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Rui Serra Jan 2014
Era noite,
ela vestia de seda.
Fotografia de uma deusa de jasmim.
Chovia
no poço do meu quintal.
Víamos a chuva;
terceiro andar do paraíso.
Outono sem quimeras.
Eu, praguejava com a caneta,
ela, vendia sonhos na garagem.
Ordem desconcertante,
leis sem sentido,
livres.
Partilhamos agora da mesma cama,
sim… mas…
como irmãos, vocês sabem.
Falamos de tudo um pouco.
No Verão,
acampamento sem vida,
vida sem sentido.
Fui obrigado a fugir.
Rui Serra Jan 2014
Vagueio,
sem destino algum.

Vagueio,
sem sair do lugar.

De olhos fechados,
percorro as linhas do teu corpo,
e corro o mundo.

Escondo-me,
por entre o brilho do teu cabelo.

Refugio-me,
no teu regaço,
e procuro o equilíbrio.

No teu corpo,
vagueio sem vaguear.
Rui Serra Jan 2014
Calcuteia a areia
Perde-te no mar
Boneca de trapos
Continua p’las dunas
Vives num ambiente campestre
O orvalho rola . . . p’la face
E a rosa abre-se
Para o mundo
Rui Serra Jan 2014
Só, navego num oceano vazio. Com ela, mergulho no meu mais íntimo e sigo em frente. Descubro o meu eu, e recordo dias passados, onde a alegria brotava em mim, como a seiva brota do pinheiro.
Numa noite de trovoada em que tinha por companheiro o vento, perdi-me. Se me voltar a encontrar serei de novo feliz.
Rui Serra Jan 2014
Sem ti os dias são longos, passam longos e um vazio permanece em mim.
Sinto a tua falta, o teu amor, o teu carinho.
Uma tristeza imensa invade a minha alma e dilacera o meu peito.
Vem preencher este vazio com o teu nome, tu que estás perto e longe de mim.
Deixa-me sentir esta nossa doce amizade até ao perecer das eras.
Sinto o sangue fervilhar como que envenenado na espera constante do teu ser.
Mas, sinto agora a tua mão e nada mais está perdido.
Sinto agora a tua mão em meu auxílio, para me tirares desta fria desilusão.
E por mais vazia que seja esta distância, sei que sempre seguras-te a minha mão.
No meu peito habita agora uma doce esperança, e sei que um dia vou poder olhar nos teus olhos e dizer-te:
AMO-TE MÃE!
Rui Serra Jan 2014
Com os olhos postos em ti, eu passo o dia,
sem que se cerrem por um segundo.
Ai, eu queria ser neste mundo,
meu amor, a tua maior alegria.

Mas meu amor, o que eu não sabia,
é que no teu coração, lá bem no fundo
existia por mim um amor profundo,
coisa bela, que em ti não via.

Surgiste-me à luz como uma flor
e desde então meu lindo amor
és a razão do meu viver.

E eu, não mais esquecerei
o louvado dia em que te encontrei
e atrás de ti fui a correr.
Rui Serra Jan 2014
Sobre a grande mesa
A luz de duas velas
O telefone tocou
Interrupção
Lá fora, situação delicada
Choro - Desespero
Mais tarde o jogo
Truques da vida
Conversa, mais conversa
No limiar da noite - O filme
Acordo
Um choro
Duas mortes
Um repousar incompleto
Manhã
Um outro dia
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