Submit your work, meet writers and drop the ads. Become a member
 
Esperava docemente uma brisa de ar quente,
Peguei-te na mão e levei-te, tirei-te os pés do solo,
Aproveitei e senti o teu cheiro suave e fluente,
Admiração vinda dos teus olhos, em mim ao colo!

Levar-te-ei sempre comigo, seja qual for teu peso,
Nem que sejas leve como passarinho livre de dor,
Nem que teu fardo seja tão pesado, duro e coeso,
Minhas forças se unirão, confortando-te de amor!

Serenamente provar-te-ei um dia mais distante,
Contemplando teus cabelos brancos grisalhos,
Vendo tuas rugas da cara e das mãos, ofegante,
Beijando-te a alma e o chão sobre teus olhos!

Um gostar, amar, suspiro de amigo e de amado,
Serei sempre companheiro, do teu movimento,
Adepto cativado, pela tua voz e teu ar atento,
Seriam dúzias de verdades, de amor adequado!

Que nunca precises de um beijo e não te dê dois,
Que nunca te faça bem rir e eu te não conte piada,
Seja a noite de abraços e os dias verdes logo depois,
Seja o vento numa tarde de calor, refresco, amada!

Autor: António Benigno
Código de autor: 2013.08.13.02.16
De que cor sopra hoje o teu vento e que sol o faz voar,
Quais os caprichos do teu tempo que desdenham ao luar,
Qual a cor das tuas pétalas que ao rubro quero provar,
Um sabor e uma lembrança pra sempre eu vou recordar!

Foi no brilho dos teus olhos e na tristeza do teu olhar,
Foi as formas da tua face que me acolheram o despertar,
Tantas outras tantas de voltas eu te quero a ti reencontrar,
Provar de novo os teus beijos doces e me poder deliciar!

Ouro fino cor de cetim para te cobrir e levar ao pé do mar,
Jogar na areia todas as lembranças e poder ali te abraçar,
Dar um aperto louco, quente e mouco no silêncio a te amar,
Viver de novos todas as caricias dadas e poder fervilhar!

Como eu voou de novo nos meus sonhos a te ver voar,
Como me entrego na loucura que se apoderou como colar,
Me dá voltas nas voltas mas me segura não vai estrangular,
É preciso apenas acreditar que nada foi em vão e vai voltar!

As saudades frescas a vontade mais forte de te vir a poder amar,
Sejam esses os caminhos de dois seres que acreditaram nesse amar,
Uma febre fresca, um alívio doce, um jeito sem força, apenas te amar!

Autor: António Benigno
Pelos caminhos do tempo pelas vontades do vento apenas gestos e palavras certas!
Como uma gota de água se juntando formando um oceano,
É a cor da esperança azulada desse mar perto dos teus seios,
Nada diferente da saudade das noites loucas perto da água,
Em que vivi momentos eternos para o meu coração,
Não poderia nunca esquecer que aqueci meus anseios junto de ti,
Acreditei na realização dos melhores sonhos perante o teu sorriso,
O teu silêncio confortou-me sempre que precisava de paz e harmonia.
A cor dos teus olhos igual à do meu coração nunca eu vou esquecer,
Como não me esqueço das tuas mãos quentes agarrando o meu corpo,
O teu suspiro suave mantendo-me quente e aconchegado nos teus braços.
Se eu voltar a viver esses momentos para sempre recordar,
Será ironia de um destino permanente e cada vez mais distante,
Mas é essa a verdade que ficou, é difícil ocuparem o teu lugar,
Também porque continua ocupado com as tuas coisas,
O teu cheiro mantem-se impregnado em mim como se fosse hoje,
O som das tuas palavras doces ficou nos meus ouvidos,
E ainda hoje te ouço por vezes nos meus sonhos!
Tudo acabou mal mas não muda a pessoa que tu és!
És exactamente aquilo que te dizia tantas vezes ao ouvido!
Coisas que só eu e tu sabemos e vamos recordando!
Um desejo que estejas bem e guardes de mim boa lembrança!
Se assim for nada que pudesse existir me deixaria mais feliz.

Autor: António Benigno
Um terceiro terço livrado de fúria e de autoridade,
Um homem duro bêbado e por demais vadio,
Procurando na noite prazeres de um defunto,
Sem vida, nem espaço para entrar em outra vida!

Se eu fosse assim escuro perdido pelos vícios,
E se eu me esquecesse mesmo, que eras mulher,
Procurasse nesses rabos oferecidos de saia,
Prazer, loucura, hábitos de gente vadia!

Se me pintasse de vida, e me vestisse de Gay,
Mostrando fantasias de pouco valor,
Coisas que mesmo feitas, eram coisas de contentor,
Seria eu assim Homem de mais esplendor?

