Submit your work, meet writers and drop the ads. Become a member
Fecha-se assim hoje mesmo, uma etapa longa e dura,
E agora sim, estou absolutamente são e convicto nos dizeres,
Compreendo toda esta longa etapa, até esta arquitectura
Não parei nem desisti, estou aqui para comigo viveres!

Preocupei-me cedo em ser puro, não com o não ser duro,
Meus gestos e minhas acções, são neutras e consequentes,
Penetrar no intimo das questões, levou-me ao cremadouro,
Não julgo gentes, nem compro amizades, das conscientes!

De que agora tenho ou não tenho saudades e recordações,
São dos carinhos destas gentes que são o que eu sentia,
Nas longas viagens me perdia de saudade e desvanecia,
Mas sempre as forças, na tortura, me levaram as ilusões!

Como tantos e outros jovens, jogando nesta vida de loucura,
Tantas vezes por eles e outras quantas por mim, eu aprendi,
Vi, suei e chorei, por tudo que passei e eu nunca me prendi,
Segurei sempre firme, o touro nos seus cornos, na aventura!

Propus-me porém a arriscar valores de gentes menos crentes,
Quando o mestre e sábio pai, me dizia olhando eu minha mãe,
Sempre esperaram para ver o que eu via, e preocupações além,
E ao encontro de tudo que diziam, eu fazia as asneiras constantes!

Eis que um dia, chorei de dor e o calor do lar, que nunca me abandonou,
Me trouxe de novo nas origens e aqui encontrei os valores, que bisquei,
Aposto-os agora a cada dia, quando a ti, também te encontrei, o amor começou,
Tudo que diziam meus pais e eu afirmava como inexistente, agora, mel, petisquei!

Autor: António Benigno
Código de autor: 2013.08.30.02.18
Marco Raimondi May 2017
I

Queira a ter-te tal sacrifício impune à beleza
Desventurar no ofício da morte formosa
No rito estrangulado, no campo da destreza,
Pensamentos que julgo uma ilusão honrosa

Sob a lembrança dos antigos, arcaica proeza
Se medos sentimos dessa prática tão dolorosa,
Aquieta-se! A relva abaixo espera em sua frieza,
Para o pútrido sepulcro de uma luz ardorosa

Onde graça, cuja índole se esquiva,
Singram os raciocínios obscuros
De uma consciência a julgar-se viva

É o fim a tocar alma fugitiva,
A único respeito, tomar com acuro
Um fadário apagado de perspectivas

II

Ao meu semblante prefere-se o nada, diante das vãs venturas
Pois se é hábito e desconcerto sempre padecer,
Coerente é, por esses horrores, nunca me ater
Para que não lastime o infinito desta amargura

Esta angústia vazia que na miséria perdura
Sufocando meu espírito em sofrer,
Vede a todos dura sentença! É preferível já não ser,
Que fugir do fim que, em descrença, meu corpo procura

Se Dido no desalento, por Eneias, deixa vida,
Estou cá, em silêncio de alma desvarrida
A cessar aos vermes o que vivo eternamente

Em álgido lamento, pude cantar nesta partida,
Algumas rimas de mi'a face enlanguescida,
Em que pude prezar da morte seu beijo unicamente
E por te amar, assim, julgo
ser névoa passageira,
e todas as correntes do mar agrilhoado

— The End —