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Mafe Oct 2012
"Preciso de ti! Não partas e não deixe-me partir;
Me enterre aqui ao teu lado, senta comigo e vê as horas a passar;
O céu se encontra entre o azul e o mar, ambos claros, a fadar;
Preciso hoje mesmo a cor dos teus lábios encontrar, pois meus lábios incolores, precisam do toque dos seus para se pintar e num beijo cor de rosa arrepiarem-se.
Preciso hoje mesmo a luz dos teus olhos, pois meus olhos apagados e congelados precisam brilhar, e num só encontro de nossos olhos, num feixe enorme entrelaçarem-se.
Preciso hoje mesmo das tuas mãos para aconchegar-me, meu corpo, alma e coração sem vida precisar do seu calor para reanimarem-se, e num fogo a mil bons tons entregarem-se.
Ah amor, seu toque almejo e entre mil desejos só quero amar-te;
Nenhuma riqueza paga a felicidade do meu coração ao apaixonar-se.
Deus posso viver na pobreza, sem nenhuma grandeza se puder amar-te!
E a vida lentamente, ao seu lado ardente, irei trilhar-me.
Pois cada parte minha e cada parte sua, nunca estarão completas, se não juntarem-se."
Já são tantos desencontros
que não me encontro mais,
estou perdido sem você para me guiar

Quanto tempo a gente não se vê
Talvez falta de sorte
Ou talvez falte esforço de ambas as partes

E assim sendo, eu vou te buscar

Não sou triste nem feliz
Apenas vivo em um estado de
Homeostase constante
Talvez aja algo maior, mas sou frio
Demais para perceber

E cansado de não conseguir o que almejo
Sempre falando que vou me
Esforçar, mas nunca é bastante
Me sinto um perdedor são tempos difíceis
Não é preciso dizer que sonhei com você

E assim sendo, eu vou te buscar.

Eu sou agua, você fogo,
Eu sou garoa, você furacão
Eu sou calmaria, você  vulcão.
Mistico Mar 4
Preciso de um refúgio, um santuário etéreo,
um espaço onde o vazio se estenda sem limites,
onde minhas mágoas se afoguem, dissolvendo-se no tempo,
e, ao emergir, fiquem à deriva, sem âncora para retornar.

Não apenas as tristezas desejo abandonar,
mas também os pesares que ecoam na mente,
os tormentos insondáveis, os pensamentos errantes,
toda sombra que, impiedosa, se aninha em meu ser.

Almejo um refúgio, um bálsamo sem toque,
onde minha própria consciência me embale,
pois já não espero gestos nem promessas,
talvez nem mesmo de mim próprio.

Um refúgio onde, após a água fria em dias abrasadores,
eu possa fechar os olhos sem temor,
e, na vastidão do pensamento, encontrar descanso,
certo de que, ao despertar, serei renovado.

Preciso de um mergulho profundo,
tão intenso que, ao emergir,
seja eu outro, despido do peso do passado,
meus fardos escoando pelo ralo do esquecimento.

Que até minha essência resplandeça,
e a escuridão oculta, há tanto arraigada,
seja iluminada por quem deseje permanecer,
pois tal redenção não se dá por acaso,
mas pelo encontro de almas que veem além.

Tão restaurador será esse refúgio,
que nele reencontrarei o que há muito se perdeu:
a centelha que, adormecida,
aguarda apenas um sopro para arder outra vez.

— The End —