Porque não posso ser eu assim, roto por fora,
E dentro ter o meu maior tesouro, partilhando-to,
Cheiro de verdades, carinhos e cimentados valores!
Porque não podes ouvir a experiencia, que nunca te enganou!

Querer fluir pensamentos alcoolizados, de uma vida sem fé,
Sem alimento quarente algum, que permanece duradouramente?
Nem tu sabes, nem eu entendo o porquê de não teres esperança,
Porque duvidas-te de mim se só te contei verdades confirmadas!

Autor: António Benigno
Dedico este poema à vida de merda da gente que está perdida.
Pequeno sonho, pequeno voo, todo aquele que morre,
Pouco depois de nascer, vazio de esperança e vontade,
Sentido e crescido, perdido de forte abraço com a vida,
Palavra bonita se esvanece ou fortalece por ser forte!

Nesse pequeno engenho de transporte ao lado diferente,
Cheio de razões quarentes para poder apertar de imediato,
Aconchegando a mim e partir junto com ele nesse momento!
Novo ou velho está vivo e não é hora de para já desistir!

A lata ferrugenta desse transporte de viagem ardente,
Não é o problema da morte do profundo sonho,
É falta de animo e falta de querer que ele viva,
É esperança perdida e tempo de te moldar verdadeiramente!

Estudando manuais bizarros de situações de vida vivida,
Facilmente encontro o molde de concerto desse engenho,
Esquecido e embevecido em memórias aventureiras,
Que em tempo servira para viagens contadas lisonjeiras.

Chegou a hora de pintar o espaço envolvente onde durmo,
Criar uma família, constituída por mim um peixe e um pássaro,
Porque hoje não há tempo a perder para coisas de verdade,
De verdade mesmo sou, eu, esse peixe e esse pássaro!

Autor: António Benigno
Dedicado ao tempo, à viagem e ao rumo da verdade!
Sentado e descalço, sobe um banco de madeira preta,
Pintei o quarto de verde vivo, igual ao vaso do quintal,
Contrastando com a cor amarela da flor que parara de crescer!
Queria ver aquela flor mais verde que o vaso que acabara de pintar.
Apressado como de costume e porque admito é feitio meu,
Pegava desajeitado e pouco reflectido com vontade de florir,
O amarelo perdido daquela planta que me havia já esquecido,
Não era tinta vazia, que ela queria, mas carinho de minhas mãos,
Peguei nela caída, encostei-a a mim e disse-lhe que gostava dela,
Suspirou-me ao ouvido e perguntou-me porque não a levava comigo,
Encostei-a a mim trouce-a cuidadosamente ao colo para dentro de casa,
Dei-lhe um copo de água e aconcheguei-lhe a terra do caule,
O adubo que ela recebia de mim, em carinhos fizeram-na adormecer!
Sentei-me no banco quase seco de tinta verde e pintei as calças,
Adormecendo como que um pai olhando seu filho dormir!
Sonhei pela noite fora e quando acordei, aquela flor amarela,
Que eu havia trazido comigo, sorriu-me nos olhos estremunhados,
Acordei feliz e cheio de alegria porque em seu olhar a flor vivia.
Por vezes a vida descabida de pressa por coisas vazias,
É tão bonita quando na calma do tempo um carinho te dá alento.
E eu voltei a pintar todo dia e em cada dia que passava a flor crescia,
O amarelo que lhe percorria o ser mudava de cor para a cor de esperança.
A cada dia, eu dormia mais feliz, porque sentia seu cheiro chegar a mim.
Essa flor um dia pegou-me nos olhos e pediu-me de novo carinho,
E eu olhei-a, da maneira que sempre quis cheirá-la e encostei-a a mim,
Enquanto dormia!

Autor: António Benigno
Dedico à minha vida que nem para nem anda!
Sinto o meu corpo voar como um passarinho,
Nos teus braços, sinto conforto do nosso ninho!
Os teus olhos, são a alegria do meu caminho,
E quando chego a ti, sinto mesmo o teu carinho!

Sinto-me a planar no ar como uma pena,
A energia que vem de ti, me é tão amena,
O teu perfume cor de energia tão plena,
Teu abraço único é meu, querida Liliana!

Nada é igual a ti, à tua doce presença,
Tua imagem, sempre uma boa lembrança,
Respiro melhor, estes sonhos de criança,
A vida contigo, é agora a melhor aliança!

Sinto-me tão grande no teu aconchego,
Sinto-me vaidoso da tua companhia,
Sinto a tua presença com muita alegria,
Beijo teu, eu vejo e logo de vontade, pego!

Esta noite eu vou deitar-me alucinado,
Descanso sobre a almofada apaixonado,
É tão leve minha consciência, abobadado,
Vénia pela noite a teu ser, por mim amado!

Autor: António Benigno
Código de autor: 2013.07.23.02.08
Next page