te amo” que jamais foram ditos.
Teu nome, como gelo, cala meu coração.

Espero, aguardo, pela próxima mensagem,
Risadas que me impelirem ao retorno,
Ansiedade que confunde o pensamento,
Sofrendo por males que não ocorreram… ou ainda ocorrerão?

Na minha sepultura, portas se fecham,
Meu corpo se desfaz,
As flores se tornam parte de mim,
Pouco chegam a mim as vozes que falam
De uma fantasia.
Resta, enfim, a solidão.

— The End —