Amanhecer na Vinha
Sou Alvor, luz primeira do dia,
Que beija o verde com melodia.
Nasce o sol sobre os ombros da serra,
Desperta a vida que a terra encerra.
Folhas orvalhadas cantam baixinho,
Agradecendo o calor e o caminho.
A vinha, em fileiras como versos sagrados,
Ergue-se em prece pelos dias passados.
Ali, a casa de pedra repousa em silêncio,
Guardando histórias, vinho e pertencimento.
Sou alvorada, sou bênção, sou promessa,
Sou o tempo que passa sem ter pressa.
Deus escreve com luz neste cenário,
A beleza é um gesto necessário.
Sou poeta da videira e da paz,
Alvor do amanhecer que tão bem me faz.
Victor Marques
Douro Valley
Alvor amanhecer, casa quinta